Férias na França

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De passagem por Paris aproveito para falar um pouco destas pequenas férias, que até agora nada mais foram que buscar meu filho na casa de veraneio da avó.

Não sei se no Brasil as crianças ainda passam férias com avós, tios e primos enquanto os pais trabalham, mas o tempo que meus primos nos visitavam durante as férias, faz parte das melhores lembranças de minha vida, ainda que essas sejam dos quintais de Santo André.

Já meu filho tem ainda mais de sorte. A avó paterna, durante a temporada, aluga uma casa nos Alpes.

Para quem vai de carro atravessar a Borgonha, conhecer Dijon ou Beaune na rota da Costa de Ouro dos grandes vinhos de Borgonha, parar em Lyon e conhecer o mais bonito conjunto arquitetônico renascentista da França ou ainda Perouges, vilarejo medieval, podem ser ótimas opções para uma viagem de uma semana.

Para quem tem pressa, em 3 horas a partir de Paris com o TGV chegasse a Grenoble e de lá com um ônibus subimos em 1100 metros de altura até o planalto do Vercors, o chamado “platô” que faz parte de um parque nacional envolto de montanhas com mais de 2400 metros de altura.

Como tive a felicidade de viver neste lugar alguns meses antes de instalar-me em Paris quando cheguei do Canada, não tirei fotos desta viagem particularmente, mas quando vivi e nas várias vezes que estive por  lá o fiz, e muito. Espero que as imagens transmitam um pouco da beleza do lugar. Impossível com meus talentos amadores e talvez até para um profissional, captar todas as sensações, odores, mudanças de luzes que fazem dos Alpes franceses um lugar indescritível e imperdível. Um verdadeiro segredo da resistência ou do “maquisard”* francês.

Villard-de-Lans, França
Monumento a soldado da resistência executado neste local.
Villard-de Lans
Acho que meu filho deve estar dizendo: Vamos mãe!
Villard-de-Lans
Depois de uma caminhada, o prazer da vista maravilhosa

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A partir do planalto a vista das montanhas é constante.
Villard-de-Lans
Villard-de-Lans
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Gargantas levam a cidades vizinhas oferecendo beleza e sensações fortes.

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No vilarejo: a vista para as montanhas que cercam o planalto.
Cogumelos Villard de Lans
Após as chuvas a população busca cogumelos comestíveis para as receitas de outono/inverno. Estes não o são.

 

Chouranche 18
Caverna de Choranche, uma das atrações locais.
Villard-de-Lans, França
A escola do platô. Lindo visual.
Villard-de-lans
Comércios animam o centro do vilarejo Villard-de Lans. Visita da sobrinha Tais.
Estaçao de esqui paisagem 5
No inverno a paisagem muda

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Villard-de-Lans, França

Estaçao de esqui Isa vai esquiar
As pistas de esqui animam a juventude, neste caso minha filha há alguns anos atrás
Bela e eu Stalactites
Visita da mãe, D. Leda, enfrentando o frio.
Cachoeira de Stalactites
Cachoeira de estalactites de gelo

PS O termo maquis refere-se a um grupo de combatentes da resistência assim como ao lugar onde operaram durante a segunda guerra mundial. Os combatentes da resistência são também apelidados de “maquisards”. Agiam escondidos em regiões pouco povoadas, florestas ou montanhas e usavam técnicas de guerrilha para combater as milícias e tropas de ocupação alemã.

O nome refere-se a uma forma de vegetação mediterrânea, o maquise e ainda mais a expressão original Córsega ‘tomar o maquis’, (Corsa : tem macchja) significando refugiar-se na floresta para iludir as autoridades ou uma vingança.

O primeiro “maquis” na França é instalado no maciço de Vercors em dezembro de 1942. Pela sua proximidade a várias cadeias de montanhas, a cidade de Grenoble tornou-se nas ondas da rádio da BBC a capital dos maquis.O número de maquisards era estimado entre 25.000 e 40.000 no Outono de 1943 e em torno de 100.000 em junho de 1944.

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Silvia Helena

Após breves passagens pela Faculdade Metodista de São Bernardo e Belas Artes de São Paulo, aos 18 anos fui estudar no Canadá, onde vivi durante 23 anos. Lá me formei em História da Arte pela Universidade de Montréal, estudei turismo no Collège Lasalle de Montréal e no Institut de Tourisme et Hôtellerie du Québec. Comecei minha carreira na área trabalhando em Cuba. Durante os anos vividos no Canadá, entre outras coisas, fui guia de circuitos pela costa leste e abri minha primeira agência de receptivo para brasileiros. Há 18 anos um vento forte bateu nas velas da minha vida me conduzindo até França. Atualmente escrevo de Paris, onde vivo e trabalho dirigindo a empresa de receptivo, LA BELLE VIE.

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