Um pouco de ar puro na Estrada Velha de Santos

Nessa semana em que a capital paulista registrou, ontem (10/09), a pior qualidade de ar do mundo, segundo o site internacional IQAir, nada como ter a oportunidade de “fugir” para um ambiente mais “respirável”. A cerca de uma hora da capital, em São Bernardo do Campo, na mesmíssima Grande São Paulo, está a entrada do parque Caminhos do Mar, parte do Parque Estadual Serra do Mar – a maior unidade de conservação de mata atlântica do Brasil. A dica é de passeio, vinda de uma jornalista, mas, se nosso clima continuar assim, pode ser que em breve vire até ‘recomendação médica’… Então… vamos dar uma olhada no parque?!

O Caminhos do Mar foi concessionado à iniciativa privada em 2021. Desde então, sob gestão da Parquetur, vem sendo transformado, com a inclusão de novos serviços, como aluguel de equipamentos e instalação de foodtrucks; e, principalmente, com a restauração de seus monumentos históricos. Talvez você não esteja associando o “nome à pessoa”, mas o Caminhos do Mar tem como principal atração a “Estrada Velha de Santos”, aquela que até 1984 servia como principal ligação entre a Baixada Santista e a capital paulista, em meio à deslumbrante Serra do Mar. Agora, você pode subir ou descer essa estrada, observando seus monumentos históricos (construídos em 1922, em comemoração ao Centenário da Independência do Brasil), caminhando ou de bicicleta.

Esse é o principal “roteiro” oferecido no parque Caminhos do Mar, o Roteiro Histórico. Com a concessão, foi reaberta a portaria na cidade de Cubatão e o parque passou a contar com serviço de vans entre as duas portarias. Assim, o visitante opta pela descida ou subida. O “Roteiro de Ecoturismo” é outra possibilidade, passando pela Calçada do Lorena, nesse caso. Trata-se de uma das proezas da engenharia do século 18, uma vez que esse foi o primeiro caminho pavimentado ligando o litoral e o planalto em São Paulo, com cerca de nove quilômetros de extensão.

História

É possível percorrer cerca de 3,5 quilômetros da Calçada do Lorena, em meio às árvores nativas. A construção da calçada ocorreu entre 1789 e 1792, sob o comando do então governador da província, Bernardo Maria de Lorena, e foi utilizada pelo príncipe regente do Brasil, Dom Pedro, em sua viagem para a proclamação da Independência do Brasil, às margens do Ipiranga. O caminho foi muito utilizado até a década de 1840, quando foi inaugurada a Estrada da Maioridade, mais conhecida como Estrada Velha de Santos.

Na visita ao Caminhos do Mar, além da possibilidade do contato com a natureza e com um ar mais “respirável” que o encontrado em seu entorno nas últimas semanas, é possível mergulhar na história do Brasil. Por isso mesmo, o passeio tem sido procurado por escolas da região. A lista de monumentos históricos tombados pelo Condephaat inclui o Pouso Paranapiacaba, que abriga uma lanchonete na qual o destaque são as iguarias portuguesas, o Rancho da Maioridade, o Belvedere Circular e o Monumento ao Pico, entre outros. Cada um deles devidamente sinalizado com informações sobre sua construção e restauro.

No alto, à esquerda, o Rancho da Maioridade; ao lado, duas fotos da Calçada do Lorena, seguida pelo monumento Padrão do Lorena; na segunda linha, vista externa e interna do Pouso Paranapiacaba

Aventura

Para quem procura uma opção mais “radical” dentro do parque, o Caminhos do Mar tem o Roteiro Aventura, oferecido com a reabertura da Trilha da Cachoeira da Torre. O percurso começa na parte alta do parque, com extensão de nove quilômetros (ida e volta) e possibilidade de banho no poço da cachoeira, depois de realizar o percurso de muitas subidas e descidas. A trilha é guiada e os visitantes devem reservar com três dias de antecedência. A duração média é de seis horas, com nível de dificuldade classificado como moderado/difícil.

Outra opção, sem dificuldades, mas com grande dose de coragem, é a Tirolesa Voo da Serra, inaugurada no parque há pouco mais de um ano. São 500 metros de voos sobre a Serra do Mar, com vista para a mata, as cidades da Baixada Santista e o mar. Claro, se o tempo estiver aberto. Se houver neblina, seu voo pode virar um salto no clarão das nuvens, como o meu. Ainda assim, altamente recomendável.  

Para saber mais sobre o parque, valor dos ingressos e horários de funcionamento, clique aqui. Sobre a tirolesa, que pode ser feita em dupla, clique aqui. Bom passeio e aproveite o ar puro!

Itaipu: uma gigante da criatividade humana

Na semana passada, a Câmara dos Deputados homenageou em Sessão Solene os 50 anos da criação da Itaipu Binacional. Ela foi o início do que seria, por décadas, a maior hidrelétrica do mundo. Começou ali, há 50 anos, um projeto único, que iria desviar o curso de um rio, fronteira natural entre Brasil e Paraguai, para abrir espaço para a construção da Hidrelétrica de Itaipu. Mas, peraí… este blog é sobre parques e atrações turísticas!

