Quais são os novos parques e atrações do Brasil?

No meio do mês, Campos do Jordão (SP) recebeu a sexta edição do SINDEPAT Summit, o evento dos parques e atrações do Brasil, promovido pelo SINDEPAT. Entre os lançamentos do evento esteve a 2ª edição do Anuário SINDEPAT, publicação que reúne as novidades em parques e atrações do Brasil no último ano, entre outras matérias e artigos. São compiladas as principais inaugurações realizadas entre maio de 2024 e maio deste ano, data em que é realizado o Summit, além de apresentadas também as novas atrações naqueles empreendimentos já instalados.

Somente em novos parques e atrações, foram 15. São diversos em temas e por todo o país. Há desde o Arvorar, no Ceará, do Grupo Beach Park, ao parque aquático Multiparque, em Santa Catarina. Há parques indoor, como a Oficina da Diversão, do Mundo Criamigos, em Gramado (RS), e a segunda unidade do Playcenter Family, em Santo André, no ABC Paulista.

O que todos eles têm em comum, no entanto, são os investimentos. Todos são resultado de grandes investimentos em um setor que, apesar das dificuldades que as variações no cenário econômico e as eventuais instabilidades jurídicas representam, segue em franca expansão no Brasil. Também no SINDEPAT Summit foi apresentado o Panorama do Setor de Parques, Atrações e Entretenimento no Brasil, reunindo dados sobre os atuais empreendimentos e os futuros investimentos. De acordo com o estudo, os parques e atrações instalados no país receberam 138 milhões de visitantes no ano passado, dez milhões a mais que em 2023, indicando crescimento da demanda e da oferta.

No Brasil, esse crescimento tem se mostrado contínuo nos últimos anos. No encerramento do SINDEPAT Summit, o presidente da associação, Pablo Morbis, destacou que o setor de parques e atrações talvez seja o único em que, de fato, não há concorrência. A abertura de um novo parque ou atrativo ao lado de um primeiro parque beneficia a todos. Quem viaja para visitar um, vai querer conhecer o outro. E ter mais opções de passeios/visitas é sempre um diferencial dos destinos na hora de atrair um visitante.

“Vocês acham que a Disney está preocupada com a abertura do Epic, da Universal? Eu tenho certeza que não. A Disney está celebrando essa abertura, porque um novo parque é mais um motivo para se visitar – e revisitar – Orlando. O nosso setor é possivelmente o único em que realmente não há concorrência, porque todos ganham com mais empreendimentos”, defendeu Pablo Morbis no encerramento do Summit.

Então, com vocês, os novos parques e atrações abertos no Brasil nos últimos 12 meses. E sim, a maioria deles têm outros parques e atrações ao redor!

Acquaventura, em Tamandaré (PE)

Alchymist Prehistoric Park, em Caucaia (CE)

Aquapark do Tauá Alexânia, em Alexânia (GO)

Arvorar, em Aquiraz (CE)

Carde Museu de Automóveis, em Campos do Jordão (SP)

Cristo Protetor, em Encantado (RS)

Lumina Park, em Foz do Iguaçu (PR)

Mercado Público Barrageiro, em Foz do Iguaçu (PR)

Mirante de Vidro Ultrapanorâmico, em Rancho Queimado (SC)

Multiparque, em Balneário Camboriú (SC)

Museu do Vinho, em Gramado (RS)

Oficina da Diversão (Mundo Criamigos), em Gramado (RS)

Playcenter Family, em Santo André (SP)

Roda Gigante de Ubatuba, em Ubatuba (SP)

Spitz Pomer, em Pomerode (SC)

Para conhecer um pouco mais sobre cada um deles, acesse o 2º Anuário SINDEPAT, disponível para download aqui. A publicação traz também uma lista de novidades nos parques e atrações já instalados, como a novíssima Surreal, maior montanha-russa aquática do mundo, inaugurada no Beach Park (CE), ou as novas atrações interativas de equipamentos como o NBA Park (RS) e o Space Adventure Balneário Camboriú (SC). Mas esse é tema para um próximo post…

Campos do jordão (SP) reúne os principais players de parques e atrações nesta semana

Começa amanhã, em Campos do Jordão (SP), o principal evento dos parques e atrações turísticas do Brasil, o SINDEPAT Summit. Promovido pelo Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas, o Sindepat, o Summit chega a sua sexta edição com recorde de marcas expositoras e a expectativa de superar o número de participantes da edição anterior, em Foz do Iguaçu, quando mais de 360 profissionais do setor estiveram no evento. Representantes de parques temáticos, aquáticos, parques naturais, atrações turísticas e fornecedores para essa indústria estarão presentes de amanhã até sexta-feira na cidade, acompanhando a programação do Summit.

Entre os destaques deste ano está a participação do CEO e presidente da IAAPA, a associação internacional de parques e atrações, Jakob Wahl, em sua primeira visita ao Brasil. Jakob é o primeiro palestrante amanhã pela manhã, levando aos participantes um overview do setor em todo o planeta. Na manhã do segundo dia do evento, o palco do Summit receberá dois especialistas em segurança, palavra-chave para o setor: o diretor da Universal Creative, Justin Schwartz, e o CEO da Doppelmayr para a América Latina, Andreas Fischbacher.

A programação conta ainda com a divulgação dos resultados do 3º Panorama Setorial: Parques, Atrações e Entretenimento no Brasil; e abordará temas e tendências do setor com pautas como o licenciamento de marcas; os melhores cases de inclusão e práticas ESG; o engajamento em comunidades com ferramentas digitais; os desafios de inovar e concretizar projetos, em um Talk com CEOs de parques que acabaram de ser inaugurados, entre muitos outros temas.

