Como acontece todos os anos, o Fórum Panrotas foi repleto de conteúdo relevante, ótimos debates e previsões sobre o futuro da nossa indústria. Isso sem falar na impecável organização do time de craques que faz o evento acontecer.
E esse ano, a palavra MERITOCRACIA foi a que mais apareceu nas minhas anotações. Seja no contexto corporativo ou político, os grandes líderes que subiram ao palco fizeram questão de reforçar o conceito. Como até nossa Presidenta já chegou a afirmar que “o Brasil de hoje é o país da meritocracia“, vale a pena refletir sobre o assunto. Principalmente se considerarmos que o conceito deve estar conectado à democracia pura, sem corrupção.
Fato é que meritocracia é uma daquelas coisas bonitas de falar, mas difícil de implementar.
Significado – relativamente simples, pois quer dizer obter, merecer. É uma atuação baseada no mérito de alcançar os resultados esperados. No ambiente corporativo, pode ser encontrada nos sistemas de reconhecimento, bônus e plano de carreira, ou seja, ganha quem dá resultado.
História – Ela foi uma das grandes conquistas da Revolução Francesa (1789-1799), em que foram eliminados os privilégios da aristocracia. É esse o significado da palavra igualdade na tríade que caracterizou aquela revolução – liberdade, igualdade e fraternidade. O que se almejava na ocasião era igual oportunidade para todos.
Igualdade de Oportunidades – Imagine que, para ser um processo justo, todos precisam ter as mesmas oportunidades para alcançar objetivos na vida. Sabemos que isso não é nossa realidade. De qualquer forma, é fundamental que as pessoas possam potencializar seus talentos para que se destaquem.
Se você é colaborador, importante entender que não dar certo em uma empresa, não significa que você não tenha talento. Provavelmente, o cenário não te favorece.
E se você é empresário, e afirma veementemente que sua gestão tem como base a meritocracia, conheça alguns dos principais obstáculos a sua implantação, e reavalie se não existem ajustes a serem feitos:
* Falta de definição de metas.
* Falta de um processo consistente de avaliação de desempenho.
* Incapacidade tecnológica de mensuração confiável de resultados.
* Resistência das gerações acostumadas com promoções “por tempo de casa”.
* Líderes paternalistas.
* Promoções ou demissões por antipatia/simpatia ou interesses pessoais.
* Gestores sem técnicas adequadas de dar e receber feedback.
* Perfil de funcionários passivos, sem iniciativa.
A implantação do conceito em todas as esferas da sociedade ainda é um sonho, mas o desejo é cada vez maior, seja nas empresas ou nas instituições públicas.
Um tema que certamente ainda irá render muito…
=======
Obs.: Quem não foi ao Fórum, perdeu uma grande oportunidade de atualização e networking. Veja o que aconteceu aqui, e não perca 2015!