É que além da gigante fornecedora de energia para Paraguai e Brasil, Itaipu, nesses 50 anos, foi muito além. Recebeu seus primeiros visitantes ainda durante as obras, nos anos de 1970, tamanha a curiosidade que a construção despertava. Levou para uma Foz do Iguaçu de cerca de 20 mil habitantes uma população adicional de 40 mil empregados na construção. Começou a operar, oficialmente, em 1984. E a vocação para o Turismo, que as obras já tinham despertado, apenas cresceu com os avanços dessa gigante da criatividade humana.

Hoje, geridas pela Turismo Itaipu, há diferentes visitas que podem ser realizadas no complexo. No último dia 10, como parte das visitas técnicas do SINDEPAT Summit, realizado em Foz do Iguaçu, pude fazer uma delas, a “Itaipu Especial”. É essa visita, apenas para maiores de 14 anos, que permite entrar na imponente barragem de Itaipu. São cerca de duas horas e meia de informações riquíssimas, mesmo para quem não tem   interesses específicos pela engenharia que ergueu tudo aquilo.

Nesse roteiro, o interior da barragem é o ponto inicial. Os pescoços dobram para o alto e para baixo, nos paredões de concreto. As primeiras explicações chegam em uma das “catedrais”, as aberturas espalhadas ao longo da barragem. Do lado de fora, é possível tocar os condutos forçados, as grandes tubulações brancas que podem ser observadas na barragem mesmo à distância, com seus 10,5 metros de diâmetro e 142 metros de comprimento. São 20, ao todo, por onde passam 690 mil litros de água por segundo (vazão média).

A visitação segue para a sala de comando central, com os painéis analógicos servindo de redundância às novas tecnologias. Para os visitantes, que olham do alto, uma linha divisória mostra os lados brasileiro e paraguaio – e os relógios indicam a diferença de uma hora entre os dois países, naquela fronteira desenhada dentro do edifício. A visita prossegue para baixo, para cima, observando-se as cotas, que indicam a altitude em relação ao nível do mar. Assim, na visita, a variação é de cerca de 40 metros, e inclui a Galeria das Unidades Geradoras e o Eixo da Turbina.

Do lado de fora, há uma parada no alto da barragem, 225 metros acima do nível do mar, para contemplação do Lago de Itaipu, por um lado, e do rio Paraná e seu trecho desviado. Outras duas paradas são realizadas, nos mirantes Central e do Vertedouro. Esse, aberto em ocasiões de alto volume de águas do rio Paraná, deve ser um espetáculo à parte. Não foi o caso, durante minha visita!

Outras possibilidades em Itaipu

Crianças são bem-vindas em Itaipu, embora não no roteiro Itaipu Especial. Para elas, o “Refúgio Biológico Bela Vista” deve ser um dos mais agradáveis. Tem duração de duas horas e meia e divide-se em duas partes: a primeira, realizada em carros especiais para o passeio em direção ao Refúgio, observando áreas de mata reflorestada e as torres de transmissão de Itaipu; na segunda parte, o percurso é feito caminhando em trecho de cerca de dois quilômetros para visita aos mais de 15 recintos do zoológico, ao portinho do Refúgio, às margens do lago, e para participação em atividade de plantio de árvore nativo. Tudo permeado pelas explicações das equipes de conservação do complexo.

Mais curto, o Itaipu Panorâmica é o roteiro mais procurado no parque. Conta a história da construção da usina, curiosidades e é feito em ônibus que acessam a avenida dos  condutos forçados, o topo da barragem e paradas nos mirantes Central e do Vertedouro em trajeto de pouco mais de uma hora.

Outra possibilidade é visitar Itaipu à noite, roteiro que também pude conhecer durante o SINDEPAT Summit. As visitas noturnas ocorrem somente sextas-feiras e sábados, às 19h, com duas horas de duração. No programa Itaipu Iluminada, o destaque é ver a barragem ser ascendida, a partir do Mirante Central. Antes, show com músicas da fronteira animam os visitantes, até que as luzes se acendem. É o único dos passeios apenas em português.

Itaipu Iluminada, uma das possibilidades de roteiros

Há ainda outras possibilidades, como o Itaipu Vip e o Itaipu by Bike. Caso é que essa gigante da energia mundial ganha cada vez mais espaço no turismo. No ano passado, foi visitada por 509.899 pessoas. E não poderia ser diferente. Seria um desperdício não contar essa história….

Em tempo: no www.turismoitaipu.com.br estão os valores dos ingressos e informações curiosas, que podem animar a visita. Aqui, algumas delas:

– O volume de concreto utilizado para a construção da hidrelétrica seria suficiente para construir 210 estádios de futebol do tamanho do Maracanã, no Rio;

– A quantidade de ferro e aço utilizadas equivale à construção de 380 Torres Eiffel;

– A altura da barragem (196 m) corresponde à altura de um edifício de 65 andares;

– A vazão máxima do vertedouro da Itaipu (62,2 mil metros cúbicos por segundo) é 40 vezes superior à vazão média das Cataratas do Iguaçu.

São Paulo lança projeto para ampliar participação infantil entre turistas

“A capital paulista, para mim, é um grande parque de diversões. Assim como todo o Estado”, disse a CEO e fundadora da plataforma SP Pra Crianças, Priscilla Negrão, ontem, no lançamento do projeto de mesmo nome apresentado pela Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo. A iniciativa da Setur-SP, em parceria com outras dez associações e órgãos públicos, tem o objetivo de fortalecer o turismo familiar, especialmente de famílias com crianças, nas cidades paulistas.

