Suítes charmosas na Praia do Leblon

Na Praia do Leblon, o Marina All Suites é um dos hotéis mais interessantes do Rio. Gosto da localização, do tamanho (apenas 41 quartos) e dos dois bons bares e restaurantes de cozinha contemporânea (Bar d’Hotel e Bar do Lado), que são frequentados por quem mora na cidade. Por tudo isso é um dos hotéis que recomendo para amigos. Ano passado, o terraço no 18º andar foi renovado e recebi um convite do hotel boutique para ver como ficou e passar uma noite lá.

Biscoitos Globo de boas-vindas / Foto de Carla Lencastre
Biscoitos Globo de boas-vindas / Foto de Carla Lencastre

Os quartos com vista para o mar são amplos, em média com 50 metros quadrados, como o nome All Suites indica, e alguns têm desenho assinado por arquitetos conhecidos. Na minha suíte com vista frontal para a Praia do Leblon, com as Ilhas Cagarras no horizonte, fui recebida com pacotes de biscoito Globo doce e salgado e uma caixinha de mate Do Bem. Boas-vindas de um jeito bem carioca. Orquídea, máquina de café expresso e frigobar com deliciosas nuts da Aquim e bons drinques estavam logo ao lado. Nas paredes, fotos e pinturas de paisagens do Rio.

Uma das suítes do Marina / Foto de Carla Lencastre
Uma das suítes do Marina / Foto de Carla Lencastre

 

Outro ângulo da mesma suíte / Foto de Carla Lencastre
Outro ângulo da mesma suíte / Foto de Carla Lencastre

A área da sala tem sofá de dois lugares, poltrona, mesa de centro, mesa com duas cadeiras, mesa de trabalho. A roupa de cama é Trussardi. O Wi-Fi funcionava perfeitamente em todo o hotel. Minha única ressalva é em relação ao banheiro. Amplo como o quarto, revestido em mármore, com um bom closet em madeira e amenities Trousseau, mas com encanamentos que deixavam a desejar. Com exceção deste incômodo, a hospedagem no Marina All Suites foi das mais agradáveis.

A vista de uma das suítes de frente para a Praia do Leblon / Carla Lencaste
A vista de uma das suítes de frente para a praia / Foto de Carla Lencastre

 

O calçadão do Leblon à noite / Foto de Carla Lencastre
O calçadão do Leblon à noite / Foto de Carla Lencastre

O terraço reformado, no 18º andar, tem projeto de Miguel Pinto Guimarães, com iluminação de Maneco Quinderé. Há uma pequena piscina, sauna, lounge, bar e uma vista arrebatadora para as praias de Leblon e Ipanema e o Morro Dois Irmãos (que pode ser conferida na foto que abre este post).

O bar do terraço / Foto de Carla Lencastre
O bar do terraço / Foto de Carla Lencastre

Do terraço também se vê o Hotel Marina, aquele que “quando acende não é por nós dois”, da canção “Virgem”, de Antônio Cícero e Marina Lima, inspirada em um poema de Drummond.  O hotel também fica na Praia do Leblon, bem pertinho do All Suites, basta atravessar a Avenida Bartolomeu Mitre. Mas é outro hotel, de outro grupo.

A Praia do Leblon com o Hotel Marina em primeiro plano e o Marina All Suites logo depois / Foto de Carla Lencastre
A Praia do Leblon com o Hotel Marina em primeiro plano e o Marina All Suites em seguida / Foto de Carla Lencastre

O All Suites faz parte do grupo Marina, que administra ainda os hotéis Villa Rasa, em Búzios, e a Pousada Maravilha, na bela Baía do Sueste, em Fernando de Noronha. É associado ao Circuito Elegante.

Marina All Suites: Diárias no final de fevereiro a partir de R$ 870, com café da manhã. Avenida Delfim Moreira 696, Leblon. Telefone +21 2172 1100. allsuites.hoteismarina.com.br

Em janeiro tem carnaval

Esse verão está diferente. Há três semanas que chove no Rio. Uns dias até dá praia entre uma chuva e outra. Noutros dias não bate sol. Os cariocas já estamos chamando a temporada atual de invernico. É uma brincadeira, mas o fato é que a temperatura não tem passado dos 30 graus Celsius. Os muitos tons de cinza deram um colorido diferente à paisagem da cidade. Mas o refresco nos termômetros não deve durar muito: para os próximos dias já são esperadas as habituais temperaturas acima dos 30.

O Pão de Açúcar e a Baía de Guanabara em tons de cinza / Foto de Carla Lencastre
O Pão de Açúcar e a Baía de Guanabara em tons de cinza / Foto de Carla Lencastre

Esta semana, a chuva foi mais forte e constante e atrapalhou da bicicleta ao avião. O Aeroporto Santos Dumont teve vários voos cancelados. Também ainda não deu para ir passear na nova ciclovia do Rio, na Avenida Niemeyer, inaugurada oficialmente no domingo passado. Mas tem um programa carioca que a chuva não muda: o carnaval. Faça chuva ou faça sol, os blocos já começaram a sair.

