Quando fiquei sabendo, através do jornalista Marcos Martins, sobre a Edicão Panrotas LGBT e o Evento Braztoa Panrotas LGBT, logo comecei a pensar nas dicas de vendas que daria aos amigos agentes de viagens para o nicho. Você talvez tenha lido algumas destas dicas na reportagem do Marcos Martins. Vou aproveitar da relevância do tema para dar mais detalhes .
Como tão sabiamente sugeriu o Artur no editoral da revista Panrotas, não introduza o assunto da orientação sexual do cliente a durante a venda. Mas tenha em mente e sirva-se das dicas abaixo segundo sua discrição.
O primeiro passo para se fazer uma boa venda de Paris direcionada ao mercado LGBT é :
- Entender o quão a cidade é amigável para a comunidade. Não somente nos bairros e ruas de preferência da comunidade LGBT, mas por toda a cidade é possível ver casais de pessoas do mesmo sexo caminhando e vivendo sua vida tranqüilamente, sem tensão ou medo de represália. E isso, para quem vem do Brasil, é uma viagem por si só !!
- Paris oferece uma vida gay intensa e diversificada: bares, restaurantes, saunas, paqueras em parques, enfim, outra visão da homosexualidade se ofere ao visitante.
Na hora da escolha do hotel:
- Evite oferecer as periferias de Paris e regiões mais conservadoras como os bairros 18 e nas proximidades do metrô Barbes, reduto muçulmano.
A melhor região para se hospedar:
- Le Marais e suas proximidades.
Boa parte da animação gay se encontra no bairro chamado Marais, o centro da vida gay em Paris, nos distritos 3º e 4º . O Marais é delimitado pelas ruas Rivoli e Michel Le Comte de um lado e as Ruas du Renard e Vieille du Temple do outro, próximo às estações de metro Hotel de Ville, Rambuteau e St. Paul, tendo como eixo principal a Rua St Croix da Bretonnerie e Rua des Archives. Sua ruas têm faixas de pedestres diferenciadas, placas coloridas mostrando o orgulho gay, presente em todos os lados.
Restaurantes:
- Nas ruas do Marais, bares exclusivamentes gays como o Raidd, Cox ou Open, restaurantes gayfriendly como o Who’s, o Tata Burger ou Les Marronniers se sucedem.
Compras:
- No Marais gays e simpatizantes podem fazer compras em comércio local diversificado e refinado ou ainda especializados LGBT como Dessous d’Apollon, a livraria Mots à la Bouche ou ainda mais sensuais como IEM ou Mister B.
Passeios:
- E além do aéreo e hotel, o agente de viagens encontra junto às operadoras brasileiras a possibilidade de vender uma noite de gala para seus clientes no Artishow.Reiterando o que disse a Marcos, o Artishow e cabaré de transformismo mais cultural, engraçado e LGBT da cidade. Lulubel, Petúnia e personagens travestidos em Edith Piaf, Charles Aznavour ou ainda Lisa Minelli e Amie Whitehouse animam um jantar gastronômico e garantem uma noite excepcional para pessoas de todas as idades.
Baladas e atividades :
- Além das ruas do centro do Marais, a vizinha Rua des Lombards, no 1° distrito é muito badalada. Nos edifícios aparentemente amontoados da estreita rua medieval encontramos bistros e restaurantes gays dos mais diversos estilos, como no numero 15 o bar La Boite ou no numero 6 o Le Bear’s Den.
After work A rua des Lombard é ideal para começar a balada numa das terrassas durante um 5 a 7 e dali estudar todas as possibilidades presentes e futuras ao redor.
- E para compradores de último minuto, lembro que entre 4 a 12 de agosto Paris será a cidade acolhedora dos Jogos Olímpicos Gays de 2018. Um evento que promove a inclusão e reitera a necessidade de veicularmos ainda mais o caráter aberto de Paris junto ao público LGBT brasileiro. Gay Games 2018
Querido (a) leitor (a), espero que as dicas sejam úteis e que faça grandes vendas !
Silvia
Ps o (a) é para prestigiar as leitoras, mesmo desnecessário. 🙂