Principal destino de viagens de negócios do País, o Estado de São Paulo quer estimular as viagens familiares – internas e atraindo visitantes de outros Estados. Na apresentação, o secretário de Turismo do Estado, Roberto de Lucena, defendeu que o objetivo é ainda maior: transformar São Paulo no “melhor Estado para se ser criança do Brasil”, em suas palavras. “As famílias com crianças têm um turista mirim que, no futuro, será o visitante que recordará as histórias e experiências vividas em nosso Estado”, disse o secretário.

Lançada em parceria com a plataforma SP Pra Crianças, que virou o nome do projeto, a ação prevê a troca de conteúdos, pesquisas e fomento às atividades ligadas ao público infantil. O SP Pra Crianças se apoia em um tripé de ações práticas: promoção, com a criação de rotas turísticas amigáveis às crianças, com programas que unam turismo e educação; capacitação da mão de obra, para que se tornem mais atraentes e seguras ao público infantil; além do desenvolvimento de soluções tecnológicas, como a criação de um passaporte de integração com atrativos públicos e privados, com ofertas, combos e sugestões de restaurantes e meios de hospedagem.

PARQUES E ATRAÇÕES

Entre os principais atrativos para o turismo familiar, os parques e atrações encontram nas famílias com crianças seu principal mercado consumidor, como aponta o Panorama Setorial lançado em março deste ano pelo Sindepat e pela Adibra. Segundo o estudo, famílias com jovens até 17 anos representam 41% dos visitantes de parques e atrações. Quando analisados parques itinerantes (aqueles com montagens e desmontagens em diferentes cidades) e FECs (Family Entertainment Centers, como são conhecidas as unidades de parques instaladas em shopping centers), esse índice sobe para 52%.

O estudo mostra ainda a relevância das famílias segundo a faixa etária das crianças. Considerando 1 como irrelevante e 5 como mais importante, a pesquisa apontou que as famílias com crianças de até 10 anos alcançaram índice 4,2 em relevância na demanda média anula de parques e atrações.  

Reprodução do estudo Panorama Setorial Parques, Atrações Turísticas e Entretenimento no Brasil – março/2023

O Estado de São Paulo é rico em diversidade de parques e atrações, de empreendimentos temáticos, como o Animália Park, aberto neste ano, em Cotia, e o Parque da Mônica, na capital paulista, à grande variedade de parques aquáticos (Wet´n Wild; Acqualinda; Magic City; Thermas da Mata; Barretos Country; Hot Beach Olímpia; Thermas dos Laranjais etc). Na lista de atrações turísticas, as inaugurações são constantes. Entre as mais recentes, está a roda gigante da capital paulista, em operação desde dezembro, e a maior estátua de Nossa Senhora Aparecida do Brasil, inaugurada no último dia 7, em Aparecida, conhecida pelo Santuário Nacional. Também não faltam a São Paulo parques urbanos e naturais. Na capital, os parques Ibirapuera e Villa-Lobos estão repletos de atrações familiares, com foco especial nas crianças. Em Jundiaí, o Mundo das Crianças é mais um espaço público que faz a alegria da garotada, assim como a Praça dos Exageros, em Itu.

Mas há muitos mais, impossível de serem incluídos neste post. Muitos já têm lugar, no entanto, na plataforma SP Pra Crianças. Outros ainda poderão ser incluídos. Promover o que já existe e estimular a adaptação para crianças de atrações e espaços ainda não adequados, além de incentivar que mais parques e atrações apareçam é o objetivo do projeto lançado ontem. Fica nossa torcida para que tenhamos cada vez mais e melhores ambientes para o desenvolvimento de infâncias saudáveis. E, aproveitando a data, meu desejo de um Feliz Dia das Crianças!

Velhas novidades

Estou em dívida com este espaço, que não ganha um post novo desde o final do semestre passado. Faço um “mea culpa” trazendo neste post um pequeno retrospecto dos últimos três meses, tão dinâmicos para todo o Turismo e, especialmente, para o segmento de parques e atrações!

Julho

O setor de parques e atrações teve uma alta temporada, em julho, extremamente aquecida. Estive no Rio de Janeiro e visitei algumas das principais atrações da cidade: o Trem do Corcovado, lotado em plena quarta-feira; o AquaRio, igualmente cheio em um dia comum do meio da semana; o Jardim Botânico do Rio, com fila repleta de estrangeiros em uma segunda-feira. Atrações menos conhecidas, como o Espaço da Marinha, que tem o submarino Riachuelo como principal ponto de interesse, também tinham filas para visitação.

Fora do Rio de Janeiro, o Parque Nacional do Iguaçu recebeu em julho mais de 124 mil visitantes brasileiros, seu melhor registro de visitação de todos os tempos para o mês. Em Curitiba, a Linha Turismo, circuito que passa por 26 atrativos da capital paranaense, bateu recorde de visitantes, com resultado 35% superior ao mesmo período de 2019, antes da pandemia. Os números da hotelaria também mostram os bons resultados da temporada de julho. No Ceará, a ocupação hoteleira chegou a 80% no período, mesmo resultado de destinos como Olímpia, no interior de São Paulo, enquanto em São Luís, capital do Maranhão, a esse índice superou 85% no último mês de julho.

