Com a presença dos parceiros da CVC e da AVIVA, Grou TURISMO festeja abertura da nova loja no Aeroporto de Salvador; Confira fotos

A última sexta (06) foi dia de festa na Bahia! Após um mês de operação em formato de soft opening, o Espaço GROU foi oficialmente inaugurado no Aeroporto de Salvador, em uma noite marcada por um coquetel que contou com a presença de parceiros, autoridades do Poder Público, empresários e profissionais do trade.

Entre os convidados estavam o Secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Claudio Tinoco; o Diretor de Produtos Nacional da CVC, Claiton Armelin; o Diretor de Operações do Grupo AVIVA, Flávio Monteiro; o Diretor de Produtos Terrestres Nacional CVC, Cristiano Placeres; o Diretor Comercial do Aeroporto de Salvador, Marc Gordien; o Diretor do Centro de Convenções de Salvador, Ludovic Moullin; a Presidente da ABAV-BA, Ângela Carvalho; o Presidente da ABIH-BA, Luciano Lopes; e o Presidente da Salvador Destination, Roberto Duran, entre outros representantes de associações, hoteleiros e operadores de turismo.

O espaço possui mais de 100m² de área, incluindo balcões de atendimento CVC e Costa do Sauípe, com capacidade para receber até 40 pessoas sentadas simultaneamente e oferecendo amenidades como uma brinquedoteca, área de home theater e sala VIP. A proposta é de um lounge com conceito modular, desenhado para receber os turistas que desembarcam em Salvador com destino aos hotéis da própria Capital, aos resorts e pousadas do Litoral Norte e às praias de Morro de São Paulo, além de outras localidades baianas, em um volume de passageiros que chega a ultrapassar o número de mil clientes atendidos por dia.

“Eu aprendi muito em 2019 e é uma benção estar aqui com tantos amigos”, comentou emocionada a Sócia-Diretora da GROU, Mena Mota, se referindo ao tratamento médico que provocou seu afastamento do dia a dia da empresa por cerca de oito meses.

O evento foi destacado também pelos discursos de Claiton Armelin, Diretor de Produtos Nacional da da CVC, e de Claudio Tinoco, Secretário de Cultura e Turismo de Salvador. Ambos comemoraram o retorno da Diretora da GROU às atividades e reforçaram a importância do Turismo como a Arte de Bem Receber, além do papel de um equipamento como o lounge para oferecer hospitalidade e o melhor atendimento aos turistas que visitam a Bahia.

No ano passado, a GROU abriu o seu primeiro escritório comercial na cidade de São Paulo-SP. A empresa segue com as sedes em Lisboa (Portugal), Aracaju-SE e Salvador-BA, além das bases de atendimento no Litoral Norte da Bahia, Morro de São Paulo, Itacaré, Ilhéus e Porto Seguro.

Quem são as Ganhadeiras de Itapuã, tema da escola campeã do Carnaval Carioca?

Foto: Divulgação/Visit Salvador Bahia

“Levanta, preta, que o Sol tá na janela

Leva a gamela pro xaréu do pescador

A alforria se conquista com o ganho

E o balaio é do tamanho do suor do seu amor

Mainha, esses velhos areais

Onde nossas ancestrais acordavam às manhãs

Pra luta sentem cheiro de angelim

E a doçura do quindim

Da bica de Itapuã”

Com um samba-enredo que homenageia a força e a resistência das mulheres que marcaram a história da liberdade no Brasil, a Viradouro quebrou um jejum de 23 anos e se consagrou como a grande campeã do Carnaval do Rio de Janeiro na última quarta (25). O desfile foi uma celebração às Ganhadeiras de Itapuã, grupo cultural que remonta à época em que o bairro era uma simples vila de pescadores e que se tornou um verdadeiro símbolo da região, ao lado de ícones como Dorival Caymmi e Vinicius de Moraes.

Os mais familiarizados com o cenário artístico nacional devem se lembrar da breve, mas sólida trajetória das Ganhadeiras desde que se lançaram comercialmente no mercado e conquistaram o Prêmio da Música Brasileira de Melhor Álbum Regional, em 2015. Mas o que elas de fato representam para a cultura baiana e por que precisam ser descobertas pelos turistas?

Foto: Divulgação/Marcelo Brandt

Para explicar o fenômeno, é preciso voltar no tempo. As chamadas “ganhadeiras” eram mulheres negras – escravas ou libertas – que circulavam pelas ruas de cidades brasileiras e atravessavam freguesias oferecendo quitutes, doces, frutas, cestos e louças, entre outros produtos e serviços. Na condição de escravizadas, as ganhadeiras obtinham uma autorização dos seus senhores para comercializar os itens e eram obrigadas a lhes dar uma parcela da venda, acumulando o excedente para gastos no dia a dia ou para comprar a própria liberdade. Como libertas, as ganhadeiras lutavam pela subsistência de suas famílias e eram exímias mercadoras, compondo uma importante classe trabalhadora nos centros urbanos.

