O Destino Foz do Iguaçu e os 11 anos do #CataratasDay

Hoje, quando se comemoram 11 anos da inclusão das Cataratas do Iguaçu na lista das 7 Maravilhas Mundiais da Natureza, movimento internacional que elegeu os sete mais lindos monumentos naturais do mundo, quero falar de Foz do Iguaçu. Quando um destino começa a receber investimentos em parques e atrações turísticas, vemos frequentemente a comparação com Orlando, na Flórida, capital mundial dos parques temáticos. “Olha, aí vem a ‘Orlando’ brasileira…”, dizem autoridades e publicações.

Quando pensamos no turismo internacional, talvez Foz do Iguaçu seja o destino brasileiro com maior vocação para isso. Não para ser a “Orlando” brasileira, mas para atrair turistas de todo o planeta. Em 2019, antes da pandemia, o Parque Nacional do Iguaçu recebeu pela primeira vez desde sua criação mais de dois milhões de visitantes: foram 2.020.358. Esse número ainda não foi recuperado, com previsão de chegar a 1,4 milhão de visitantes neste ano, em um claro reflexo da lenta recuperação do turismo internacional no cenário pós-pandemia.

Crédito: Parque Nacional do Iguaçu

Mas Foz do Iguaçu vai muito além de suas magníficas Cataratas. A maior obra de engenharia do Brasil, a construção da Hidrelétrica de Itaipu, é outro atrativo turístico desde antes de sua inauguração. Inaugurada oficialmente em maio de 1984, a usina de Itaipu recebeu sua primeira visita turística oficial em abril de 1976! Em uma época em que o Turismo não era visto como pauta econômica, o gigantismo da construção brasileira já atraia curiosos. Hoje, com a divisão Turismo Itaipu, a visitação é ordenada e, além dos circuitos tradicionais, inclui ainda cicloturismo e o Refúgio Biológico Bela Vista, um zoológico com espécies da região. De 1977 a 2020, Itaipu recebeu mais de 24 milhões de visitantes de 209 países. Em 2019, foram mais de um milhão de visitantes, considerando os lados brasileiro e paraguaio.

Apesar da lentidão na recuperação dos turistas estrangeiros, Foz do Iguaçu ganhou novos atrativos nesses últimos dois anos e muitos investimentos. No próprio Parque Nacional do Iguaçu, concessionado no primeiro semestre, o Grupo Cataratas deverá investir R$ 500 milhões em infraestrutura, com potencial de duplicação do número de visitantes pré-pandemia. Em dezembro de 2018, foi inaugurado seu primeiro parque aquático, o Blue Park Foz, que no mês passado concluiu sua terceira fase de ampliação, com investimentos de R$ 128 milhões.

No ano passado, foi inaugurada a roda gigante do destino, a Yup Star Foz, investimento de R$ 200 milhões e, no mesmo ano, começaram as obras do aquário de Foz do Iguaçu, o AquaFoz, com previsão de construção de 24 meses, devendo ser inaugurado em 2023. São mais R$ 100 milhões em investimentos do Grupo Cataratas, proprietário também do AquaRio, no Rio de Janeiro, que constrói o aquário na entrada do Parque Nacional do Iguaçu.

E falamos apenas dos atrativos mais recentes… O Grupo Dreams abriu sua primeira atração na cidade em 2014, com a instalação do Museu de Cera. Depois dele, vieram outras cinco: Maravilhas do Mundo, Vale dos Dinossauros, Dino Adventure, Dreams Ice Bar e Dreams Motor Show. Apesar da pandemia, o turismo doméstico aquecido justifica os próximos investimentos do grupo, que anunciou a construção de um duty free e mais duas atrações temáticas, somando R$ 70 milhões nos próximos dois anos.

O Marco das Três Fronteiras é mais uma das opções turísticas da cidade, com um complexo de gastronomia e entretenimento que justifica a visita à tríplice fronteira. Se olharmos para os vizinhos, atrações como o lado argentino das Cataratas, o Casino Iguazú e o Duty Free Puerto Iguazú são outros atrativos para ampliar a permanência na região, além da caótica, mas curiosa, Ciudad del Este, no lado Paraguai. Com o Paraguai, a breve inauguração da Ponte da Integração dará ainda um novo cartão postal de Foz do Iguaçu. E há mais atrativos, já em funcionamento ou em fase de projeto.

Diante disso tudo, talvez caiba uma reflexão… Em vez de Orlando brasileira, quem sabe os outros destinos não gostariam de almejar uma “Foz do Iguaçu francesa, mexicana, chinesa…”. As Cataratas, no entanto, são únicas.

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