Agosto

O mês de agosto foi marcada por uma importante comemoração para o setor de parques e atrações turísticas. O Sindepat – Sistema Integrado de Parques e Atrações –, que em julho completou 20 anos, foi homenageado em Sessão Solene no Senado Federal. A homenagem foi realizada no dia 25, atendendo a requerimento do senador Eduardo Girão, do Ceará. Criado há 20 anos para conscientizar os Poderes Legislativo e Executivo da importância econômica e social dos parques e atrações, o Sindepat teve nesse reconhecimento, no Senado Federal, a comprovação de que vem alcançando esse objetivo em seu trabalho.

A Sessão Solene contou com a presença e as palavras dos representantes dos parques e atrações que fundaram o Sindepat, há 20 anos. A cerimônia foi transmitida ao vido pelo canal do Senado no YouTube e pode ser assistida clicando aqui.

Setembro

E chegamos a setembro. No mês passado, foram intensos os estudos e pesquisas produzidos pelas associações de Turismo para comprovar a relevância socioeconômica do setor e os impactos negativos que a Reforma Tributária pode acarretar. As principais lideranças das associações de Turismo têm visitado Brasília com frequência, incluído o Sindepat, que promoveu junto com o movimento Vamos com Eventos e Turismo café da manhã no restaurante do Senado para apresentar aos senadores esses dados. Foram 26 senadores e outros representantes de gabinetes, em total de 50 participantes, com destaque para o presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo no Senado, Marcelo Castro, a presidente da Comissão Mista do Orçamento, Daniella Ribeiro e o coordenador do Grupo de Trabalho da Reforma Tributária na Comissão de Assuntos Econômicos, Efraim Filho.

Mas setembro é o mês também em que a Revista PANROTAS traz o Guia de Férias, sua edição especial que circula na Abav Expo. Nesta edição, o guia mostra as novas atrações e experiências turísticas criadas nos Estados brasileiros nos últimos 12 meses. São muitas e variadas, como o Brasil. De Turismo de Base Comunitária, no Pará, à ampliação da faixa de areia da praia de Guarapari, no Espírito Santo, passando pela reabertura do Forte Nossa Senhora dos Remédios, em Fernando de Noronha (PE) ou pela inauguração do Museu Planeta Água, em Curitiba. Além de novas e charmosas opções de hospedagens em destinos do Rio de Janeiro, Ceará, Alagoas e São Paulo.

Os parques da Flórida têm destaque nesta edição do guia, assim como o destino Nova York, em matérias assinadas pelo editor-chefe da PANROTAS, Artur Andrade. Mas os parques brasileiros, também. Há novidades nos parques instalados, como nova área temática no Magic City, na Grande São Paulo, e a atração Turbilhados, no Hot Park, em Goiás, mas há também novíssimos parques e atrações.

É o caso do temático Animália Park, na Grande São Paulo, aberto em julho. Em dezembro, a capital paulista também já havia inaugurado sua roda gigante, a Roda Rico. Na região metropolitana de Belo Horizonte, foi aberto o aquático Aquabeat neste ano, enquanto em Martins, no Rio Grande do Norte, foi inaugurado o primeiro parque aquático do Estado, o West Aqua Park. No Sul, Gramado e Canela seguem captando cada vez mais atrações para a Serra Gaúcha, como o parque Vila da Mônica, aberto há um ano, e os mais recentes NBA Park e Space Adventure, deste ano.

No Rio de Janeiro, além da abertura do novo Museu do Flamengo, em agosto, o Estado ganhou há um ano o parque temático Terra dos Dinos, em Miguel Pereira.  Esse é o tema também do mais recente parque inaugurado no País, o Aventura Jurássica, em Balneário Camboriú (SC). Mas esse “título” de mais recente não deve durar muito, porque as aberturas têm acontecido em ritmo intenso. Mas esse é o tema para um próximo post…

Novas atrações diversificam ainda mais oferta de parques na Serra Gaúcha

Space Adventure foi inaugurado em Canela (RS) na semana passada (Foto: Divulgação)

Na terça-feira, dia 10, foi inaugurada em Canela (RS) a Space Adventure, nova atração turística da cidade, com investimento de R$ 40 milhões do Grupo Oceanic. A atração leva para a Serra Gaúcha um mix de exposição e experiência imersiva, com simuladores e itens originais da Nasa, diante da temática da exploração espacial. No mês passado, a vizinha Gramado ganhou o maior parque da NBA na América Latina, o NBA Park. Ambos são novos “ingredientes” na diversidade de atrativos da região – que tem parques temáticos, aquáticos, naturais, atrações ligadas ao chocolate, ao Natal, a carros antigos, à magia, museu de cera etc.

Há quem diga que a região perde “autenticidade” ao tornar-se endereço de tão diversa oferta de atrativos turísticos. É essa diversidade, no entanto, que consegue manter o destino cada vez mais atraente para novos públicos. Na imensa variedade de atrativos que a região da Serra Gaúche reúne hoje, há opções para famílias de todos os perfis e gerações. Cada abertura, cada nova atração move a economia local, gera empregos, atrai visitantes e amplia a permanência dos que já estão lá. A Serra Gaúcha transformou-se nas últimas duas décadas, deixando de ser um tradicional destino de inverno, malhas e gastronomia para tornar-se um completo destino turístico, com visitas que ocorrem durante todo o ano. Os eventos, como o Natal Luz e a Páscoa, completam isso, sem dúvida!  

