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Dia a dia

11 DE SETEMBRO – 9 ANOS

Onde você estava há nove anos, quando todos achamos que o mundo iria acabar? Blogueiros PANROTAS, o que vocês faziam? Leitores dos Blogs PANROTAS, em quem vocês pensaram, para quem ligaram?

Hoje, nove anos depois dos atentados de 11 de setembro, o mundo é outro, mas desde então nunca mais tão ingênuo e otimista. O perigo sempre nos ronda. Os radicais, de todas as facções, se proliferam. Não há garantia de paz. Ou de boa vontade.

Há nove anos, eu estava em Brasília, em uma sala de eventos do Hotel Nacional, preparando o primeiro suplemento para o Congresso da Abav daquele ano. As notícias chegaram desencontradas e um aviãozinho virou uma boma atômica que devastou o mundo de então, mundo este que só não explodiu por completo e desapareceu da galáxia devido a nossa extraordinária capacidade de generação e por, mais que tudo, querermos viver.

Duro foi colocar na cabeça que o mundo não estava acabando, segurar os repórteres que queriam acessar o site da CNN e ir ver TV nos apartamentos, acalmar as mães que ligavam sem parar, e continuar fechando o Suplemento Abav. Com os nervos à flor da pele, com a sensação de que tudo iria evaporar a qualquer instante… Foi um dia difícil, que consegui segurar na unha. Que conseguimos, juntos, nós da indústria, fazer com que não nos derrubasse de vez. E o Congresso e a Feira da Abav aconteceram, com as baixas inevitáveis… De lá pra cá, muito mais ocorreu, mas daquele 11 de setembro, jamais esqueceremos.

E você? Onde estava? O que fazia? Em quem pensou?

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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  • Artur,

    Eu acabara de estacionar o carro, ao chegar à Solid, na época ainda c
    no Centro do Rio e ouvi a notícia do primeiro choque no WTC…

    Inicialmente, Solange e eu pensamos tratar-se de alguma pegadinha do radialista, tipo piada de mau gosto.

    Foi difícil sair do carro aquele dia, pois as notícias seguintes confirmaram a tragédia.

    No mesmo dia, fizemos uma reunião interna com objetivo de avaliar o impacto dos acontecimentos em nosso futuro, como empresários de turismo e cidadãos do mundo.

    O que veio depois, apenas confirmou nossas previsões naquele dia: o mundo nunca mais seria o mesmo após 11/09/01.

    Dia difícil aquele, dias difíceis depois…

    []’s

    Luís Vabo

  • Naquela altura eu morava em Newark- NJ, acerca de 20 km do tragico local. So passados 6 dias tive coragem de ir ver o sucedido e as imagens que nunca me esquecerei sao:

    A Union Square parecia um cemiterio tamanha a qtdd de velas, flores e fotos de missing people;
    A 2/3 km de distancia era assustadora a qtdd de po nas janelas dos predios;
    Pertinho do WTC era muito assustador a qtdd de carros pesados e ligeiros militares, mas parecia Bagdad do que NYC;
    Um Marine ao ver toda gente protegendo os seus narizes gritou bem alto – Eh cheiro de morte. O que ate era verdade, embora os turistas e locais continuassem a bater fotos diretos mesmo tapando os narizes.

    Em 2004 re-inauguraram a estacao de metro e fui ate la, qd comeco a subir as escadas e andar na area onde antes era o Shopping Center comecei a ter alucinacoes ao ver imagens passadas misturadas com as do presente. Foi uma experiencia unica, espetacular e arrepiante.

  • Querido Artur,
    Como você eu tbém estava em Brasília, numa reunião, onde havia um americano presente. E foi a esposa dele quem ligou para dizer que um helicóptero havia colidido com o WTC. Minutos depois ligou de novo para dizer que era um avião e assim por diante. Neste meio tempo providenciamos um local com TV e a cada minuto menos acreditávamos no que víamos. Lembro de como me emocionei quando na abertura da ABAV foi pedido um minuto de silêncio pelas vítimas.

    Ontem aqui na TV já haviam várias chamadas para os programas especiais que acontecerão hoje, várias homenagens às vítimas. O que percebo aqui, com relação ao “nine eleven”, é o sentimento de profundo respeito aos que morreram e aos que continuam a defender a liberdade do país, para que continue sendo o país que eles tanto amam. E nestas datas o sentimento aflora mais ainda.

    Minha crença é de que devemos continuar pregando a paz e a tolerância, em qualquer lugar que estejamos. E esperar que atos como este não se repitam, nem aqui nos USA, nem em qualquer lugar do mundo.

