A Importância das parcerias público-privadas para o Turismo

Há alguns dias, estivemos no Espírito Santo, para a realização da Convenção Braztoa 2023, do SEEDS e do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, três dos mais importantes eventos da Associação que, apesar de serem anuais, permearam o trabalho, a atenção e as ações da BRAZTOA do começo ao fim do ano. 

Tudo o que realizamos em solo capixaba em novembro – e por todo Brasil e pelo mundo, de janeiro a dezembro – são uma mostra de como a colaboração entre iniciativas públicas e privadas é essencial para impulsionar e fortalecer a indústria do turismo. 

Nosso setor não cresce sozinho, ele precisa de troca de expertises, de muito networking, de conversas, debates, planos conjuntos e principalmente, de construções reais a muitas mãos. Posso listar alguns caminhos e ganhos desse trabalho que mescla atuações do público e privado.

*Treinamento e capacitação: O setor público pode colaborar com o privado para oferecer programas de treinamento e capacitação para profissionais do turismo.Na BRAZTOA, fizemos isso com a Academia de Excelência Braztoa – que teve edições exclusivas para empresários de destinos específicos. Esse tópico também está ligado às visitas técnicas que a Braztoa e seus membros realizaram em diversos pontos do Espírito Santo, a partir do trabalho que envolveu o governo do Estado, a Secretaria de Turismo, o Sebrae e diversos empreendimentos locais. Todos juntos para fazer o destino ganhar espaço nas prateleiras das operadoras de Turismo.

*Marketing e promoção: As entidades públicas e privadas podem colaborar na promoção de destinos turísticos, como, repito, foi o caso das várias ações que a BRAZTOA realizou nas terras capixabas e que abriram um bom espaço de promoção local. O Estado está pronto para figurar nas ofertas das principais operadoras do país, dada a variedade incrível de destinos e experiências que conhecemos e vivemos nos dias que estivemos por lá. Descobrimos um Espírito Santo que os operadores de turismo não imaginavam e isso foi um grande divisor de águas. 

*Desenvolvimento sustentável: Ambos os setores podem trabalhar em conjunto para promover práticas de turismo sustentável. Isso envolve a preservação do meio ambiente, o respeito às culturas locais, a promoção do turismo responsável, entre outras coisas. Fizemos isso com a realização do SEEDS, que é um ciclo de palestras curtas e rápidas, e debates sobre turismo responsável, inovação e sustentabilidade, envolvendo a rede de atores da cadeia de turismo do destino anfitrião, no caso, o Espírito Santo, além de levar a décima primeira edição do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade para Vitória.

*Desenvolvimento de infraestrutura: O setor público pode investir na infraestrutura básica necessária para apoiar o turismo, como estradas, aeroportos, portos, serviços de transporte público e instalações de segurança. As empresas privadas podem complementar esses esforços, investindo em hotéis, restaurantes, atrações turísticas e outras instalações.

*Regulação e políticas: O governo pode estabelecer políticas e regulamentações que promovam um ambiente propício para o crescimento do setor turístico. Ao mesmo tempo, as empresas privadas podem contribuir fornecendo feedback e informações para ajudar a moldar essas políticas de maneira a beneficiar a indústria como um todo.

*Incentivos fiscais e investimentos: O governo pode oferecer incentivos fiscais e financeiros para empresas privadas que investem no desenvolvimento turístico, o que pode incluir reduções de impostos, subsídios ou incentivos para projetos que beneficiem o turismo local. 

Quando a iniciativa pública e privada colaboram de maneira eficaz, elas podem criar sinergias que impulsionam o crescimento sustentável do turismo, beneficiando tanto a economia quanto a experiência dos visitantes. 

Essa parceria estratégica é fundamental para o sucesso da indústria do turismo não apenas no Brasil, mas no mundo todo. Que ela esteja ainda mais forte em 2024.

Reforma Tributária: excelente notícia nos encaminhamentos em Brasília

Boas notícias merecem e devem ser compartilhadas, e a BRAZTOA traz a melhor que o setor de Turismo e Agenciamento poderia ter neste momento.

Tivemos acesso, na manhã desta quarta-feira (25/10), ao relatório da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 45, de 2019 (o já muito falado texto da Reforma Tributária), elaborado pelo relator, Senador Eduardo Braga (MDB/AM), que irá nortear a votação do tema no Senado Federal. 

Nele, o agenciamento de viagens consta dentre os setores de regime especial na Reforma Tributária. Trata-se de um  grande passo para garantir que o segmento esteja contemplado no texto final, o que demonstra o reconhecimento da importância das agências e operadoras no fluxo da cadeia do turismo, principalmente por serem o elo entre os players do mercado e o público final.

Essa conquista, fundamental no processo, é fruto de mais de 33 emendas propostas por dezenas de Senadores, de todos os espectros partidários, após um extenso trabalho das entidades de agenciamento em Brasília – que continuará pelas próximas semanas, para assegurar uma boa recepção dos Senadores antes da votação, que está prevista para a semana de 7 de novembro

A BRAZTOA, ao lado das entidades parceiras ABAV, Abracorp, AirTkt e CLIA Brasil, seguirá focada nas ações em Brasília, com o intuito de assegurar que o agenciamento continue contemplado na votação final, bem como na Câmara dos Deputados, para onde o texto pode retornar.

Agradecemos aos Senadores pelas portas abertas, por toda atenção e esforços relacionados aos nossos pleitos. 

Como foi mencionado no começo do texto: boas notícias merecem e devem ser compartilhadas. Esperamos trazer ótimas atualizações em breve.

Reforma Tributária: Entidades unidas em prol do Turismo

Nesses mais de 100 dias à frente do Conselho de Administração da BRAZTOA, um tema tem protagonizado a minha gestão: a Reforma Tributária.

As últimas semanas foram as mais intensas. Brasília se tornou a segunda casa da BRAZTOA, Abav Nacional, AirTkt e CLIA Brasil, para ações conjuntas em busca de um objetivo em comum e fundamental para o setor: inserir o agenciamento de viagens na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária.

As entidades se mobilizaram – e continuam  se mobilizando – para informar os senadores sobre o prejuízo que o Brasil terá caso o Turismo não seja contemplado com um tratamento especial. Se continuar como está,  as agências de viagens pagarão até 250% de impostos a mais do que pagam atualmente. E a consequência é clara: muitas empresas fecharão suas portas e, inevitavelmente, muitos empregos serão perdidos. 

O pedido das entidades é por competitividade. Não é para simples redução de impostos, mas para que essas empresas tenham meios de igualdade de atuação junto aos mercados internacionais. 

Todo esse trabalho capitaneado pelas entidades mostra que tem havido sensibilidade e entendimento do nosso pleito por parte dos senadores. O caminho a ser percorrido ainda é longo. Trata-se de um trabalho gradual, mas o otimismo impera. Metade da CCJ apresenta emendas a nosso favor, o que é bem importante. Os trâmites seguirão, pelo menos, até o fim deste ano, mas já contabilizamos muitas conquistas.

O turismo representa 8% do PIB nacional. É muito importante que esta atividade seja vista como vetor de desenvolvimento, além, é claro, de todos os impactos positivos na vida dos viajantes. 

Nosso segmento precisa de uma tributação justa, na qual o setor seja integralmente contemplado. O turismo é importante para o país e continuaremos trabalhando para que ele evolua constantemente.