As recentes aberturas fazem parte dos 63 investimentos apontados pelo estudo “Parques, Atrações Turísticas e Entretenimento – Panorama Setorial e novos investimentos”, realizado pelo SINDEPAT e pela Adibra e lançado em março, no SINDEPAT Summit. O estudo mostra que dos 63 novos parques e atrações mapeados, que somam investimentos de R$ 9,6 bilhões no Brasil, 31 serão abertos ainda neste ano. E eles já estão aparecendo…

Em Canela, a Space Adventure reúne em quatro mil metros quadrados uma das maiores coleções de artefatos originais da agência americana de exploração espacial, com itens dos projetos Mercury, Gemini e Apollo. A capacidade é de quatro mil visitantes/dia. Tem ainda planetário, cinema 6D e simuladores e, em evento pré-inauguração, contou com a presença do astronauta Charles Duke, um dos 12 homens que já esteve na Lua. “John Young foi meu comandante e um dos trajes que ele usou na missão Apollo está aqui”, comentou ele sobre uma das peças originais dispostas na atração.

Além dos investimentos em novos projetos, como o Space Adventure e o NBA Park, os parques e atrações turísticas fazem constantes reinvestimentos. As inovações são fundamentais para garantir o retorno dos visitantes, cada vez mais ávidos por novidades. Um dos pioneiros de Canela, o parque Mundo a Vapor, é um exemplo disso, com investimentos de R$ 50 milhões anunciados na instalação de novas atrações, entre elas uma roda-gigante.

Juntos, os parques e atrações entrevistados para o Panorama Setorial do segmento apontaram investimentos de R$ 3,7 bilhões nos próximos anos. Somados aos R$ 9,6 bilhões em novos projetos, o total de investimentos em parques e atrações é superior a R$ 13 bilhões. Indutoras do desenvolvimento turístico, são as atrações que garantem a ocupação dos hotéis, dos restaurantes e a movimentação no comércio local, em muitos casos. Gramado, por exemplo, tem 86% de sua arrecadação assegurada pelo turismo. Não à toa a cidade cuida bem de seus visitantes… e também dos investidores!

Em tempo: o site da Space Adventure é o spaceadventure.com.br e a nova atração está no Instagram como @spaceadventurebr. O site do NBA Park é www.nbaparkgramado.com.br.

O evento dos parques e atrações do Brasil

Na semana passada, o SINDEPAT realizou, em Brasília, dias 22 e 23, a melhor edição do SINDEPAT Summit, consagrando o encontro anual como “o evento dos parques e atrações do Brasil”. Foi apenas a quarta edição do evento, mas já demonstrou, para além da organização e da riqueza e diversidade de conteúdos na plenária, uma excelente audiência.

Sobre os conteúdos, o Summit apostou na apresentação de cases, que ilustram a realidade dos parques e atrações e permitem, assim, vislumbrar oportunidades e aprender das experiências já praticadas. Foram cases com diferentes pegadas, como a ambiental, apresentada pelo Grupo Cataratas, Beach Park e Parque Vila Velha, com excelentes práticas ESG – sigla que certamente estará presente em futuras edições do Summit. Mas houve cases de novos parques/atrações, como o ViaNova, montado no Riocentro, no Rio de Janeiro, no ano passado, e as transformações do Zoo São Paulo, na capital paulista, e do Parque Capivari, em Campos do Jordão (SP), após as concessões.

O debate sobre a força do entretenimento no desenvolvimento dos destinos abriu a plenária desta edição do Summit, enquanto as oportunidades em ativos naturais, em um painel, e ativos históricos e culturais, em outro, reuniram no palco representantes do Ministério do Turismo, do BNDES e da iniciativa privada, com a rica apresentação do diretor da rede portuguesa Vila Galé no Brasil em um deles. A importância do storytelling para as atrações – alguém duvida? – também foi destacada, assim como a relevância da gestão da reputação e da imagem da empresa e seus colaboradores. O Chat GPT e outros modelos de inteligência artificial também foram apresentados nesta edição do Summit, levando reflexões à audiência do evento.

20 anos

E, comemorativa como foi a edição do Summit no ano em que o SINDEPAT celebra seu 20º aniversário, houve parabéns e presentes. Entre os “presentes”, o primeiro estudo sobre o mercado de parques, atrações e entretenimento no Brasil, realizado em parceria com a Adibra e produzido pela empresa Noctua. Nele, podemos observar que os parques e atrações representam, no Brasil, mercado de 89 milhões de visitantes anuais e com investimentos previstos, para os próximos três anos, de mais de R$ 13 bilhões. E ainda há muito para crescer…

Outro “presente” foi o lançamento do livro SINDEPAT, 20 anos de atuação no setor de parques e atrações turísticas no Brasil. Mais que contar a história dessas últimas duas décadas, o livro escrito pelo jornalista Luiz Sales, que já foi editor da PANROTAS, trouxe a história do entretenimento desde seu início, apresentando os primeiros empreendimentos, o começo da comercialização do lazer e a profissionalização do setor. Para completar, o Summit foi o palco do lançamento do primeiro curso de pós-graduação em Gestão de Parques e Atrativos Turísticos, outra parceria com a Adibra, desta vez com o apoio da Universidade Caxias do Sul.

