O novo Terminal 2 do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim/Galeão está pronto para as Olimpíadas. Sexta-feira passada foi feita a transferência para o T2 das duas companhias áreas (Avianca e Copa Airlines) que faltavam. Algumas lojas e salas VIPs ainda não abriram, mas o que se vê no embarque é muito diferente de três meses atrás. E dá até orgulho de o Rio finalmente ter um aeroporto moderno. Se algum dia o A380 voar para a cidade, por exemplo, o Galeão tem uma porta de embarque com as especificações técnicas necessárias para receber a aeronave.
O novo terminal e o Píer Sul do Galeão, o segundo aeroporto mais movimentado do país, foram inaugurados em 23 de maio. Gradativamente, as companhias áreas se transferiram do T1 para o T2. O setor de embarque, por enquanto apenas para voos internacionais,é amplo (mais de cem mil metros quadrados) e bem iluminado, com bons banheiros e detalhes agradáveis, como poltronas coloridas.
E há muitas bossas cariocas. Em um trecho da loja principal da Dufry (com oito mil metros quadrados) o piso é inspirado no calçadão de Ipanema. Há uma ampla área para crianças, com piscina de bolas, lápis de colorir e carrocinhas vendendo água de coco e guloseimas como o Brownie do Luiz. Logo adiante estão previstas para breve uma loja da perfumaria Granado e uma filial do Palaphita Kitch, bar originalmente à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas.
Uma das opções mais simpáticas para uma parada antes do voo internacional é o bar Wine Flight, no setor de embarque B. Ali são servidos espumantes nacionais e vinhos em taça, de Brasil, Portugal, França e Austrália, com preços entre R$ 25 e R$ 56. Para acompanhar há sanduíches e empanadas. Com massa de abóbora, a empanada de carne seca com requeijão (R$ 10) é bem gostosa.
No desembarque, semana passada, minha experiência não foi tão saborosa. Dependendo da ponte onde para a aeronave, a caminhada até o terminal é longa, muito longa para quem chega de viagem. Não marquei o tempo (não tinha me dado conta da distância), mas calculo uns 15 minutos de caminhada acelerada por intermináveis corredores de paredes brancas, portas de vidro e pisos de mármore, com uma esteira rolante aqui e ali para facilitar a marcha.
As áreas de controle de passaporte e esteiras de bagagem estavam bem sinalizadas e sem problemas. Para quem costuma passar pelo duty free carioca, há duas novidades. Primeiro, a alfândega agora fica antes da loja. E uma vez no duty free do desembarque (maior do que o anterior), a bagagem é guardada na entrada, antes das compras, e retirada na saída, perto dos caixas. Não é mais necessário voltar para a entrada da loja para recuperar as malas.
A única coisa que parece que nunca vai mudar no Galeão são as vendedoras dos táxis chamados especiais (com tarifas fixas) berrando para chamar a atenção dos passageiros que saem da área de desembarque. O curioso é que não se trata de uma disputa acirrada provocada pela livre concorrência: as empresas fazem parte de uma cooperativa e os (altos) preços são iguais em todas. Bastava organizar uma fila única. Eu, que já estou mais do que acostumada com este estranho ritual carioca, de vez em quando ainda me assusto com os gritos. Foi o que aconteceu desta vez, até porque o balcão agora está fora da área de desembarque e o chamado agudo de “Senhora!” me pegou de surpresa. Sempre acho que passei com a mala ou o carrinho de bagagens por cima do pé de alguém. O que ainda não aconteceu.
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Conheci o novo T2 na ida e na volta para os Estados Unidos, onde participei do IPW 2016, em Nova Orleans, e em seguida passei uns dias em Nova York. Tanto o meu Instagram quanto o d’O Olhar Nômade (meu outro blog) estão repletos de dicas das duas cidades: passeios, novos hotéis, bares, restaurantes, lugares com boa música e muitas exposições bacanas neste verão que acaba de começar no Hemisfério Norte. Passa lá! (Não é papo de carioca. Passa mesmo. Vou adorar receber visitas.)
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