Forum des Halles, Edifício Canopée

Quando compras rimam com turismo n°2

Fim de tarde Forum Les Halles - Paris
Fim de tarde Forum Les Halles

 

Dando continuidade à descoberta de novos lugares ideais para compras  e/ou turismo, vamos conhecer o novo shopping Forum des Halles e sua região. Após um banho de Champs Elysées, esse é o momento para descobrir um lado totalmente fora da rota turística e completamente parisiense da cidade.

 

 

Rua Montorgueil , ao lado do Forum des Halles
Rua Montorgueil , ao lado do Forum des Halles

A visita pode começar na altura do metrô Les Halles e terminar nas proximidades do metrô Grands Boulevards, por exemplo. Porém, é mais provável que o visitante se perca olhando as vitrines até onde elas o levarem. Não faz mal, estamos no centro de Paris, logo ao lado fica a Rua Montorgueil ou ainda os bairros Marais e  Opera. Perdeu-se? Sem stress, não há nada que um bom cafezinho em uma rua animada da vizinhança não possa resolver.

 

Forum de Halles vista externa
Forum de Halles vista externa

Situado na estação de metrô do mesmo nome, o novo shopping Forum des Halles tem 131 lojas, 23 restaurantes e 15 salas de cinemas e fica aberto 7/7 dias. Piscina (pagante), midiateca, aulas gratuitas de dança aos domingos,  FamZone durante eventos esportivos, ateliês artísticos para crianças são algumas das opções de lazer à disposição do parisiense e dos eventuais passantes.

 

Igreja Saint-Eustache – Halles de Paris

Além das lojas e atividades do Forum, a visita dos arredores é uma excelente oportunidade para conhecer uma linda paisagem menos turística, no entanto muito atraente da cidade.

 

 

Rua Montorgueil

 

Logo ao lado encontra-se a região Bonne Nouvelle/Grands Boulevards. Basta percorrer a  histórica e deliciosa Rua Montorgueil ou a linha 4 do metrô e você chega lá .

 

 

Algumas das ruas mais conhecidas são Rua Aboukir, Boulevard Bonne Nouvelle e Boulevard Montmartre ( continuidade do Boul. Bonne Nouvelle, entre os metrôs Bonne Nouvelles e Grands Boulevards). Este reduto popular parisiense oferece variedade e ótimos preços. Uma região “anônima” e sem pretensão, porém repleta de boas ocasiões. Fica a dica!

E falando em dica, querido (a) leitor (a), não perca o próximo post. Mesmo querendo escrever sobre lugares inusitados, a decoração de Natal da Galerias Lafayette está imbatível no quesito compras e turismo. Imperdível, já estou preparando esta admirável surpresa de Natal.

Vitrine Doceria Publicis Drugstore

Quando compras rimam com turismo

Ou ainda: Lambendo Vitrines

Paris nunca conseguiu concorrer com Orlando como destino para compras. O que é uma pena. Pois a oferta que já era vasta segue crescendo. E esta quantidade de pontos comerciais inimaginável atende aos mais variados sonhos de consumo, desejos e orçamentos.

Além das tradicionais e renomadas lojas como Galeries Lafayette, Printemps, H&M, uma série de endereços menos conhecidos também proporcionam experiências de compras excepcionais e são sobretudo repletos de muito bom gosto e beleza.

Champs Elysées
Avenue des Champs Elysées ou Campos Elísios

 

Até mesmo quem não gosta de compras não se arrepende de dar uma olhadinha em certas lojas e shoppings da cidade. E como um só post não será suficiente para mostrar alguns desses lugares, então hoje começamos com duas lojas na magnífica Avenida dos Champs Elysées: Publicis Drugstore e Abercrombie & Fitch.

 

 

Arco do Triunfo
Arco do Triunfo, Champs Elysées

A Publicis Drugstore se encontra no 133 av. Champs Elysées, ao lado do Arco do Triunfo. Ideal para quem tem pouco tempo e deseja conhecer ou comprar as melhores marcas européias. É impressionante a variedade de artigos: de roupas para bebês até tabacaria, passando por bebidas e doces, tudo de bom e do melhor. O café-bar e a varanda com vista para o Arco são animados e famosos pontos noturnos da cidade. Confira nas imagens abaixo.

Place de la Concorde
Place de la Concorde

 

A Abercrombie & Fitch, no 23 Champs Elysées, tem também localização privilegiada, perto da Praça da Concordia. Estilo renomado entre jovens e pessoas buscando o melhor do American Style em um cenário suntuoso e cheio de charme.  O lindo prédio tem 4 andares somando 9400 metros quadrados. Veja a seguir.

 

Paris Saint-Germain
Loja Paris Saint-Germain

 

A Avenida dos Champs Elysées  é  repleta de lojas famosas e interessantes, como a boutique do Paris Saint-Germain, os showrooms da Renault, da Peugeot ou ainda da Disney,  mas os estabelecimentos escolhidos para post não parecem ter tanto apelo quanto os showrooms e, no entanto, merecem uma visita.

 

Nos próximos posts veremos outras regiões e mais lugares legais para fazer compras ou simplesmente, como dizem os franceses, “lamber vitrines” ( lécher vitrines ). Aguardem!

E enquanto isso, queridos leitores, aceitem meus votos de uma excelente semana.

