A Themed Entertainment Association (TEA) divulgou ontem (13/6) a 17ª edição de seu ranking anual de parques e museus mais visitados do mundo. Controvérsias à parte, uma vez que muitos dos dados reunidos no estudo são fornecidos voluntariamente pelos parques – sendo alguns auditados e outros não –, o ranking produzido pela TEA serve de referência para entendermos o tamanho do mercado de parques temáticos e aquáticos no mundo todo. Entre as boas notícias que a última edição traz está o fato de muitos dos parques analisados já terem alcançado os números pré-pandemia – com a superação desses resultados em alguns deles, especialmente nos Estados Unidos.
Mas os EUA não estão sozinhos nisso. Aqui no Brasil, o único parque temático que consta na lista dos “top ten” da América Latina, o Beto Carrero World, ocupou em 2022 a liderança nesse ranking. Com 2,37 milhões de visitantes no ano passado, o parque de Santa Catarina superou o número de 2019, quando recebeu 2,24 milhões de pessoas. O segundo lugar nesse ranking é do Six Flags México, que está longe de recuperar os 2,8 milhões de visitantes recebidos em 2019, uma vez que no ano passado estiveram no parque mexicano 1,7 milhão de pessoas.
Os 25 maiores parques temáticos do mundo receberam 178,5 milhões de visitantes no ano passado. Em 2021, foram 124,6 milhões e, em 2019, antes da pandemia, 253,7 milhões. O Magic Kingdom, nos EUA, era líder em 2019 e manteve a primeira colocação em visitação no ano passado, ao receber 17,1 milhões de pessoas. Em 2019, o parque da Flórida foi visitado por 20,9 milhões de pessoas. A lista dos 25 mais visitados do mundo tem seis parques da Flórida e três da Califórnia, totalizando nove parques temáticos dos Estados Unidos, quatro parques do Japão e quatro da China, dois na França, na Coreia do Sul e em Hong Kong, um parque na Alemanha e outro na Holanda.
No Brasil, o mercado de parques e atrações turísticas conta com 89 milhões de visitantes anuais, segundo o estudo “Parques, atrações turísticas e entretenimento no Brasil – Panorama Setorial e novos investimentos”, lançado em março durante o SINDEPAT Summit. O estudo brasileiro mostra ainda expectativa de aumento de visitantes de 18% ao longo deste ano, entre dados de investimentos e perfil dos visitantes. O estudo está disponível para download no site do SINDEPAT.
Destaque para os parques aquáticos
Se na lista de temáticos o Beto Carrero World é o único brasileiro entre os dez parques mais visitados da América Latina, quando o foco muda para os parques aquáticos, o Brasil ocupa seis das dez colocações. Ao todo, 9,8 milhões de pessoas visitaram parques aquáticos na América Latina no ano passado, contra sete milhões de visitantes em 2021. O mais visitado da região, no entanto, é o Bahamas Aquaventure, em Nassau, que recebeu 1,75 milhão de pessoas no ano passado. Em segundo lugar aparece o brasileiro Thermas dos Laranjais, em Olímpia (SP), com 1,72 milhão de visitantes em 2022.
O Hot Park, em Goiás, é o terceiro colocado, com 1,4 milhão de visitantes no ano passado, mesmo número de 2019. O ranking traz ainda o Beach Park, no Ceará, e os parques do Estado de São Paulo: Thermas Water Park, Hot Beach e Magic City, mostrando que os destinos menos dependentes do turismo internacional e que podem se beneficiar do turismo rodoviário seguem em alta.
Os museus
Os museus mostram a recuperação mais lenta – dado já percebido no ranking TEA de 2021. Das 105,4 milhões de visitas realizadas a museus em 2019, somente metade delas foram feitas no ano passado: 55 milhões. O Museu do Louvre, em Paris, lidera o ranking de 2022, com 7,7 milhões de visitantes, total que em 2019 era de 9,6 milhões. Segundo colocado no ranking em 2019, o Museu Nacional da China, em Beijing, recebeu 7,3 milhões de visitantes em 2019, mas somente 1,6 milhão no ano passado. A China viveu longos períodos de lockdown no ano passado, por conta de variantes dos vírus de Covid-19, com prejuízos aos parques, muitos deles com menos visitantes no ano passado que em 2021.
2022
Para a TEA, 2022 será lembrado pelos parques temáticos, aquáticos e museus de todo o mundo como o ano do relaxamento das restrições causadas pela pandemia e da alta demanda de experiências fora de casa – com destaque para as viagens e passeios – e a volta da “sensação de normalidade”, segundo diz o estudo. “2002 provou que as pessoas querem viver experiências com as famílias e amigos, o que pode ser percebido ao longo de todo o ano por muitos players da indústria”, aponta. Para ler o estudo completo, acesse: https://acrobat.adobe.com/link/review?uri=urn:aaid:scds:US:bcfc7503-92ff-3bfa-8938-93c321fe6008
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