    Beijos e saudades,
    Helô

  • Oi Artur,
    Eu passei o 11 de Setembro com um olho na TV de uma sala de crise que abrimos desde as 7h no Sofitel SP. Mas a sala de crise nao era para admnistrar o 11 de setembro mas sim para tentar resolver um problema ocorrido entre as reservas de Costa de Sauipe e as reservas do Sofitel que ocasionou em um overbooking de 250 apartamentos com date in na semana seguinte… de um lado um evento com um dos maiores bancos do Brasil (que nao cedia de maneira nenhuma o remanejamento do evento de 1000 pessoas) e de outro lado uma das maiores empresas de telefonia do Brasil, cujo travel manager custava a acreditar no que estava acontecendo… nem em Nova Yorque nem em Sauipe ;-))
    Felizmente foi tudo resolvido, com o grande profissionalismo (e sangue frio) desse travel manager e das equipes de hospedagem do Sofitel Sauipe…

  • Já estávamos juntos… Mas a notícia chegou qdo eu estava no aeroporto de Brasília, com Maysa e Marluce, tentando entender o que estava acontecendo com as notícias que quem desembarcava trazia pra gente. Acho que todo mundo lembra onde recebeu a notícia…

  • Artur,

    para nos aqui do interior foi duplamente impactante. Liguei a tevê para saber mais sobre a morte do prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, assassinado, a tiros, na noite de 10 de setembro e me deparei com os aviões no WTC.

    ;-((

  • Eu estava em casa me preparando para sair quando meu pai ligou e disse pra eu ligar a TV. 5 minutos depois assisti ao vivo o choque do 2o aviao e desabei no sofa. Naquele mesmo ano, apenas 6 meses antes, eu tinha ido a uma festa da AIG no Windows of The World, a sensacao em 11/9 foi de total vulnerabilidade. A tarde recebi um telefonema de um colega da AIG dizendo que o filho do VP de Recursos Humanos da empresa estava desaparecido, pois tinha ido fazer uma entrevista de estagio na Torre Norte do WTC e ate aquela hora nao havia dado noticias. O mundo nunca mais foi o mesmo…

  • Prezado Artur,

    Em 1970, ainda adolecente me perguntava:
    Para quem meu avo esta realmente torcendo, para o Brasil ou para a Italia?
    Durante meus muitos anos de Estados Unidos, tambem me perguntei varias vezes:
    Sou Brasileiro? Terra dos meus Pais e onde nasci…
    Sou Americano? Terra dos meus Filhos e onde vivo…
    Em Brasilia, dia 11 de Setembro de 2001,eu era o chefe da delegacao americana para a ABAV, estava preocupado, com medo e com incerteza do futuro, fixado em frente a TV cheguei a conclusao que minhas perguntas acima nao tinham resposta certa, nem tao pouco importancia.
    Caiu a ficha de que sou cidadao do mundo, e como tal, meus sentimentos nao podem se limitar ao passaporte que carrego, minha religiao, meu endereco.
    Minha obrigacao eh saber que minha responsabilidade eh a de amar intensamente minha familia, meus amigos, meus colegas e todos os outros cidadaos do mundo como eu.
    Tenho a esperanca que daqui a alguns anos, poderao estar nos livros de historia:
    ” 9/11 foi o dia em que tudo mudou, que as pessoas que presenciaram este dia foram responsaveis pela mudanca do Mundo, elas conseguiram contribuir para o Mundo que vivemos hoje, sem guerras, sem miseria”

    Cabe a cada um de nos trabalhar para que a frase acima se torne realidade, o futuro eh moldado por pessoas que vivem momentos dramaticos como 9/11 esse eh o nosso legado, nossa obrigacao, fazer que nossas lembrancas, por mais tragicas, nos ajudem a melhorar o que nos cerca.

  • Querido Carbone, que saudades… Me emocionei demais ao ler seu texto acima, tão verdadeiro e sincero. É a sua cara ! E vou repetir muito esta tua frase de que somos do país onde temos aqueles que amamos, seja aqui, ali ou lá muito longe. Beijos e até a ABAV (vens ?) Helô

  • Amigos
    Eu estava na sala de reuniões da REXTUR, no 35º andar do Edificio Itália e confesso qeu mais de uma vez olhei pela janel imaginando o que acontececria se aqueles atos bárbaros ocorressem aqui. Estavámos no meio de uma reunião com vários fornecedores da DELTA VACATIONS, Governo de Bahamas e alugmas representações que tinhamos e vieram uns dias antes da ABAV. Goiaci já estava à caminho de BSB e lembrem-se que era o pesidente da ABAV. A especulação sobre o cancelamento ou não da Feira de ABAV era gigantesca e o telefone do escritório disparou. Os gringos, chefiados por um amigo chamado Angel Garay, assim como nós estavam entre estarrecidos e incrédulos.
    Confesso qeu imaginei o início da 3a guerra mundial, mas a pressão dos clientes com os vôos de seus passageiros todos cancelados nos USA e o planejamento das acomodações não nos permitiram aprofundar nessa hipótese.
    Realmente o mundo mudou e nós soubemos superar mais essa…
    abraços

  • Atendia um cliente quando numa empresa que trabalhava ele me informou o acontecido. Sei que momentos depois fomos chamadas na sala do presidente da empresa que nos pediu calma e que teriamos que acompanhar com cautela o que ocorreria daquele momento no mundo como tambem quanto aos negocios da empresa.

    Foi muito triste.

  • Oi Artur

    Eu trabalhava em outra empresa, com outra representação mas, com ecritório em NYC – no WTC. Nem imaginava que um dia trabalharia com a representação de NYC – como hoje. Na época perdi 3 colegas e confesso que não consegui pensar em nada naquele momento. Tudo parou. Hoje, com minhas idas e vindas a cidade por causa do meu trabalho – ainda sinto a dor que esse dia deixou mas, nada comparado ao sentimento deles. Ainda é difícil de acreditar mesmo olhando para o Ground Zero.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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