Chuva na piscina do Parque Lage, no bairro do Jardim Botânico / Foto de Carla Lencastre
Chuva na piscina do Parque Lage, no bairro do Jardim Botânico / Foto de Carla Lencastre

Neste fim de semana e no próximo, ruas importantes da cidade serão fechadas para a passagem de vários deles. Amanhã, por exemplo, é dia da tradicional Banda de Ipanema, que costuma reunir mais de 15 mil pessoas. No último fim de semana de janeiro, é a vez de dois clássicos gigantes do carnaval carioca. Simpatia é Quase Amor (dia 30, em Ipanema) e Suvaco do Cristo (dia 31, no Jardim Botânico) que levam (cada um) mais de cem mil pessoas às ruas.

Um adereço de cabeça é fundamental no carnaval carioca / Foto de Alexandre Martins
Um adereço de cabeça é fundamental no carnaval carioca / Foto de Alexandre Martins

No novíssimo site Carnaval e Samba, além de notícias sobre o carnaval carioca, você encontra uma agenda dos blocos, dia a dia. E também a lista completa divulgada pela Riotur, na qual os blocos estão agrupados por bairro, com a estimativa de público de cada um deles. No site do Visit Rio, que foi inteiramente reformulado e merece visitas frequentes, estão listados os últimos ensaios técnicos das escolas de samba, que acontecem este fim de semana e no próximo. Neste domingo, por exemplo, tem Salgueiro. No dia 31 é a vez da Beija-Flor, campeã do carnaval passado.

Agora é só vestir a fantasia para não se sentir um estranho no Rio.

 

 

 

A nova Praça XV

O Museu Histórico Nacional (MHN), na Praça Marechal Âncora, é um dos oásis no meio do imenso canteiro de obras no qual se transformou a Praça XV e arredores, no Centro do Rio. Vale contornar os tapumes e ir até lá para ver a comovente exposição “Rio como destino”, sobre a qual escrevi no post anterior, que reúne cartazes publicitários do século passado de companhias aéreas e marítimas, todos com a cidade como tema. Na saída, dê uma volta pela Praça XV, uma das mais significativas do Rio, para ter uma ideia de como vai ficar a região daqui a alguns (poucos) meses.

A Praça XV e a Estação das Barcas, já sem o Elevado da Perimetral / Foto de Carla Lencastre
Estação das Barcas na Praça XV, já sem o Elevado da Perimetral / Foto de Carla Lencastre

Assim como na Praça Mauá, a derrubada do Elevado da Perimetral trouxe de volta a vista para a Baía de Guanabara. Na frente da entrada principal do Paço Imperial, olhando para a Estação das Barcas (que ligam o Rio a Niterói e a Paquetá), já se vê como a área vai ficar diferente. Na praça ficava o antigo o Cais Pharoux, cujos vestígios estão lá até hoje. Do outro lado do Paço Imperial, na Rua Primeiro de Março, encontram-se duas igrejas históricas do Rio: Igreja de Nossa Senhora do Carmo (a Antiga Sé) e Igreja da Ordem Terceira do Carmo, com sua fachada toda em pedra. Mais adiante este ano, a Praça XV será uma das pontas da Orla Luiz Paulo Conde, um caminho que vai margear a baía até a Praça Mauá.

A passagem do Arco do Teles, com a Rua do Ouvidor ao fundo / Foto de Carla Lencastre
A passagem do Arco do Teles, com a Rua do Ouvidor ao fundo / Foto de Carla Lencastre

Por enquanto a sugestão de passeio pela região é dar as costas para a Baía de Guanabara, passar pelo Arco do Teles, do período colonial, e caminhar pelas bonitas ruelas do Rio Antigo, com sobrados em geral bem preservados e ocupados por bares, restaurantes, lojas e galerias de arte. Entre os restaurantes, encontra-se o The Line, na Travessa do Comércio (entre o Arco do Teles e a Rua do Ouvidor), que está também no Museu Histórico Nacional.

The Line, restaurante na Travessa do Comércio
The Line, restaurante na Travessa do Comércio / Foto de Carla Lencastre

As ruas calçadas de pedra levam até o Centro Cultural dos Correios, o Centro Cultural Banco do Brasil e a Casa França-Brasil. No caminho, não deixe dar uma paradinha na minúscula e linda Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, na Rua do Ouvidor.

Igreja Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores / Foto de Carla Lencastre
Igreja Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores / Foto de Carla Lencastre

 

O interior da igreja / Foto de Carla Lencastre
O interior da igreja / Foto de Carla Lencastre

A Rua do Ouvidor já foi uma das ruas mais importantes do Rio. Hoje continua muito movimentada, mas é uma rua bem estreita, ainda mais se comparada com as grandes avenidas abertas no Centro da cidade no início do século XX.