Qualidade de vida: a receita francesa

O verão acabou e com ele a polêmica sobre a « moda » litorânea francesa. Agora é chegada a hora das inúmeras manifestações sociais e greves. Já tivemos greve no Castelo de Versalhes, na Torre Eiffel, caminhoneiros bloquearam as saídas das petroquímicas, professores pararam, enfim todo mundo já parou para manifestar nestes dias.

Antes de falar das greves, voltemos uns instantes à polêmica questão do burquini. Não parece, mas ambos os fatos têm uma ligação.

Durante o verão algumas municipalidades, sob pressão de membros da comunidade, proibiram o uso do “burquini” a fim de preservar os dogmas republicanos em seu território. O apoio das populações locais não impediu que essas administrações e seus prefeitos fossem altamente criticados pela Esquerda, pelas organizações defensoras da liberdade, assim como da comunidade muçulmana e seus costumes.

Enquanto, em nome do politicamente correto, franceses queimam neurônios buscando soluções que contentarão gregos e troianos (como se isso fosse possível), ninguém ousa fazer a pergunta certa à comunidade certa. Portadores de véu, burca e defensores das mais severas normas religiosas, vocês estão prontos para aceitar francesas e alemãs fazendo TOP LESS?

Essa realidade de efervescência cultural e identitária me interpelou quanto a nós brasileiros. Somos suficientes observadores dos hábitos e abertos às culturas que visitamos quando estamos no exterior? Amamos o suficientemente a nossa própria cultura para desejar preservá-la quando estamos no Brasil? Preferimos nossos pratos tradicionais e nossa arquitetura ou edifícios com formato de caixotes retangulares servindo comida de má qualidade com nomes americanos tais como McDonald’s e Quick? Lutamos por nossa cultura? Lutamos por nossos direitos?

Supermercado retira substâncias controversas de seus produtos

A polêmica do “burquini” acabou este ano, mas os questionamentos ligados a mundialização estão somente começando. Destes questionamentos dependem nosso bem-estar futuro.

As manifestações sociais e greves estão acirradas, pois, as novas leis trabalhistas que Macron implantou saem exatamente da mesma cartilha que as leis trabalhistas do Temer. Além disso esse governo saiu cortando verba na área a cultura e saúde e dando espaço para a indústria farmacêutica e química. Setembro, mês do início do ano escolar, é historicamente o momento de manifestações sociais na França, mas medidas do Macron exacerbaram o espirito contestador francês e as manifestações continuam.

O que mais me fascina não são as notórias greves e manifestações sindicais, o interessante é que o quotidiano do francês é pontuado de polêmicas e (sobretudo) tomadas de ações em função de um posicionamento político. No bairro onde vivo em Paris, uma mobilização popular luta contra a instalação de um McDonald’s. O deputado europeu, antigo agricultor francês, José Bové luta há anos contra o monopólio das sementes transgênicas. Associações de celeiros “clandestinos” garantem a futura liberdade do agricultor e a existência de sementes livres de brevê. Pessoas manifestam contra o maltrato de animais. Até o grupo de voluntários, distribuidores de comida aos pedintes de rua, entrega comida “vegan” para defender suas ideais anticonsumo animal.  

Resposta a cortes do governo

Para resolver a crise político-econômica que assola e paralisa o mundo e as massas, temos que acordar para os problemas de maneira global, olhar mais longe que a ponta de nosso nariz ou do fundilho de nossos próprios bolsos e temos que agir. A meu ver, o Brasil tem que parar de se alienar com o vestibular ou a nudez artística e valorizar mais o ser humano e sua cultura. Fico impressionada com a quantidade de coisas que o brasileiro não sabe sobre o Brasil atual e o quanto aprecia o «fino”, o “estrangeiro”. Teriam os políticos roubado ou vendido também nossa cultura?

Temer e latifundiários vão mesmo vender o país para a Cargill? Quando questionado a respeito das consequências nocivas do plantio de soja transgênica para o pequeno agricultor brasileiro e quanto ao problema da invasão da floresta amazônica por latifundiários para aumentar as terras cultivo,  o PDG da Cargill disse que a culpa do desastre é do pequeno agricultor francês que se recusou a implantar as normas de plantio impostas pela Cargill, fazendo assim a empresa se voltar para o Brasil a fim de implantar ai seu polo mundial de produção de soja transgênica!? 

O que eu quero dizer é que as melhorias não virão de cima. Muito pelo contrário! As melhorias só virão graças à cada um de nós, indivíduos pensantes e sobretudo atuantes. Se você está desesperado e paralisado, com a impressão que não tem como realizar aquele velho sonho de mudar o mundo, não culpe somente os políticos e faça você mesmo alguma coisa para que o mundo melhore. Se você aspira a dita qualidade de vida do primeiro mundo, faça como as pessoas no “primeiro mundo”: saia às ruas para exigir seus direitos, milite, (e se é daqueles que não aguenta mais a política) faça reciclagem, voluntariado, informe-se, deseje e aja em prol do bem ao próximo, deseje e aja em prol do bem dos animais, compre conscienciosamente (acredite, a força do consumidor muda a qualidade da produção), polua o menos possível, consuma produtos e alimentos ecológicos.  Seja crítico, seja contestador, seja polêmico! Acredite, 200 milhões de cidadãos podem tudo e podem inclusive mudar o mundo.