Meritocracia, a palavra mais ouvida no Fórum Panrotas 2014.

Como acontece todos os anos, o Fórum Panrotas foi repleto de conteúdo relevante, ótimos debates e previsões sobre o futuro da nossa indústria. Isso sem falar na impecável organização do time de craques que faz o evento acontecer.

E esse ano, a palavra MERITOCRACIA foi a que mais apareceu nas minhas anotações. Seja no contexto corporativo ou político, os grandes líderes que subiram ao palco fizeram questão de reforçar o conceito. Como até nossa Presidenta já chegou a afirmar que “o Brasil de hoje é o país da meritocracia“, vale a pena refletir sobre o assunto. Principalmente se considerarmos que o conceito deve estar conectado à democracia pura, sem corrupção.

Fato é que meritocracia é uma daquelas coisas bonitas de falar, mas difícil de implementar.

Significado – relativamente simples, pois quer dizer obter, merecer. É uma atuação baseada no mérito de alcançar os resultados esperados. No ambiente corporativo, pode ser encontrada nos sistemas de reconhecimento, bônus e plano de carreira, ou seja, ganha quem dá resultado.

História – Ela foi uma das grandes conquistas da Revolução Francesa (1789-1799), em que foram eliminados os privilégios da aristocracia. É esse o significado da palavra igualdade na tríade que caracterizou aquela revolução – liberdade, igualdade e fraternidade. O que se almejava na ocasião era igual oportunidade para todos.

Igualdade de Oportunidades – Imagine que, para ser um processo justo, todos precisam ter as mesmas oportunidades para alcançar objetivos na vida. Sabemos que isso não é nossa realidade. De qualquer forma, é fundamental que as pessoas possam potencializar seus talentos para que se destaquem. 

Se você é colaborador, importante entender que não dar certo em uma empresa, não significa que você não tenha talento. Provavelmente, o cenário não te favorece.

E se você é empresário, e afirma veementemente que sua gestão tem como base a meritocracia, conheça alguns dos principais obstáculos a sua implantação, e reavalie se não existem ajustes a serem feitos:

* Falta de definição de metas.

* Falta de um processo consistente de avaliação de desempenho.

*  Incapacidade tecnológica de mensuração confiável de resultados.

* Resistência das gerações acostumadas com promoções “por tempo de casa”.

*  Líderes paternalistas.

* Promoções ou demissões por antipatia/simpatia ou interesses pessoais.

* Gestores sem técnicas adequadas de dar e receber feedback.

* Perfil de funcionários passivos, sem iniciativa.

 A implantação do conceito em todas as esferas da sociedade ainda é um sonho, mas o desejo é cada vez maior, seja nas empresas ou nas instituições públicas.

Um tema que certamente ainda irá render muito…

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Obs.: Quem não foi ao Fórum, perdeu uma grande oportunidade de atualização e networking. Veja o que aconteceu aqui, e não perca 2015!

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A Era das Mudanças

Quem o vê assim, pedalando no Central Park, não imagina que esse homem de 52 anos se exercita 6 vezes por semana, e acabou de participar do seu primeiro Ironman. Nas horas vagas, acumula o cargo de CEO de uma das maiores redes hoteleiras do mundo.

UntitledQuem já teve a oportunidade de assistir uma palestra de Frits van Paasschen, Diretor Executivo e Presidente da Starwood Hotels & Resorts, sabe porque ele é considerado um dos profissionais hoteleiros mais reconhecidos no mundo. Raramente presenciei alguém apaixonado pelo que faz e com uma visão tão clara do futuro da nossa indústria.

Sempre analisando tendências e fazendo projeções, Frits já havia explicado os motivos e riscos do crescimento do turismo mundial.

Motivos:

1) Aumento da riqueza mundial e consequente inchaço da classe média.

2) Hiperconectividade através da tecnologia.

Riscos:

Nos próximos 5 anos, veremos mais estradas, aeroportos, edifícios e hotéis sendo construídos do que em toda a história.

Portanto, hoje em dia, um hotel de negócios não se destaca somente por ser limpo, confortável e confiável. O que precisamos é superar as expectativas de nossos hóspedes, proporcionando uma experiência personalizada através do impulso da tecnologia.

Qualquer um que compre pela Amazon e passe o tempo no Facebook, sabe o que é personalização.

Então, quanto tempo ainda será preciso para que o hotel onde nos hospedamos várias vezes por ano saiba a temperatura que gostamos no quarto, quais nossos pratos preferidos ou os destinos onde passamos férias?

E ele é enfático sobre os objetivos da empresa: “Na Starwood, percebemos que nossa próxima inovação não pode ser uma coisa física, como uma cama ou um chuveiro, mas serviço e personalização. Porque eu acho que todas as marcas têm que saber o que você quer, e ser capaz de entregar de forma coerente e global.”

“E isso é um desafio assustador, pois temos muitos pontos de contato com nossos clientes. Para tanto, precisaremos mudar a forma de recrutar, de treinar e falar com nossos funcionários”, complementa.

Se pensarmos na definição de luxo, as coisas também mudaram. Hoje, exclusividade e escassez significam coisas muito diferentes.

Impossível sair impassível de um discurso ou texto de Frits.

Como ele mesmo previu, vivemos na Era das Mudanças. Preparado?