Na Área de Exposição do Summit, cerca de 40 marcas estarão presentes. São empresas de mais de 10 países interessadas em apresentar aos profissionais seus produtos e serviços para parques e atrações. A programação do Summit inclui ainda confraternizações e visitas técnicas aos principais equipamentos de lazer da cidade. Abaixo, em tópicos, um pouco do que acontecerá em Campos do Jordão a partir de amanhã!


🎠 Dez painéis, palestras e talk shows com tendências, bastidores, desafios e boas práticas do setor;

🎡 Apresentações e exposição de cerca de 40 empresas nacionais e internacionais fornecedoras de produtos e soluções para operadores;

🎢 Apresentação do resultado do 3° Panorama Setorial de Parques e Atrações;

🛝 Diversas oportunidades de contato e conexão com pares, compradores e fornecedores. Eventos sociais de confraternização nos dois dias do evento: dia 14 no Parque Capivari e dia 15 na Fábrica da Cervejaria Baden Baden;

🛝 Apresentações de oportunidades de desenvolvimento de novos negócios em destinos que estão apostando neste setor;

🎡 Sede do 1° Fórum de Teleféricos do Brasil;

🎢 Dia 16: Visitas técnicas dois atrativos da cidade: Carde e Horto Florestal.

As inscrições antecipadas já estão encerradas, mas será possível inscrever-se no evento amanhã. Participe!

Entrada da Oficina da Diversão, parque temático do Mundo Criamigos

Parque do Criamigos é convite para voltar à infância

Brincar é como andar de bicicleta… A gente nunca esquece! Mas os anos de adolescência e vida adulta que separam os mais maduros da infância podem deixar alguns mais ‘enferrujados’ na hora de curtir brincadeiras. Bom, no parque que o Mundo Criamigos inaugurou em Gramado em dezembro, o convite é para toda a família – TODA – brincar junto!

A Oficina da Diversão, nome do parque do Mundo Criamigos, é uma experiência completamente analógica, um convite a desconectar e curtir as áreas e atrações de personagens como a unicórnio Unibrilho, o dinossauro Fernandino, o urso Pedro Pudim e a panda Pandoca. É um parque para viver plenamente a infância das crianças pequenas e grandes, ou seja, os adultos, como explicam os colaboradores da Oficina da Diversão logo na entrada, quando todos são convidados a tirar os sapatos e vestir as meias antiderrapantes.

Devidamente equipados com suas meias, começa a diversão. A piscina de bolinhas tem bolinhas, claro, mas também ursos! Escalar o brinquedão, descer o escorrega e cair diretamente nos braços e barrigas de uma porção de ursos é uma experiência memorável. Os ursos são o ícone da Criamigos, que começou com uma loja de pelúcias em Gramado e hoje reúne mais de 70 franquias no Brasil – além de um hotel e do próprio parque.

Mas, de volta à experiência, da piscina de ursos é possível ver a “montanha-ursa” do parque, com embarque para uma criança de cada vez e com impulso dado pelo pedalar do papai ou mamãe mais disposto. Não se assustem, o impulso é apenas para a subida inicial, depois o carrinho desliza pelos trilhos ao longo de descidas e curvas. Ao lado, dentro da Confeitaria do Pedro Pudim, fica um dos escorregas mais divertidos – sim, todos foram devidamente testados pela adulta que voltou a ser criança para acompanhar a filha em cada atração. “Mamãe, você pode escorregar também?”… “Sim, parece que sim.” “Então vamos!”. E depois desse diálogo foram entre 15 e 20 descidas seguidas, alternando a ordem de quem ia primeiro e revezando com o pai nas curvas de acrílico transparente do escorrega e na chegada na piscina de bolinhas.

Rolimã e carrossel

As atrações foram desenhadas para serem desfrutadas pela família, pais e filhos. O parque tem do carrossel da Unibrilho, em que os pais vão ao lado dos filhos, à mini roda-gigante de pelúcias, passando pela pista de carrinhos de rolimã do Marcão, com carrinhos para adultos e crianças. Nessa, foi o pai quem voltou a ser criança, enquanto a mãe suava para não ficar em último lugar.

Da pista dos carrinhos, no segundo andar do parque – sim, são três andares de Oficina da Diversão, em área total de sete mil m², vê-se uma parte da escalada em cordas que liga o térreo ao terceiro andar, então, claro, descemos para voltar a subir. E subiríamos e desceríamos muitas vezes, nas cerca de cinco horas dentro parque… E na manhã do dia seguinte, porque cada um tinha uma atração favorita que queria ‘experimentar’ mais uma vez, antes de partir.

No térreo, um dos espaços mais bacanas é a área do cãozinho Marcão, com brinquedos em madeira para duplas competirem ou realizarem juntas tarefas, como encaixar pinos, pontuar em arremessos, entre outros. Fica ao lado da atração mais “radical” do parque, uma bicicleta para crianças maiores (a altura mínima exigida é 1,50 m) que faz um looping completo, deixando o ciclista de ponta cabeça. Também no térreo está o Desafio da Pandoca, uma travessia em trampolins, corredores e pontes de espuma em ambiente de pouca luz até alcançar a saída; e parte da área do Fernandino, uma viagem espacial, que convida os visitantes a descobrirem seu peso na Lua ou em outros planetas, como Marte.