Em Brasília

Realizado em Brasília, o Summit mostrou força política, ao contar com a ministra do Turismo em sua abertura, e reunindo mais de uma dezena de parlamentares no café da manhã institucional que realizou junto à Adibra, Resorts Brasil e FOHB, para apresentar as pautas prioritárias para o setor. Na Área de Exposição e nos showcases, 27 empresas fornecedoras mostraram novidades em produtos e serviços para o setor – mas há espaço para crescer, especialmente. Importantes fornecedores internacionais não estiveram presentes em razão de uma agenda apertada de eventos mundo afora – muito ainda em consequência do represamento provocado pela pandemia. Nacionalmente, o mercado fornecedor compareceu e mostra-se em pleno desenvolvimento e expansão, assim como o próprio setor de parques e atrações.

Mas, antes de terminar, quero falar novamente da audiência deste último SINDEPAT Summit. Foram mais de 300 participantes, todos profissionais da operação de parques e atrações turísticas, fornecedores dessa cadeia ou investidores em potencial. Uma audiência que aplaudiu vários painéis do Summit, mas que bem poderia ter representantes no palco do evento, apresentando cases, ensinando, compartilhando os muitos desafios que o setor ainda enfrenta, nos âmbitos local e nacional. Para essa audiência, deixo aqui, o meu aplauso.

Em tempo – Como responsável pela Comunicação do SINDEPAT, esta visão é totalmente parcial, mas nem por isso menos sincera. Deixo aqui o convite para saberem mais sobre o evento aqui mesmo, no PANROTAS, clicando aqui: www.panrotas.com.br/tudo-sobre/sindepat. Boa leitura!  

Conquistas e desafios

Em semana marcada pelas retrospectivas, afinal, é a última de 2022, quero escrever sobre o que considero uma conquista do setor de parques e atrações, além de, ao mesmo tempo, ser uma esperança na construção de um futuro melhor.

No final do mês passado, o SINDEPAT (Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas) e a Adibra (Associação Brasileira de Parques e Atrações), associações parceiras, que compartilham alguns associados e muitos planos, concretizaram um projeto debatido há algum tempo: a criação de um Comitê de Sustentabilidade das duas associações. No último dia de novembro, o comitê teve sua primeira reunião, virtual, com a apresentação de três cases.

O objetivo é compartilhar boas práticas, trocar informações e experiências entre os associados relacionadas a questões ambientais, sociais e de governança, a tão utilizada sigla ESG (das palavras em inglês). Como norte, as associações utilizam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Organização das Nações Unidas (ONU). Assim, a primeira reunião tratou da gestão de resíduos sólidos, enquanto reuniões futuras abordarão a gestão da água, a conservação da biodiversidade, as mudanças climáticas, a gestão de fornecedores, a interação com a comunidade e o relacionamento social, a inclusão, entre outras.

São temáticas abrangentes e cada parques ou atração turística pode estar mais avançado em uma delas, enquanto seu par em outro Estado desenvolve outras. O objetivo do Comitê é justamente compartilhar as experiências bem-sucedidas, para replicá-las nas diferentes e contrastantes, muitas vezes, realidades deste vasto Brasil.

Na primeira reunião, foram apresentados os cases do Parque Vila Velha, no Paraná, e do Beach Park, no Ceará, além das políticas de resíduos sólidos do Grupo Cataratas, gestor de empreendimentos no Rio de Janeiro, como o AquaRio, o Paineiras-Corcovado e o BioParque do Rio, além da EcoNoronha, em Fernando de Noronha (PE), e do Parque Nacional do Iguaçu e Marco das Três Fronteiras, em Foz do Iguaçu (PR). A audiência questionou, compartilhou contatos e apresentou os desafios que encontram regionalmente. Os cases chegaram a emocionar a plateia, diante das significativas conquistas.

O Beach Park, por exemplo, conseguiu criar a partir das boias plásticas descartadas chinelos que são hoje comercializados dentro do parque, envolvendo a comunidade local na confecção e com renda revertida para o próprio projeto. No Grupo Cataratas, a implantação de políticas de resíduos sólidos consistentes nos parques e atrações são dos casos mais bem-sucedidos do setor. Entre os projetos destacados, o viveiro de mudas nativas da EcoNoronha e o programa socioambiental do Paineiras-Corcovado são modelos. O Parque Vila Velha, em Ponta Grossa, conquistou o selo Aterro Zero, que garante que todos os resíduos gerados na operação tenham destino correto, sem que qualquer grama de lixo seja direcionado a aterros.

Foi somente a primeira reunião, mas extremamente rica na troca de conteúdo. O Comitê volta a se reunir em 2023 e a expectativa é de que, a cada nova abordagem, mais parques e atrações apresentem suas contribuições. O objetivo maior, claro, é que nas reuniões futuras os parques/atrações que nesta primeira reunião compartilharam angústias e desafios mostrem o sucesso das ações implantadas. É para isso que o Comitê foi criado. Parabéns às associações, aos associados que já compartilharam experiências e deixo como desejo de ano novo que cada vez mais o assunto entre nas pautas de prioridades, não somente de parques e atrações, mas de toda indústria do Turismo. Que o próximo ano traga robustos avanços! Feliz 2023!