Em Itapuã, até então um vilarejo distante e isolado de Salvador, as mulheres que viviam de ganho atuavam como lavadeiras ou saíam com seus balaios a pé para vender iguarias na cidade. No trajeto, ou enquanto executavam os serviços, era comum que entoassem cantigas de roda, sambas e cirandas, que foram transmitidas ao longo dos anos até as novas gerações das famílias. Assim, o grupo Ganhadeiras de Itapuã surge como uma forma de resgate dessas narrativas musicais, trazendo para a atualidade as crônicas que descreviam o cotidiano do povo negro.

Conhecer o trabalho e as canções das Ganhadeiras de Itapuã é um mergulho na cultura do Brasil e um passo fundamental para entender as particularidades que construíram a Bahia como um produto turístico. Na teoria, haveriam apresentações regulares do grupo em Salvador, com ingressos esgotados nos moldes dos concorridos ensaios de verão do Olodum. Na prática, por outro lado, é necessário um pouco de sorte para conferir um show de perto e coincidir a agenda do grupo com o exato período da viagem.

Mas há alternativas. Além do vasto material disponível na Internet, com performances memoráveis que vão de teatros lotados a canções interpretadas à beira da Lagoa do Abaeté, é possível se aproximar e entender o universo das Ganhadeiras através dos locais e obras que guardam a sua história.

Uma dica é acompanhar a programação da Casa da Música, um dos espaços mais tradicionais de Itapuã e responsável por fomentar a produção artística da comunidade. Com quase 30 anos de atividade ininterrupta, a Casa tem a coordenação de Amadeu Alves, que não por acaso também assina a direção artística das Ganhadeiras, e apresenta saraus, exposições temáticas e apresentações que dialogam diretamente com os elementos trazidos pelo grupo.

E enquanto a viagem não chega, minha dica é buscar fontes de leitura. Uma das melhores, indicada inclusive pelos próprios autores do samba-enredo da Viradouro, é o livro ‘A Voz de Itapuã’, da pesquisadora Tânia Risério. A obra nasceu a partir de uma tese de doutorado defendida na Universidade de Aix-Marseille (França), que aborda justamente o caráter histórico e oral das Ganhadeiras, dando voz a personagens excluídos dos chamados “relatos oficiais”. Um retrato detalhado e de valor incalculável que nos recorda do papel desempenhado pelas mulheres que reproduziram esse repertório até os dias atuais. Que fique claro: antes de serem artistas, as Ganhadeiras são donas de sua própria História.

“NA BAHIA TEM NEVE?”: VISITANDO O MAIOR PARQUE DE DUNAS DO BRASIL

“O maior parque urbano de dunas, lagoas e restingas do Brasil”. Esse é o título de uma das atrações mais conhecidas da região da Praia Flamengo, na orla de Salvador. O lugar é mais visitado por grupos escolares e ambientalistas, mas tem sido descoberto por famílias locais, que buscam novas opções de lazer para as crianças, além de alguns turistas, que eventualmente pesquisam sobre a cidade na Internet.

O Parque das Dunas – não confundir com o xará potiguar, em Natal – é um complexo com 6 milhões de metros quadrados de área, compreendendo uma imensidão de areia branca entre a pista do Aeroporto de Salvador e o Oceano Atlântico. Todas as visitas são guiadas por trilhas interpretativas e devem ser agendadas previamente; há percursos infantis, de 500 metros, e adultos, de até 2Km: você só precisa definir a sua escolha e a duração do passeio. Não existe mínimo de pessoas para realizar as trilhas, mas é bom reunir o maior número possível de participantes, para dar uma força ao trabalho realizado pelo Parque.

Logo na chegada, há uma aula no auditório sobre a fauna e a flora da região, bem como um breve aquecimento e alongamento corporal para preparar os visitantes para a caminhada. É importante utilizar bastante protetor solar, roupas adequadas (preferencialmente com proteção UV), chapéu e óculos escuros – o reflexo do sol na areia branca pode ser bem forte. Na volta, os aventureiros são recebidos no Centro de Visitantes com frutas, água e picolé, todos inclusos no ingresso.

Não espere passeios de buggy, quadriciclo ou o popular “skibunda”, tão presentes nas dunas que se multiplicam no litoral do Nordeste. Aqui, o cenário é a outro e a proposta tem foco na preservação ambiental e no ecossistema.

A imagem via satélite é impressionante e circunda toda a parte sul do Aeroporto, alcançando a famosa Lagoa do Abaeté, já em Itapuã. Isso me faz lembrar da curiosidade e dos comentários dos passageiros que desembarcam em Salvador e sentam na janela do lado direito do avião, principalmente as crianças. Há registros até de um turista-mirim que perguntou se na Bahia tinha neve.

INFORMAÇÕES ÚTEIS

Horário de Funcionamento: das 07h às 17h (Segunda a Sexta) e das 07h às 13h (Sábados)
Taxa de Visitação: R$20,00 por pessoa
Todas as visitas devem ser agendadas pelo e-mail ou telefone.
Tel.: (71) 98888-0188 / (71) 3036-1399
E-mail: trilhas@unidunas.com.br