É por ali o acesso aos andares superiores – e uma pausa para destacar a perfeita tematização do parque, das fofuras do carrossel da Unibrilho e da roda-gigante de pelúcias ao mergulho no espaço na ambientação do Fernandino. Nessa área, além da espaçonave com camas elásticas, está a chegada do escorrega mais radical, cheio de curvas e gritos, apesar da ‘aterrissagem’ suave. Ah, a maioria dos gritos são dos adultos, não das crianças – que riem ainda mais disso!

Arvorismo e espaço para bebês

O destaque do último andar é o circuito de arvorismo – também para adultos e crianças –, com pontes suspensas, cordas e bolas que testam o equilíbrio e garantem ótimos momentos de diversão em família no melhor estilo “vem por aqui, vai por ali, passa você primeiro…” Nesse ambiente também há brinquedos para as crianças menores, de 1 ou 2 anos, embora muitas atrações possam ser utilizadas por eles, com destaque para a Fazendinha da ovelha Meg

Deu fome? Além da lanchonete do Pedro Pudim, há estações para pipoca, crepes e outras guloseimas no parque, que é conectado ao restaurante do hotel Mundo Criamigos, oferecendo almoço. A gastronomia é um dos pontos fortes do hotel, mas essa conversa é para outro post. Ainda assim, fica a dica de uma pessoa não muito fã de doces… Nunca dispense a sobremesa no restaurante do Criamigos! Falaremos disso quando a maturidade da jornalista for recuperada!

Natureza é destaque no Alchymist Prehistoric park, no ceará

Vista aérea do parque

Eles nunca saíram de moda, mas, de repente, os dinossauros começaram uma ampla invasão pelo Brasil. Nos últimos anos, temos acompanhado a abertura de grandes parques temáticos dedicados aos extintos dinossauros, que fascinam adultos e crianças, além das atrações com esse tema em parques já instalados. Para listar aqui alguns dos principais, o Vale dos Dinossauros, em Olímpia (SP), foi aberto em 2019, e o Terra dos Dinos, em Miguel Pereira, em 2022 (que já foi tema deste blog). No ano passado, foi a vez do Aventura Jurássica, levando todo esse universo para Balneário Camboriú (SC).

Neste ano, foi a vez do Ceará ganhar seu complexo “jurássico”. Em julho, o Grupo Alchymist, de empreendimentos como a Lagoa Encantada e a Lagoa Paraíso, ambos no Ceará, inaugurou o Alchymist Jurassic Park em Caucaia, a 30 quilômetros de Fortaleza e exatamente ao lado da Lagoa Encantada. Em sua primeira fase, o parque já reúne mais de 60 réplicas de dinossauros hiper-realistas, com destaque para o Argentinosauros, de 15 metros de altura e 38 metros de comprimento.

Os animatrônicos movimentam seus membros, girando a cabeça, aproximando as garras e emitindo sons: tudo ao mesmo tempo. Eles estão distribuídos ao longo de uma trilha natural, ao ar livre, de aproximadamente um quilômetro. Entre as espécies, estão dinossauros “clássicos”, que ganharam fama em filmes como “Jurassic Park”, de Steven Spielberg, caso da espécie Velociraptor, e também do Megalodon, logo no início da trilha.

Em meio ao cenário natural, as espécies estão espalhadas pelas árvores, encobertas pelas folhagens ou mesmo no alto de galhos. Há ninhos para conferir o tamanho dos “bebês” dinossauros e também filhotes entre as muitas espécies camufladas. Os sons vêm de todos os lados, tornando a experiência ainda mais realista. Um dos queridinhos para fotos é o Dilophosaurus, com cores vivas, um dos grandes predadores de sua época – como o animatrônico deixa claro!

Ampliação

Mais 20 réplicas de dinossauros devem ser entregues ao Alchymist Prehistoric Park. Além disso, outras atrações ainda serão incluídas na experiência do visitante, como a caixa de areia na qual as crianças poderão escavar e localizar fósseis e a aguardada “trilha aguática”, um percurso pelas águas para conhecer outras espécies de dinos. Ao todo, o parque conta com dez hectares e também deve ganhar uma caverna planetário e circuito de tirolesa.

Aberto de terça-feira a domingo, das 9h às 19h30, o parque pode ser visitado à noite, uma vez que escurece bastante cedo no Ceará. Certamente, uma experiência bastante distinta da visitação diurna! A visita ao Prehistoric Park pode ser combinada com a Alchymist Lagoa Encantada, ao lado, com espreguiçadeiras à beira da lagoa, restaurante, parque infantil e outras opções de lazer. Para valores atualizados e mais informações, vale seguir o perfil no Instagram, o @alchymistprehistoricpark.

Itaipu: uma gigante da criatividade humana

Na semana passada, a Câmara dos Deputados homenageou em Sessão Solene os 50 anos da criação da Itaipu Binacional. Ela foi o início do que seria, por décadas, a maior hidrelétrica do mundo. Começou ali, há 50 anos, um projeto único, que iria desviar o curso de um rio, fronteira natural entre Brasil e Paraguai, para abrir espaço para a construção da Hidrelétrica de Itaipu. Mas, peraí… este blog é sobre parques e atrações turísticas!

É que além da gigante fornecedora de energia para Paraguai e Brasil, Itaipu, nesses 50 anos, foi muito além. Recebeu seus primeiros visitantes ainda durante as obras, nos anos de 1970, tamanha a curiosidade que a construção despertava. Levou para uma Foz do Iguaçu de cerca de 20 mil habitantes uma população adicional de 40 mil empregados na construção. Começou a operar, oficialmente, em 1984. E a vocação para o Turismo, que as obras já tinham despertado, apenas cresceu com os avanços dessa gigante da criatividade humana.