Ranking mostra resiliência do setor

Realizado anualmente pela Themed Entertainment Association (TEA), o ranking dos parques e museus mais visitados do mundo manteve na edição deste ano, que traz os números de 2021, a colocação obtida pelos empreendimentos em 2019, uma vez que as políticas restritivas impostas pela pandemia tiveram diferentes impactos regionais e nacionais. Questionado muitas vezes por contar com números fornecidos pelos próprios parques e museus – alguns auditados, outros não –, o relatório deste ano, mais do que destacar os rankings, enfatiza a resiliência do setor.

Em todo o mundo, quando abertos, os parques voltaram a ser visitados. Os 25 maiores parques temáticos do planeta em visitação – distribuídos entre EUA, Japão, China, França, Coreia do Sul, Alemanha e Holanda – receberam 141,3 milhões de visitantes no ano passado, contra os 83,2 milhões registrados em 2020, quando teve início a pandemia. Os visitantes de 2021 representam 56% do total pré-pandemia. No recorte latino-americano, a recuperação é de apenas 44%, uma vez que dois dos dez primeiros colocados entre os mais visitados, ambos mexicanos, estiveram fechados durante todo o ano de 2021.

Único parque brasileiro na lista dos dez mais visitados entre os temáticos latino-americanos, o Beto Carrero World, de Santa Catarina, mostrou recuperação mais forte que a média regional, com aumento de 51% nos visitantes entre 2020 e 2021, quando recebeu 1,89 milhão de pessoas. Em 2019, esse número foi de 2,2 milhões de visitantes. Os dez primeiros colocados recuperaram 44% da visitação pré-pandemia no ano passado.

Beto Carrero World, em Penha (SC)

Os aquáticos

Na lista de parques aquáticos, o Brasil é mais presente, com seis empreendimentos entre os dez mais visitados da América Latina. Entre eles, o aumento na visitação foi de 74% entre 2020 e 2021, quando sete milhões de pessoas estiveram nos dez parques. A recuperação em relação a 2019, quando se alcançou 10,2 milhões de visitantes, é de 68%, muito próxima da recuperação dos parques aquáticos da América do Norte, que chegou a 70%. Na Ásia/Pacífico, a visitação em 2021 foi de apenas 54% do total pré-pandemia, enquanto o combinado de Europa/Oriente Médio/África mostrou recuperação mais lenta, com 2021 registrando apenas 48% dos visitantes de 2019. A sazonalidade aparece como um dos principais responsáveis, além do impacto da variante Omicron da Covid-19 na região, no início do ano passado.

Entre os parques aquáticos brasileiros, o crescimento do Hot Beach Olímpia, no interior de São Paulo, é um dos destaques. O parque aumentou em 144% o número de visitantes entre 2020 e 21, chegando a 594 mil pessoas. Em 2019, antes da pandemia, o total foi de 608 mil visitantes. Primeiro colocado no ranking, o Thermas dos Laranjais, também em Olímpia, recebeu 922 mil visitantes em 2020 e 1,1 milhão no ano passado. Em 2019, segundo o estudo, foram 1,8 milhão de pessoas. A lista traz ainda entre os mais visitados o Hot Park (GO), o Beach Park (CE), o Magic City (SP) e o Thermas Water Park (SP). Pelos dados, é possível perceber uma recuperação mais rápida entre aqueles empreendimentos que se beneficiam do turismo rodoviário, caso dos parques de São Paulo, pela proximidade com os grandes mercados consumidores.

Os museus

Os museus devem demorar mais a se recuperar, segundo o estudo, em parte por serem atrações fechadas, na maioria das vezes, e também pela maior dependência do turismo internacional, em muitos casos. A visitação em 2021 representou apenas 29% dos níveis pré-pandemia. O Museu do Louvre, em Paris, primeiro colocado no ranking, com 9,6 milhões de visitantes em 2019, recebeu 2,8 milhões no ano passado, número que foi apenas 5% superior ao total de visitantes em 2021. O Tate Modern e a National Gallery, de Londres, que ocupam respectivamente a sexta e sétima posições no ranking, registraram redução no número de visitantes no ano passado, em relação a 2020. Os Museus do Vaticano, terceiro colocado no ranking, recebeu no ano passado 1,6 milhão de visitantes, contra os 7,3 milhões de 2019.

Para ler o relatório completo, clique aqui.

Zoo Sp inaugura seu primeiro habitat interpretativo

O Zoo de São Paulo, na zona sul da capital paulista, inaugurou seu primeiro habitat interpretativo para espécies. É a primeira entrega do amplo projeto de melhorias e readequações que serão realizadas no zoológico, após a concessão realizada no ano passado, que prevê investimentos de R$ 417 milhões, sendo R$ 320 milhões nos primeiros cinco anos, nos três equipamentos concessionados para a Reserva Paulista: o zoológico, o Zoo Safari e o Jardim Botânico.

A Reserva Paulista assumiu no início de dezembro a gestão dos três parques e, de início, realizou obras de infraestrutura consideradas emergenciais, como melhorias nos banheiros, bebedouros e bancos, no piso de alguns recintos, como o dos elefantes, além de colocar no ar a plataforma de venda on-line de ingressos, novidade nos equipamentos.

