5 Tendências da Hotelaria

Como se manter competitivo nos próximos 5 ou até 10 anos? Com o cenário ao seu redor mudando o tempo todo, é vital entender hoje como sua empresa pode ser desafiada amanhã. Por isso, a atualização sobre tendências de mercado deve fazer parte da agenda de todo profissional antenado.

Seguem 5 das principais tendências da hotelaria:

1) Tecnologia Personalizada 

A indústria da hospitalidade é sobre pessoas, não tecnologia. Mesmo assim, Yotel e CitizenM são exemplos de hotéis que tornaram a tecnologia o centro da experiência do hóspede.

Por muitos anos, os hotéis de luxo viveram o estigma de ter hóspedes desfrutando de melhor tecnologia em casa do que durante a hospedagem. De acordo com estudo da Cornell University, hoje em dia, a hotelaria oferece tecnologia que as pessoas já desfrutam em suas casas há uns 5 anos. Isso não pode mais acontecer! Ao invés de calcular o custo da tecnologia, pense no risco de não tê-la.

Por outro lado, as pessoas estão menos interessadas e com menos tempo para os conteúdos digitais e entretenimento dos hotéis. Todos estão contentes com conexão wifi free, rápida e confiável, afinal, viajam com seu smartphone, laptop, sua assinatura do Netflix, Skype e jornais prediletos online.

Portanto, a grande tendência é que o hóspede possa fazer a mesma coisa no hotel que faz em casa, ou seja, trazer seus próprios dispositivos e usar o visor do hotel para projetá-los.

2) Estilo e (MUITA) Personalidade

A autenticidade local toma conta dos hotéis mais descolados. A conhecida badalação dos lobbies da W Hotels (Starwood) está dando lugar a algo mais inimista, como os  ambientes da rede Ace Hotels, frequentados por moradores do bairro. Já a marca Andaz (Hyatt) investe em espaços para leitura e exposição de artistas locais.

Mas se cultura local não é o foco, arquitetos e designers de renome agregam um estilo único às propriedades. Não é à toa que o Sofitel So contratou Karl Lagerfeld para o hotel de Singapura, e Christian Lacroix para a unidade de Bangkok. Me by Meliá trouxe Norman Foster para o seu hotel de Londres, e Zaha Hadid para Dubai (2016). Por fim, Marriott se uniu a Ian Schrager (expert em hotéis boutique) para o projeto Edition Hotels.

Não há mais espaço para ‘mais do mesmo’, e com certeza alguns hotéis precisarão de ‘terapia corporativa’ para encontrar sua personalidade.

3) Espaços Comuns e Interativos

Os espaços comuns dos hostels invadem a hotelaria tradicional. Lounges e almofadas são a aposta das grandes marcas, que investem pesado no público mais jovem. Tudo começou com redes menores, mas Element (Starwood) e Indigo (IHG) abraçaram a causa. Em breve, veremos o alto estilo e preços acessíveis da Moxy Hotels (Marriott) chegando na Europa, e com grandes planos de expansão. A moda dos ambientes interativos já pegou!

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Element Hotel  – Miami/USA

4) A Sofisticação dos Resorts All Inclusive

Seja em serviços ou amenities, propriedades all-inclusive sentiram a pressão do mercado e começaram a investir em diferenciação. O Paradisus Resorts, por exemplo, trabalha agora com amenities Thierry Mugler, e melhores opções gastronômicas. Hyatt Ziva (Los Cabos) também refinou sua fórmula com o Club Premium.

Além disso, os resorts começam a assumir seu papel, dando o ‘tom’ da consciência ambiental, uso de materiais de construção e gastronomia orgânica, na indústria da hospitalidade.

5) Coleções expandem e investem em Programas de Fidelidade

A profissionalização e maior exigência dos hotéis independentes fez com que as “soft brands” expandissem para destinos emergentes, e turbinassem seus programas de fidelidade.

A Preferred Hotel Group otimizou seu iPrefer, com help desk 24/7. Já a Design Hotels mudou seu site, e deu wifi e café da manhã para os associados através do Design Hotels Community. A Relais & Châteaux lançou 85 moradias de férias em 2013 e continua expandindo em 2014. Para continuarem atraentes, elas precisam tornar a inovação parte da cultura.

Inspire-se, tenha boas idéias, e um excelente planejamento para o futuro!

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Você conhece alguém que coleciona cartões magnéticos de hotéis? Eu também…

Pois esse hobby pode render um bom dinheiro no futuro, pois essas chaves serão consideradas relíquias do passado.

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A Starwood Hotels & Resorts Worldwide anunciou recentemente um aplicativo para smartphone. Com a tecnologia Bluetooth, o hóspede entrará em seu quarto somente aproximando o aparelho da porta. Na hora do check out, o sistema simplesmente é desativado.

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Como dito em recente artigo da Forbes, “hóspedes são simplesmente clientes de pijama”, e estão procurando personalização, não somente eficiência. Por isso, a hotelaria vive na  linha tênue entre a humanização e a automação. Entenda a evolução do processo das chaves na hotelaria:

* Década de 50 – os hotéis se tornaram globais, e a função superou a forma. Os procedimentos operacionais ditaram a era da eficiência. Muito da “arte” hoteleira foi sacrificada em função dessa eficiência.

Não havia mais espaço para o tempo gasto ao deixar e pegar a chave na recepção.

A interação com o recepcionista era breve e previsível, mas podia dar o tom da experiência de hospedagem. O Ritz de Londres continua acreditando nisso, e mantém o procedimento, em parte para manter a tradição, mas principalmente, para garantir a interação amigável entre hóspedes e funcionários do hotel.

Adoro tecnologia, mas preciso concordar que nada supera um recepcionista lembrar de você.

* Anos 70 – a questão da segurança se tornou preocupante, e a chave virou cartão, inventado em 1975 por um norueguês chamado Tor Sornes. O primeiro tinha 32 buracos, formando padrões únicos para cada cliente. Havia mais de 4 bilhões de combinações, correspondendo à população humana na época. Em 1978, foi criado o cartão se tornou eletrônico, como conhecemos hoje.

Mas a automação evoluiu, e começou a facilitar a economia de energia, até 30%. E isso compensou o alto custo, que gira em torno de R$ 100,00 por unidade (considerando cartão, interruptor e controle central).

Conheça o vídeo promocional da nova tecnologia da Starwood, inspire-se e prepare-se.

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Conheça também o August Smart Lock, uma das tecnologias que já levou esse tipo de automação além.

Particularmente, faz tanto tempo que não imprimo cartão de embarque para voar, que não vejo a hora de pular o processo (chato) de check in, e ter a chave dos hotéis no meu smartphone.