Hoje, geridas pela Turismo Itaipu, há diferentes visitas que podem ser realizadas no complexo. No último dia 10, como parte das visitas técnicas do SINDEPAT Summit, realizado em Foz do Iguaçu, pude fazer uma delas, a “Itaipu Especial”. É essa visita, apenas para maiores de 14 anos, que permite entrar na imponente barragem de Itaipu. São cerca de duas horas e meia de informações riquíssimas, mesmo para quem não tem   interesses específicos pela engenharia que ergueu tudo aquilo.

Nesse roteiro, o interior da barragem é o ponto inicial. Os pescoços dobram para o alto e para baixo, nos paredões de concreto. As primeiras explicações chegam em uma das “catedrais”, as aberturas espalhadas ao longo da barragem. Do lado de fora, é possível tocar os condutos forçados, as grandes tubulações brancas que podem ser observadas na barragem mesmo à distância, com seus 10,5 metros de diâmetro e 142 metros de comprimento. São 20, ao todo, por onde passam 690 mil litros de água por segundo (vazão média).

A visitação segue para a sala de comando central, com os painéis analógicos servindo de redundância às novas tecnologias. Para os visitantes, que olham do alto, uma linha divisória mostra os lados brasileiro e paraguaio – e os relógios indicam a diferença de uma hora entre os dois países, naquela fronteira desenhada dentro do edifício. A visita prossegue para baixo, para cima, observando-se as cotas, que indicam a altitude em relação ao nível do mar. Assim, na visita, a variação é de cerca de 40 metros, e inclui a Galeria das Unidades Geradoras e o Eixo da Turbina.

Do lado de fora, há uma parada no alto da barragem, 225 metros acima do nível do mar, para contemplação do Lago de Itaipu, por um lado, e do rio Paraná e seu trecho desviado. Outras duas paradas são realizadas, nos mirantes Central e do Vertedouro. Esse, aberto em ocasiões de alto volume de águas do rio Paraná, deve ser um espetáculo à parte. Não foi o caso, durante minha visita!

Outras possibilidades em Itaipu

Crianças são bem-vindas em Itaipu, embora não no roteiro Itaipu Especial. Para elas, o “Refúgio Biológico Bela Vista” deve ser um dos mais agradáveis. Tem duração de duas horas e meia e divide-se em duas partes: a primeira, realizada em carros especiais para o passeio em direção ao Refúgio, observando áreas de mata reflorestada e as torres de transmissão de Itaipu; na segunda parte, o percurso é feito caminhando em trecho de cerca de dois quilômetros para visita aos mais de 15 recintos do zoológico, ao portinho do Refúgio, às margens do lago, e para participação em atividade de plantio de árvore nativo. Tudo permeado pelas explicações das equipes de conservação do complexo.

Mais curto, o Itaipu Panorâmica é o roteiro mais procurado no parque. Conta a história da construção da usina, curiosidades e é feito em ônibus que acessam a avenida dos  condutos forçados, o topo da barragem e paradas nos mirantes Central e do Vertedouro em trajeto de pouco mais de uma hora.

Outra possibilidade é visitar Itaipu à noite, roteiro que também pude conhecer durante o SINDEPAT Summit. As visitas noturnas ocorrem somente sextas-feiras e sábados, às 19h, com duas horas de duração. No programa Itaipu Iluminada, o destaque é ver a barragem ser ascendida, a partir do Mirante Central. Antes, show com músicas da fronteira animam os visitantes, até que as luzes se acendem. É o único dos passeios apenas em português.

Itaipu Iluminada, uma das possibilidades de roteiros

Há ainda outras possibilidades, como o Itaipu Vip e o Itaipu by Bike. Caso é que essa gigante da energia mundial ganha cada vez mais espaço no turismo. No ano passado, foi visitada por 509.899 pessoas. E não poderia ser diferente. Seria um desperdício não contar essa história….

Em tempo: no www.turismoitaipu.com.br estão os valores dos ingressos e informações curiosas, que podem animar a visita. Aqui, algumas delas:

– O volume de concreto utilizado para a construção da hidrelétrica seria suficiente para construir 210 estádios de futebol do tamanho do Maracanã, no Rio;

– A quantidade de ferro e aço utilizadas equivale à construção de 380 Torres Eiffel;

– A altura da barragem (196 m) corresponde à altura de um edifício de 65 andares;

– A vazão máxima do vertedouro da Itaipu (62,2 mil metros cúbicos por segundo) é 40 vezes superior à vazão média das Cataratas do Iguaçu.

Parque e atrações ganham destaque em edição histórica do Fórum PANROTAS

Realizado nesta semana, o Fórum PANROTAS deste ano foi especial, comemorando os 50 anos da PANROTAS e o pioneirismo e capacidade de inovar de seu fundador, Guillermo Alcorta. Mas o evento deste ano, em sua 21ª edição, foi especial também para o setor de parques e atrações turísticas brasileiros. Embora o setor sempre tenha estado presente no evento, um dos principais do Turismo no País, nunca teve tanto destaque quanto na edição deste ano.

A manhã do segundo dia teve a apresentação do painel que mostrou para os agentes de viagens a oportunidade de vendas que os parques e atrações representam. O CEO do Beach Park, Murilo Pascoal, também presidente do SINDEPAT, associação que reúne parques e atrações turísticas brasileiros, disse que a venda de ingressos dos parques é realizada majoritariamente de forma direta para o consumidor. “Há aqui uma oportunidade para os agentes, que vendem tão bem ingressos dos parques dos Estados Unidos”, disse.