Agora, com a inauguração do Espaço Xochimilco, ambiente dos curiosos axolotes, as salamandras mexicanas, o zoológico abriu sua primeira área interpretativa, com foco na imersão com interação, aspectos educativos e, naturalmente, a contemplação dos animais. “São essas três imersões que queremos proporcionar aos nossos visitantes. Ambientes com interação, informações e a exposição das espécies, para uma experiência memorável, muito além da contemplação”, explica o diretor de Projetos do Reserva, Celso Grion.

Espaço Xochimilco é dividido em três ambientes; no primeiro, visitantes conhecem mais sobre origem e habitat natural dos anfíbios

Formado por três salas, o Xochimilco tem seu nome retirado do lago da Cidade do México em que vivem os axolotes. O novo espaço oferece informações importantes sobre o habitat natural desses anfíbios e sua importância na mitologia mexicana. No primeiro ambiente, as pessoas podem conferir o tamanho dos ovos e as fases de desenvolvimento dos axolotes, além de tocar em algumas reproduções deles, feitas em resina e recobertas com material que tenta imitar a pele dos axolotes.

Na sala seguinte, o foco é nas informações sobre o risco de extinção da espécie e nas ameaças para sua conservação. Características biológicas desses anfíbios e informações sobre as 17 espécies de axolotes que existem também estão disponíveis no ambiente, planejado para ser tocado e explorado. Em seguida, os visitantes caminham para o terceiro ambiente, onde está instalado o aquário dos axolotes, em formato circular e oco no centro, que possibilita que o visitante contemple também de “dentro para fora”.

Para ampliar a visibilidade sobre os axolote, o Zoo SP fechou parceria com o youtuber Marco Tulio, conhecido como Authentic, do canal Authentic Games. Isso porque, no jogo Minecraft, os axolotes são importantes aliados dos jogadores nas batalhas aquáticas. É na sala de exposição dos axolotes que está o painel de Authentic e as informações sobre o jogo. Na saída, os visitantes encontram a loja com produtos dedicados aos axolotes, como camisetas, copos, pins e, claro, pelúcias.

Os parques e o desenvolvimento de destinos turísticos

Celebrado ontem, o Dia Mundial do Turismo teve comemorações em diferentes locais mundo afora. No Brasil, o Ministério do Turismo lançou um portal com serviços para fomentar a atividade, enquanto a Organização Mundial do Turismo (OMT) comemorou a data propondo que se “repense” o Turismo. “Repensar o Turismo”, na proposta da organização, passa pela transformação positiva que o setor é capaz de realizar nas pessoas e no planeta.

Nesse cenário, quero destacar aqui a importância dos parques e das atrações turísticas para o desenvolvimento de destinos. No mundo, provavelmente não há exemplo melhor que a região de Orlando, na Flórida, para demonstrar como os parques podem transformar um destino. Mais recentemente, vimos Dubai, nos Emirados Árabes, viverem isso…

É claro que a hotelaria tem um papel fundamental nesse processo (e os hotéis “sete estrelas” de Dubai que o digam!). Mas a luxuosa hotelaria de Dubai garante sua ocupação por conta dos inúmeros parques e atrações que o visitante encontra na cidade. De mirantes nas alturas a estações de esqui indoor, passando por parques aquáticos, temáticos, aquários, roda gigante e museus, são essas atrações sem-fim que fizeram do destino um local para bem mais que um stop-over. Sabemos também da importância dos eventos e das viagens de incentivo, mas essas duas modalidades, também, são diretamente beneficiadas pelas atrações de qualquer destino.

Museu do Futuro, inaugurado neste ano em Dubai (Reprodução do VisitDubai.com)

Também aqui no Brasil temos esses exemplos. O Beto Carrero World completou 30 anos em dezembro e, quem visitou o parque nos primeiros anos, certamente vai poder atestar o poder transformador que o complexo teve na região. A instalação de um parque e um novo atrativo turístico têm impacto direto na economia local, no desenvolvimento de empregos e na distribuição de renda. Entre os leitores do Portal PANROTAS não precisamos explicar a capacidade direta e indireta de geração de empregos do nosso setor, nem a transversalidade desses postos de trabalho.

No Ceará, com o Beach Park, em Aquiraz, também vivemos isso. O complexo que hoje tem, além do parque aquático, quatro resorts e áreas de convivência, com lojas e opções gastronômicas, começou como um restaurante à beira mar, em 1985. Neste ano, o Beach Park anunciou a construção de seu quinto resort, com investimento de R$ 150 milhões e criação de 300 empregos diretos, além da indução de outros 1,2 mil indiretos.

Projeção do Ohana Beach Park, quinto resort no complexo de Aquiraz (CE), que terá R$ 150 milhões em investimentos

Em São Paulo, a criação dos distritos turísticos tem a finalidade de fomentar os investimentos do setor em locais em que os parques chegaram primeiro. É o caso de Olímpia, primeiro distrito, e Serra Azul, englobando os municípios de Itupeva, Jundiaí, Vinhedo e Louveira, endereço de parques como o Wet´n Wild e o Hopi Hari. Agora, é a vez de Andradina, que hoje recebe a visita do secretário de Turismo de São Paulo, Vinícius Lummertz, para a criação do terceiro distrito turístico do Estado. Foi lá que, em junho, começou a funcionar o parque aquático Thermas Acqualinda. Mas os distritos turísticos paulistas serão tema de posts futuros… Até breve!