A cidade mais visitada do brasil

No final do mês passado, a Braztoa divulgou seus destinos mais vendidos no Brasil e no Exterior, no Anuário Braztoa 2024. A cidade campeã em vendas no Brasil foi a capital paulista. Sabemos que São Paulo é líder no turismo de eventos e negócios, como maior cidade brasileira, mas as vendas das operadoras Braztoa dizem respeito, principalmente, a viagens de lazer. E, nesse quesito, a capital paulista também ficou com a primeira colocação, entre todas as cidades brasileiras.

Avenida Paulista (SP Turis/Caio Pimenta)

São Paulo não tem as lindas praias que a segunda e a terceira colocadas nesse mesmo ranking (Maceió e Porto de Galinhas/Recife) oferecem. Embora o Estado de São Paulo seja dono de grande diversidade de atrativos naturais, o mesmo não acontece em sua capital. Então, o que é que São Paulo tem para atrair tantos visitantes? Qualquer um que já tenha estado na cidade sabe que essa pergunta não faz sentido! Comecei falando sobre o que São Paulo NÃO tem porque, na verdade, São Paulo tem de tudo!

Capital gastronômica do País, cidade que mais recebe shows e espetáculos culturais, destino incomparável para compras dentro do Brasil, São Paulo é a cidade dos atrativos turísticos. Há atrações para todos os perfis de visitantes, como a liderança nas vendas entre os destinos nacionais comprova. Museus para diferentes interesses; parques urbanos para pedalar, caminhar, correr ou contemplar; parques temáticos para a criançada; zoológico; jardim botânico; aquário; mirantes etc

Como este blog é de parques e atrações turísticas, quero listar aqui alguns deles, que, certamente, ocupam os dias dos visitantes de São Paulo durante sua visita. Como nas grandes capitais mundiais, em São Paulo o turista também precisa escolher bem o que visitar, porque cada visita realizada significa que algo foi descartado, deixado para a próxima vez na cidade. Se você já esteve em São Paulo como visitante, certamente viveu isso: este ou aquele restaurante; esta ou aquela exposição; este ou aquele parque?

Então, abaixo, algumas das quase infinitas possibilidades de parques e atrações que São Paulo oferece. Digo “quase infinitas” porque elas não são estáticas e, além deste texto incluir apenas parte delas, certamente dentro de um par de meses teremos outras… Que tal deixar um comentário falando em quantas você já foi? Aproveite e inclua alguma outra atração, que ficou fora desta lista. Vale para visitantes e para aqueles moradores que adoram “turistar” na sua própria cidade!

50 parques e atrações turísticas paulistanas

Aquário de São Paulo

Beco do Batman

Caixa Cultural São Paulo

Casa das Rosas

Catedral da Sé

Centro Cultural Banco do Brasil

Centro Cultural São Paulo

Centro de Tradições Nordestinas (CTN)

Edifício Copan (Mirante)

Farol Santander

Galeria do Rock

Japan House

Jardim Botânico

Hello Park (Shopping SP Market)

Instituto Butantan

Instituto Tomie Othake

Itaú Cultural

Memorial da América Latina

Mercado Municipal

Mosteiro de São Bento

Museu Afro do Brasil

Museu Catavento

Museu da Bolsa no Brasil (MUB)

Museu da Imagem e do Som (MIS)

Museu da Imaginação

Museu da Imigração

Museu da Língua Portuguesa

Museu de Arte Contemporânea (MAC)

Museu de Arte de São Paulo (Masp)

Museu de Arte Moderna (MAM)

Museu de Arte Sacra

Museu de Zoologia

Museu do Ipiranga

Museu do Futebol

Museu Lasar Segall

Parque da Mônica (Shopping SP Market)

Parque de Ciência e Tecnologia da USP (CienTec)

Parque Ibirapuera

Parque Inflável Pop Haus

Parque Villa Lobos

Pico do Jaraguá

Pinacoteca

Planeta Inseto

Planetário do Ibirapuera

Playcenter Family (Shopping Aricanduva)