Três modelos de negócios – todos com parques aquáticos – foram apresentados. O Beach Park, no Ceará, que nasceu a partir de uma barraca de praia, em 1985, criando depois o parque aquático e, posteriormente, os resorts. O Hot Park, em Goiás, que começou como uma pousada, ampliou a estrutura hoteleira e, depois, construiu seu parque aquático; e o Grupo Tauá, de “hotelaria raiz”, como definiu a CEO do Grupo, Lizete Ribeiro, que após a construção do primeiro parque aquático indoor do Brasil, em Atibaia (SP), conseguiu ampliar a permanência média do hóspede, as receitas e a fidelização do cliente.

“O modelo de hospedagem aliado ao entretenimento funciona tão bem, com resultados tão positivos, que estamos fazendo o mesmo nos resorts de Alexânia e Caeté”, contou Lizete. “ Em todos eles, temos grandes centros urbanos emissores. Em Atibaia, com o parque aquático, conseguimos ampliar a estadia dos hóspedes, que era alta somente nos finais de semana”, contou, sobre o resort localizado a uma hora da capital paulista.

Alessandro Cunha, CEO do Grupo Aviva, detentor do Rio Quente Resorts, endereço do Hot Park, e da Costa do Sauípe, com cinco resorts e que acaba de anunciar a construção de um parque aquático, para 2026, no valor de R$ 350 milhões (Hot Park Baía das Tartarugas), defendeu a capacitação dos agentes para a comercialização de parques no Brasil. “Já temos as ferramentas de vendas, que podem conectar as agências aos ingressos, em comercialização segura. A solução existe, mas precisamos especializar os agentes, que devem funcionar como concierges dos parques, sabendo informar cada cliente sobre as opções no parque, número de dias recomendados, o que fazer”, disse

Murilo Pascoal defendeu o entretenimento como fundamental para atrair visitantes para os destinos e ampliar a permanência deles. Não à toa, anunciou no Fórum PANROTAS o segundo parque do complexo Beach Park, o Arvorar, que será inaugurado neste ano. “Não é um parque aquático, nele o foco é na natureza, nas experiências que promoverão a conscientização ambiental de forma lúdica”, disse, acrescentando que o projeto é parte do “novo Beach Park”. “Além do novo parque, estamos ampliando a Vila Azul do Mar, que já ganhou um carrossel lindo, vamos iniciar a construção de mais um resort, o Ohana, com 218 apartamentos, e vamos inaugurar uma atração no parque aquático, o A Volta da Moreia”, contou.

O segundo dia do evento teve ainda a participação da diretora executiva da Mauricio de Sousa Produções, Mônica Sousa, que inspirou a criação da personagem mais famosa dos quadrinhos brasileiros. Ela participou de painel “Filhos do Turismo”, que reuniu quatro “herdeiros” dos negócios dos pais para falar sobre o avanço das políticas ESG em suas empresas, conflitos geracionais e a evolução dos negócios. “Hoje tenho meu filho trabalhando comigo e vejo a riqueza que um ambiente de trabalho com várias gerações incluídas pode oferecer”, defendeu Mônica, que falou ainda do projeto Donas da Rua, de empoderamento feminino.

Mônica Sousa, da MSP, no painel “Filhos do Turismo”

Parabéns ao PANROTAS, por incluir cada vez mais todos os segmentos do Turismo, por abraçar e defender os pleitos do setor – e houve, no primeiro dia, o momento “Fica Perse”, tão relevante para toda a indústria (e tema para outro post, porque o trabalho realizado pelo setor em defesa do PERSE merece ser registrado) – e por documentar tão bem a evolução do turismo brasileiro. É um orgulho e uma honra fazer parte dessa história.

Cacau show compra grupo playcenter

Marca mais conhecida do setor de parques no Brasil, o Grupo Playcenter teve sua venda anunciada ontem para a Cacau Show, que em 2023 foi, pelo segundo ano consecutivo, a maior rede de franquias do Brasil, com 4,2 mil unidades. O anúncio ocorreu na unidade Playland, do Grupo Playcenter, no Shopping Eldorado, na capital paulista, e reuniu os fundadores dos dois grandes grupos, Marcelo Gutglas, ícone da indústria de parques, e Alê Costa, da Cacau Show, como divulgado no Portal PANROTAS.

“Não poderia vender minha empresa para outra pessoa. Vejo nos olhos do Alê o brilho que sempre busquei em alguém que pudesse seguir com o meu negócio. Quando o procurei para falar sobre o Playcenter, sabia que ele era a pessoa certa”, disse Gutglas durante o anúncio. Com a aquisição, que ainda precisa ser aprovada pelo Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade), a Cacau Show faz sua segunda incursão no mercado de Turismo, uma vez que já ingressou na hotelaria com o Bendito Cacao, hotel em Campos do Jordão (SP), e o anúncio de um segundo empreendimento em Águas de Lindóia, também no interior paulista.

“Nossos primeiros 35 anos foram sobre cacau. Agora é a vez de falarmos de show”, disse Alê Costa, brincando sobre a marca. “Estamos adquirindo com muita honra um gigante do entretenimento, o Grupo Playcenter. Nos próximos 35 anos a missão é dar um verdadeiro show de diversão, adrenalina e emoção. Claro, tudo recheado de chocolate”, completou.

