Airbnb com Benefícios de Hotel para Viajantes Corporativos?

Em função da sua lucratividade, todo mundo está de olho nas viagens de negócios, e isso não é novidade. Mas será que a hegemonia das grandes redes está ameaçada?
Esse segmento ainda é dominado por grandes cadeias hoteleiras, que conseguem proporcionar experiências consistentes no mundo todo.
Mas há quem ache que essa regra está com os dias contados, e que as empresas buscam alternativas interessantes, seguras e, claro, mais baratas.
A Domicile, startup de Seattle, aluga apartamentos (de luxo ou mais simples) com amenities parecidos com os dos hotéis.
Eles se intitulam: Boutique Corporate Housing Experience
Com o Airbnb, o segmento corporativo não tem certeza se vai conseguir o que espera ao abrir a porta. Em compensação, os hotéis de rede passam essa garantia. Mas a proposta do Airbnb é boa, então o CEO da Domicile, ex Amazon, começou a planejar como juntar o melhor dos dois mundos.
Modelo do negócio: a Domicile faz um leasing com apartamentos de pessoas físicas ao invés de comprar, e agrega serviços, muitos através da tecnologia, como portarias virtuais.
Sem a intenção de administrar propriedades, a Domicile se define como uma empresa de tecnologia que construiu uma marca de hospedagem alternativas.
Atualmente, já possui 30 unidades em Seattle, e já realizou mais de USD 1milhão em reservas.
Conheça sua promessa:
Ele entende que podem haver problemas na velocidade do crescimento a medida que escalam o negócio, pois governos pelo mundo estão considerando novos regulamentos para aluguéis de curto prazo.
Caso haja alguma mudança drástica, eles mudariam para hospedagem corporativa de longo prazo.
Veja o estilo das propriedades da Domicile:
 Os hotéis tradicionais, Airbnb e HomeAway são concorrentes potenciais da Domicile. Além disso, existe o Stay Alfred, outro negócio de Washington que opera aluguel de curto prazo no núcleo urbano das cidades, com amenities parecidos com hotéis.
Mas para o CEO da Domicile, seu foco exclusivo em viajantes de negócios e sua tecnologia agregando valor à experiência de hospedagem é o que fará toda a diferença, e passará a segurança necessária para os buyers do segmento das viagens de negócios.
O que você acha? O segmento corporativo vai abrir suas portas para hospedagens alternativas?
BÔNUS para os leitores do blog Check-in – Estudo na íntegra da ACTE (Association of Corporate Travel Executives), sponsored by Visa: “The Sharing Economy and the Managed Travel“, de 2016, com muitas informações e pesquisas interessantíssimas para os Travel Managers do presente começarem a planejar seu futuro.
 
Leia também:
No que acreditamos… – VALORES para o segmento corporativo de viagens

RevPAR alto e GOP baixo tem solução!

Todo gestor hoteleiro já sabe que precisa gerenciar proativamente a distribuição para lidar com dezenas de novos parceiros e canais, e para que os custos não comprometeram os lucros.

Mas por causa dos variados modelos de comissão, muitos gestores não tem a verdadeira visão do quanto esses custos impactam seu status financeiro. Resultado? o RevPAR até pode subir, mas o GOP (Lucro Operacional Bruto) não.

E 2 são os motivos:

  1. Custos operacionais mal gerenciados.
  2. Gestão deficiente das despesas de aquisição de cliente (vendas, marketing, distribuição, etc).

Partindo do pressuposto que você tenha um bom gerenciamento do item 1, vamos ampliar a análise para o item 2.

A verdade é que muitos hotéis ainda não tem a definição de objetivos para um mix de canais ideal, descobrindo o lucro de cada um, e gerenciando essas metas.

Mas quanto custa realmente adquirir um cliente?

Existem 3 tipos de custos, com objetivos diferentes:

Lembra do Funil de Vendas?

     1. Atrair o cliente (‘Namoro‘) – É preciso desenvolver uma relação, fazer com que o cliente prefira sua marca sobre a outra.

Ações: branding, publicidade, esforços de vendas, programas de parceria, redes sociais, visibilidade nacional (e até internacional), etc.

   2. Conseguir a reserva (‘Noivado’) – É o momento em que o cliente já decidiu ficar com você, mas pode fazer a reserva de várias maneiras.

Ações: otimização do site, treinamento do Depto. de Reservas, boas parcerias com OTAs e outros intermediários, ótimo motor de reservas, excelente channel manager, Recepção preparada para a venda ao telefone, upselling e walk-ins, etc. A maioria dessas transações inclui um componente tecnológico e todas tem algum custo associado. A gestão desse custo, que inclui comissões, taxas por transação, etc, é importante para o hoteleiro saber qual o custo da venda direta x indireta, conseguindo tomar decisões bem mais assertivas.

     3. Levá-lo a comprar novamente (‘Casamento’) – Também conhecidos como ‘esforços de retenção’.  Item ainda desprezado por muitos hoteleiros, a Retenção de Clientes deve ser uma das prioridades estratégicas da empresa.

Ações: email marketing, promoções exclusivas para quem retorna, links especiais, presentes, etc. A tendência é (ou deveria ser) que o cliente volte ao hotel através de um canal direto. Isso pode minimizar custos de reservas, mas sempre haverá algum custo em qualquer método de reserva.

Obs.: Todos os 3 itens fazem parte do budget de vendas & marketing, e dividi-los vai te possibilitar uma gestão bem mais assertiva.

Dicas Finais:

  1. Saiba os custos exatos de cada canal (comissões, taxas de transação, etc)
  2. Estabeleça o melhor mix de canais com base na Diária Média Líquida.
  3. Determine a eficiência das suas estratégias de Marketing e Vendas. É preciso saber responder: Quanto tenho de retorno a cada R$ 1 gasto em vendas e marketing?

Resumo

Gerir de forma assertiva os custos de distribuição significa direcionar seu orçamento de aquisição de cliente em ações que valorizem sua Diária Média Líquida. Seu GOP agradece!

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Porque alguns hotéis dão certo e outros não?