Roda Rico

Sampa Sky (mirante)

SESC (alguma das unidades, como a Paulista ou Pompeia)

Theatro Municipal

Zoológico de São Paulo

Parque e atrações ganham destaque em edição histórica do Fórum PANROTAS

Realizado nesta semana, o Fórum PANROTAS deste ano foi especial, comemorando os 50 anos da PANROTAS e o pioneirismo e capacidade de inovar de seu fundador, Guillermo Alcorta. Mas o evento deste ano, em sua 21ª edição, foi especial também para o setor de parques e atrações turísticas brasileiros. Embora o setor sempre tenha estado presente no evento, um dos principais do Turismo no País, nunca teve tanto destaque quanto na edição deste ano.

A manhã do segundo dia teve a apresentação do painel que mostrou para os agentes de viagens a oportunidade de vendas que os parques e atrações representam. O CEO do Beach Park, Murilo Pascoal, também presidente do SINDEPAT, associação que reúne parques e atrações turísticas brasileiros, disse que a venda de ingressos dos parques é realizada majoritariamente de forma direta para o consumidor. “Há aqui uma oportunidade para os agentes, que vendem tão bem ingressos dos parques dos Estados Unidos”, disse.

Três modelos de negócios – todos com parques aquáticos – foram apresentados. O Beach Park, no Ceará, que nasceu a partir de uma barraca de praia, em 1985, criando depois o parque aquático e, posteriormente, os resorts. O Hot Park, em Goiás, que começou como uma pousada, ampliou a estrutura hoteleira e, depois, construiu seu parque aquático; e o Grupo Tauá, de “hotelaria raiz”, como definiu a CEO do Grupo, Lizete Ribeiro, que após a construção do primeiro parque aquático indoor do Brasil, em Atibaia (SP), conseguiu ampliar a permanência média do hóspede, as receitas e a fidelização do cliente.

“O modelo de hospedagem aliado ao entretenimento funciona tão bem, com resultados tão positivos, que estamos fazendo o mesmo nos resorts de Alexânia e Caeté”, contou Lizete. “ Em todos eles, temos grandes centros urbanos emissores. Em Atibaia, com o parque aquático, conseguimos ampliar a estadia dos hóspedes, que era alta somente nos finais de semana”, contou, sobre o resort localizado a uma hora da capital paulista.

Alessandro Cunha, CEO do Grupo Aviva, detentor do Rio Quente Resorts, endereço do Hot Park, e da Costa do Sauípe, com cinco resorts e que acaba de anunciar a construção de um parque aquático, para 2026, no valor de R$ 350 milhões (Hot Park Baía das Tartarugas), defendeu a capacitação dos agentes para a comercialização de parques no Brasil. “Já temos as ferramentas de vendas, que podem conectar as agências aos ingressos, em comercialização segura. A solução existe, mas precisamos especializar os agentes, que devem funcionar como concierges dos parques, sabendo informar cada cliente sobre as opções no parque, número de dias recomendados, o que fazer”, disse

Murilo Pascoal defendeu o entretenimento como fundamental para atrair visitantes para os destinos e ampliar a permanência deles. Não à toa, anunciou no Fórum PANROTAS o segundo parque do complexo Beach Park, o Arvorar, que será inaugurado neste ano. “Não é um parque aquático, nele o foco é na natureza, nas experiências que promoverão a conscientização ambiental de forma lúdica”, disse, acrescentando que o projeto é parte do “novo Beach Park”. “Além do novo parque, estamos ampliando a Vila Azul do Mar, que já ganhou um carrossel lindo, vamos iniciar a construção de mais um resort, o Ohana, com 218 apartamentos, e vamos inaugurar uma atração no parque aquático, o A Volta da Moreia”, contou.