O anúncio é um marco para o setor de parques, não apenas pela referência que o Grupo Playcenter – detentor das marcas Playcenter Family e Playland – é, mas também pelos novos investimentos que o segmento de parques e atrações é capaz de atrair. Ao chamar a atenção de um dos empreendedores com trajetória mais bem sucedida do País, do setor alimentício e do varejo, o segmento de parques mostra o bom momento que vive, com mercado consumidor estimado em 89 milhões de visitantes/ano.

Além de adquirir o Grupo Playcenter, a Cacau Show também já sinalizou a construção de um parque temático em Itu, com projeto apresentado no final do ano passado na Câmara de Vereadores da cidade. Também no ano passado, Alê Costa adquiriu para a mega store da Cacau Show, em Itapevi (SP), sua primeira montanha-russa. Com ela, o espaço conhecido como Cacau Show Experience já soma cinco atrações – em um projeto inicial de parque temático.

Apesar das boas perspectivas que os novos investimentos representam para o setor, o tom de “despedida” de Marcelo Gutglas já deixou saudades entre os profissionais que conviveram com ele. “Somos um setor diferenciado. Trazemos para as famílias alegria, memórias afetivas, somos uma atividade que não polui e preserva, criamos uma comunidade solidária com troca de experiências, onde a segurança dos visitantes é a razão de nossa existência. Enfim, não somos concorrentes, mas sim sócios do mesmo mercado. O sucesso de um endossa o sucesso de todos”, defende Marcelo, que passará a ser conselheiro de Alê Costa no mundo dos parques e atrações.

Dinossauros em Miguel Pereira (RJ)

No final do ano passado, tive a chance de conhecer o Terra dos Dinos, parque de dinossauros em Miguel Pereira, na serra fluminense, a 150 quilômetros da cidade do Rio. Fui movida por muita curiosidade, afinal, antes da inauguração do Terra dos Dinos, desconhecia completamente a cidade que abriga o parque. Descobri que Miguel Pereira gaba-se de ter o terceiro melhor clima do mundo (!), situada a 618 metros acima do nível do mar, e sua história começa, justamente, por conta das boas condições climáticas, que levaram o sanitarista que deu nome à cidade a indicá-la para tratamentos médicos, no início do século 20.

Sem dúvida com temperaturas muito mais agradáveis que aquelas registradas na última semana de dezembro no Rio de Janeiro, Miguel Pereira é uma típica cidade do interior, de cerca de 27 mil habitantes, com ruas arborizadas, praças, construções charmosas e um parque de dinossauros que, em seu primeiro ano de funcionamento, recebeu 350 mil visitantes.

Mesmo os visitantes mais distraídos vão perceber a grande aposta no turismo que a cidade vem fazendo. Miguel Pereira quer ser o principal destino turístico da Serra Fluminense. O Terra dos Dinos foi o primeiro parque temático instalado, mas a cidade vive um processo de construções que inclui o maior pórtico de dinossauros do mundo, que terá 40 metros de comprimento e 16 metros de altura; a instalação da primeira Maria Fumaça do Rio de Janeiro; Museu de Cera; um parque indoor com neve, o Mundo da Neve; a primeira fábrica de chocolates da Lugano no Estado do Rio, investimento anunciado de R$ 100 milhões; uma unidade fabril da cerveja Proibida; e a segunda unidade do hotel de luxo Colline de France, de Gramado (RS), em investimento de quase R$ 500 milhões, previsto para iniciar neste mês.

A Serra Gaúcha é a clara inspiração no modelo de desenvolvimento turístico adotado por Miguel Pereira. Ainda no ano passado, a cidade inaugurou sua Rua Coberta, com praça de alimentação, restaurante com temática de dinossauros e modelo semelhante à rua coberta da cidade gaúcha. Com pouco mais de 3,5 mil leitos hoje, a cidade deve ver crescer esse número, deixando de ser um destino “bate-e-volta” do Rio de Janeiro, graças à quantidade de atrações que promete inaugurar nos próximos anos. O Terra dos Dinos é a primeira delas. Vamos a ele, então!

Maior parque de dinossauros do mundo

Visitamos o Terra dos Dinos em um dia em que houve queda de energia elétrica na região. Um indicativo de que a infraestrutura precisa acompanhar os investimentos privados. Avisados logo na entrada do parque de que muitos dos animatronics, os dinossauros robóticos com movimento e ruídos, não estariam funcionando plenamente, podíamos escolher entre remarcar a visita ou realizá-la mesmo assim. Com uma criança de 5 anos, a visita sem os ruídos acabou se mostrando mais agradável, sem sustos ou surpresas que crianças maiores e adolescentes certamente preferem.

A visita começa com a descida, em vans, para a entrada do parque. São cerca de 10 minutos de estrada de terra em meio à Mata Atlântica. Esse é, aliás, um dos pontos altos do parque para mim: todo ele foi construído em área de mata preservada, com ganhos em todos os sentidos, tanto na verossimilhança com o cenário original em que teriam vivido os dinossauros quanto pelo agradável passeio em trilha sombreada pela mata. Instalado em uma reserva de mais de 1,4 milhão de metros quadrados, é natural que o parque seja o maior do mundo em sua temática.

Ideal para famílias, o parque apresenta os dinossauros por meio de um storytelling bem desenhado, que cria um personagem central, com sua casa e laboratório no centro da visitação, e um meteorito que teria iniciado todo o processo de trazer de volta à vida os gigantes que habitaram o planeta. A partir daí, os visitantes caminham pela trilha desenhada na mata, com algumas inclinações e pontes suspensas, observando as diferentes espécies de dinossauros.

Em tamanho natural, as espécies têm placas de apresentação com informações sobre alimentação, período em que viveram e hábitos, entre outras. Sem os sons e movimentos produzidos pelos animatronics, pudemos realizar a visita atentos aos sons da mata, que se mostraram uma atração à parte!

Storytelling é um dos destaques na visitação

São mais de 40 modelos de dinossauros, divididos entre os períodos triássico, jurássico e cretáceo. Entre os destaques está o Argentinossauro, com mais de 30 metros de comprimento, maior réplica da espécie em todo o mundo. As crianças gostam muito dos ninhos com ovos de dinossauro, especialmente aqueles com filhotes por perto, e do final do passeio, concluído em uma grande caixa de areia sinalizada como área de escavação – onde os pequenos podem, de fato, ‘escavar’, realizando suas próprias descobertas. Realizamos o percurso em cerca de duas horas, porque o parque não estava cheio.

Além da trilha que todos os visitantes percorrem, há uma trilha suspensa e uma tirolesa, com ingressos vendidos separadamente. A trilha suspensa é um percurso de pouco mais de 200 metros, com trechos de até 10 metros de altura e tem como destaque a praça suspensa, com pontos de observação e contemplação da natureza.  Já a tirolesa tem percurso de 300 metros de extensão, com pontos de até 100 metros de altura. Crianças a partir de quatro anos já podem fazer. Para todos os preços atualizados, o site é www.terradosdinos.com.br.

São Paulo lança projeto para ampliar participação infantil entre turistas

“A capital paulista, para mim, é um grande parque de diversões. Assim como todo o Estado”, disse a CEO e fundadora da plataforma SP Pra Crianças, Priscilla Negrão, ontem, no lançamento do projeto de mesmo nome apresentado pela Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo. A iniciativa da Setur-SP, em parceria com outras dez associações e órgãos públicos, tem o objetivo de fortalecer o turismo familiar, especialmente de famílias com crianças, nas cidades paulistas.

Principal destino de viagens de negócios do País, o Estado de São Paulo quer estimular as viagens familiares – internas e atraindo visitantes de outros Estados. Na apresentação, o secretário de Turismo do Estado, Roberto de Lucena, defendeu que o objetivo é ainda maior: transformar São Paulo no “melhor Estado para se ser criança do Brasil”, em suas palavras. “As famílias com crianças têm um turista mirim que, no futuro, será o visitante que recordará as histórias e experiências vividas em nosso Estado”, disse o secretário.

Lançada em parceria com a plataforma SP Pra Crianças, que virou o nome do projeto, a ação prevê a troca de conteúdos, pesquisas e fomento às atividades ligadas ao público infantil. O SP Pra Crianças se apoia em um tripé de ações práticas: promoção, com a criação de rotas turísticas amigáveis às crianças, com programas que unam turismo e educação; capacitação da mão de obra, para que se tornem mais atraentes e seguras ao público infantil; além do desenvolvimento de soluções tecnológicas, como a criação de um passaporte de integração com atrativos públicos e privados, com ofertas, combos e sugestões de restaurantes e meios de hospedagem.

PARQUES E ATRAÇÕES

Entre os principais atrativos para o turismo familiar, os parques e atrações encontram nas famílias com crianças seu principal mercado consumidor, como aponta o Panorama Setorial lançado em março deste ano pelo Sindepat e pela Adibra. Segundo o estudo, famílias com jovens até 17 anos representam 41% dos visitantes de parques e atrações. Quando analisados parques itinerantes (aqueles com montagens e desmontagens em diferentes cidades) e FECs (Family Entertainment Centers, como são conhecidas as unidades de parques instaladas em shopping centers), esse índice sobe para 52%.

O estudo mostra ainda a relevância das famílias segundo a faixa etária das crianças. Considerando 1 como irrelevante e 5 como mais importante, a pesquisa apontou que as famílias com crianças de até 10 anos alcançaram índice 4,2 em relevância na demanda média anula de parques e atrações.  

Reprodução do estudo Panorama Setorial Parques, Atrações Turísticas e Entretenimento no Brasil – março/2023

O Estado de São Paulo é rico em diversidade de parques e atrações, de empreendimentos temáticos, como o Animália Park, aberto neste ano, em Cotia, e o Parque da Mônica, na capital paulista, à grande variedade de parques aquáticos (Wet´n Wild; Acqualinda; Magic City; Thermas da Mata; Barretos Country; Hot Beach Olímpia; Thermas dos Laranjais etc). Na lista de atrações turísticas, as inaugurações são constantes. Entre as mais recentes, está a roda gigante da capital paulista, em operação desde dezembro, e a maior estátua de Nossa Senhora Aparecida do Brasil, inaugurada no último dia 7, em Aparecida, conhecida pelo Santuário Nacional. Também não faltam a São Paulo parques urbanos e naturais. Na capital, os parques Ibirapuera e Villa-Lobos estão repletos de atrações familiares, com foco especial nas crianças. Em Jundiaí, o Mundo das Crianças é mais um espaço público que faz a alegria da garotada, assim como a Praça dos Exageros, em Itu.

Mas há muitos mais, impossível de serem incluídos neste post. Muitos já têm lugar, no entanto, na plataforma SP Pra Crianças. Outros ainda poderão ser incluídos. Promover o que já existe e estimular a adaptação para crianças de atrações e espaços ainda não adequados, além de incentivar que mais parques e atrações apareçam é o objetivo do projeto lançado ontem. Fica nossa torcida para que tenhamos cada vez mais e melhores ambientes para o desenvolvimento de infâncias saudáveis. E, aproveitando a data, meu desejo de um Feliz Dia das Crianças!