O segundo dia do evento teve ainda a participação da diretora executiva da Mauricio de Sousa Produções, Mônica Sousa, que inspirou a criação da personagem mais famosa dos quadrinhos brasileiros. Ela participou de painel “Filhos do Turismo”, que reuniu quatro “herdeiros” dos negócios dos pais para falar sobre o avanço das políticas ESG em suas empresas, conflitos geracionais e a evolução dos negócios. “Hoje tenho meu filho trabalhando comigo e vejo a riqueza que um ambiente de trabalho com várias gerações incluídas pode oferecer”, defendeu Mônica, que falou ainda do projeto Donas da Rua, de empoderamento feminino.

Mônica Sousa, da MSP, no painel “Filhos do Turismo”

Parabéns ao PANROTAS, por incluir cada vez mais todos os segmentos do Turismo, por abraçar e defender os pleitos do setor – e houve, no primeiro dia, o momento “Fica Perse”, tão relevante para toda a indústria (e tema para outro post, porque o trabalho realizado pelo setor em defesa do PERSE merece ser registrado) – e por documentar tão bem a evolução do turismo brasileiro. É um orgulho e uma honra fazer parte dessa história.

Cacau show compra grupo playcenter

Marca mais conhecida do setor de parques no Brasil, o Grupo Playcenter teve sua venda anunciada ontem para a Cacau Show, que em 2023 foi, pelo segundo ano consecutivo, a maior rede de franquias do Brasil, com 4,2 mil unidades. O anúncio ocorreu na unidade Playland, do Grupo Playcenter, no Shopping Eldorado, na capital paulista, e reuniu os fundadores dos dois grandes grupos, Marcelo Gutglas, ícone da indústria de parques, e Alê Costa, da Cacau Show, como divulgado no Portal PANROTAS.

“Não poderia vender minha empresa para outra pessoa. Vejo nos olhos do Alê o brilho que sempre busquei em alguém que pudesse seguir com o meu negócio. Quando o procurei para falar sobre o Playcenter, sabia que ele era a pessoa certa”, disse Gutglas durante o anúncio. Com a aquisição, que ainda precisa ser aprovada pelo Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade), a Cacau Show faz sua segunda incursão no mercado de Turismo, uma vez que já ingressou na hotelaria com o Bendito Cacao, hotel em Campos do Jordão (SP), e o anúncio de um segundo empreendimento em Águas de Lindóia, também no interior paulista.

“Nossos primeiros 35 anos foram sobre cacau. Agora é a vez de falarmos de show”, disse Alê Costa, brincando sobre a marca. “Estamos adquirindo com muita honra um gigante do entretenimento, o Grupo Playcenter. Nos próximos 35 anos a missão é dar um verdadeiro show de diversão, adrenalina e emoção. Claro, tudo recheado de chocolate”, completou.

O anúncio é um marco para o setor de parques, não apenas pela referência que o Grupo Playcenter – detentor das marcas Playcenter Family e Playland – é, mas também pelos novos investimentos que o segmento de parques e atrações é capaz de atrair. Ao chamar a atenção de um dos empreendedores com trajetória mais bem sucedida do País, do setor alimentício e do varejo, o segmento de parques mostra o bom momento que vive, com mercado consumidor estimado em 89 milhões de visitantes/ano.

Além de adquirir o Grupo Playcenter, a Cacau Show também já sinalizou a construção de um parque temático em Itu, com projeto apresentado no final do ano passado na Câmara de Vereadores da cidade. Também no ano passado, Alê Costa adquiriu para a mega store da Cacau Show, em Itapevi (SP), sua primeira montanha-russa. Com ela, o espaço conhecido como Cacau Show Experience já soma cinco atrações – em um projeto inicial de parque temático.

Apesar das boas perspectivas que os novos investimentos representam para o setor, o tom de “despedida” de Marcelo Gutglas já deixou saudades entre os profissionais que conviveram com ele. “Somos um setor diferenciado. Trazemos para as famílias alegria, memórias afetivas, somos uma atividade que não polui e preserva, criamos uma comunidade solidária com troca de experiências, onde a segurança dos visitantes é a razão de nossa existência. Enfim, não somos concorrentes, mas sim sócios do mesmo mercado. O sucesso de um endossa o sucesso de todos”, defende Marcelo, que passará a ser conselheiro de Alê Costa no mundo dos parques e atrações.