Velhas novidades

Estou em dívida com este espaço, que não ganha um post novo desde o final do semestre passado. Faço um “mea culpa” trazendo neste post um pequeno retrospecto dos últimos três meses, tão dinâmicos para todo o Turismo e, especialmente, para o segmento de parques e atrações!

Julho

O setor de parques e atrações teve uma alta temporada, em julho, extremamente aquecida. Estive no Rio de Janeiro e visitei algumas das principais atrações da cidade: o Trem do Corcovado, lotado em plena quarta-feira; o AquaRio, igualmente cheio em um dia comum do meio da semana; o Jardim Botânico do Rio, com fila repleta de estrangeiros em uma segunda-feira. Atrações menos conhecidas, como o Espaço da Marinha, que tem o submarino Riachuelo como principal ponto de interesse, também tinham filas para visitação.

Fora do Rio de Janeiro, o Parque Nacional do Iguaçu recebeu em julho mais de 124 mil visitantes brasileiros, seu melhor registro de visitação de todos os tempos para o mês. Em Curitiba, a Linha Turismo, circuito que passa por 26 atrativos da capital paranaense, bateu recorde de visitantes, com resultado 35% superior ao mesmo período de 2019, antes da pandemia. Os números da hotelaria também mostram os bons resultados da temporada de julho. No Ceará, a ocupação hoteleira chegou a 80% no período, mesmo resultado de destinos como Olímpia, no interior de São Paulo, enquanto em São Luís, capital do Maranhão, a esse índice superou 85% no último mês de julho.

Agosto

O mês de agosto foi marcada por uma importante comemoração para o setor de parques e atrações turísticas. O Sindepat – Sistema Integrado de Parques e Atrações –, que em julho completou 20 anos, foi homenageado em Sessão Solene no Senado Federal. A homenagem foi realizada no dia 25, atendendo a requerimento do senador Eduardo Girão, do Ceará. Criado há 20 anos para conscientizar os Poderes Legislativo e Executivo da importância econômica e social dos parques e atrações, o Sindepat teve nesse reconhecimento, no Senado Federal, a comprovação de que vem alcançando esse objetivo em seu trabalho.

A Sessão Solene contou com a presença e as palavras dos representantes dos parques e atrações que fundaram o Sindepat, há 20 anos. A cerimônia foi transmitida ao vido pelo canal do Senado no YouTube e pode ser assistida clicando aqui.

Setembro

E chegamos a setembro. No mês passado, foram intensos os estudos e pesquisas produzidos pelas associações de Turismo para comprovar a relevância socioeconômica do setor e os impactos negativos que a Reforma Tributária pode acarretar. As principais lideranças das associações de Turismo têm visitado Brasília com frequência, incluído o Sindepat, que promoveu junto com o movimento Vamos com Eventos e Turismo café da manhã no restaurante do Senado para apresentar aos senadores esses dados. Foram 26 senadores e outros representantes de gabinetes, em total de 50 participantes, com destaque para o presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo no Senado, Marcelo Castro, a presidente da Comissão Mista do Orçamento, Daniella Ribeiro e o coordenador do Grupo de Trabalho da Reforma Tributária na Comissão de Assuntos Econômicos, Efraim Filho.

Mas setembro é o mês também em que a Revista PANROTAS traz o Guia de Férias, sua edição especial que circula na Abav Expo. Nesta edição, o guia mostra as novas atrações e experiências turísticas criadas nos Estados brasileiros nos últimos 12 meses. São muitas e variadas, como o Brasil. De Turismo de Base Comunitária, no Pará, à ampliação da faixa de areia da praia de Guarapari, no Espírito Santo, passando pela reabertura do Forte Nossa Senhora dos Remédios, em Fernando de Noronha (PE) ou pela inauguração do Museu Planeta Água, em Curitiba. Além de novas e charmosas opções de hospedagens em destinos do Rio de Janeiro, Ceará, Alagoas e São Paulo.

Os parques da Flórida têm destaque nesta edição do guia, assim como o destino Nova York, em matérias assinadas pelo editor-chefe da PANROTAS, Artur Andrade. Mas os parques brasileiros, também. Há novidades nos parques instalados, como nova área temática no Magic City, na Grande São Paulo, e a atração Turbilhados, no Hot Park, em Goiás, mas há também novíssimos parques e atrações.

É o caso do temático Animália Park, na Grande São Paulo, aberto em julho. Em dezembro, a capital paulista também já havia inaugurado sua roda gigante, a Roda Rico. Na região metropolitana de Belo Horizonte, foi aberto o aquático Aquabeat neste ano, enquanto em Martins, no Rio Grande do Norte, foi inaugurado o primeiro parque aquático do Estado, o West Aqua Park. No Sul, Gramado e Canela seguem captando cada vez mais atrações para a Serra Gaúcha, como o parque Vila da Mônica, aberto há um ano, e os mais recentes NBA Park e Space Adventure, deste ano.

No Rio de Janeiro, além da abertura do novo Museu do Flamengo, em agosto, o Estado ganhou há um ano o parque temático Terra dos Dinos, em Miguel Pereira.  Esse é o tema também do mais recente parque inaugurado no País, o Aventura Jurássica, em Balneário Camboriú (SC). Mas esse “título” de mais recente não deve durar muito, porque as aberturas têm acontecido em ritmo intenso. Mas esse é o tema para um próximo post…