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2015: faremos contato ou estamos sós?

E a Copa não ajudou o Brasil. Não trouxe mais turistas, mais infraestrutura, mais orgulho… Foi como mais um carnaval… que passou. E já estamos às vésperas de outro.

Qual vai ser sua fantasia nesse carnaval? No país em que tudo se mascara, em que de cara limpa ninguém sai às ruas, melhor é sumir na multidão. Ser apenas mais um, até a quarta-feira de cinzas, dia de chorar pelas oportunidades não aproveitadas. E pelos bilhões de reais que não voltam mais.

Os Estados Unidos recebem 70 milhões de turistas internacionais, Londres 20 milhões, Nova York 12…

Ah mas não podemos nos comparar a países tão desenvolvidos?

Pois saibam que sem a ambição positiva não acabaremos com a miséria, com a corrupção, com o descalabro, o desmatamento, a falta de água e de vergonha na cara… e já que falamos em cara, sem ambição e vontade não acabaremos com a cara de pau. Não daremos passos retos e sim andaremos em círculo, como há mais de cinco séculos.

Sim temos de nos orgulhar dos milhões que estão viajando ao Exterior (e se fazem compras… sabemos os motivos). Pelo pujante turismo doméstico. Mas soltar rojões superfaturados quando crescemos bem menos de 10% no recebimento de turistas? Se crescermos 50% não será suficiente para taparmos tantos buracos abertos, recuperar tanto tempo perdido, salvarmos comunidades, brasileiros e empresas que poderiam estar vivendo muito bem da indústria de viagens e turismo.

Há esperança? Sempre. Mas não conte com os turistas da Copa. Eles já vieram e se foram. Na Olimpíada serão outros tantos. Também com o mesmo foco: o evento. Outro alegre carnaval. Nisso, e me orgulho, somos craques.

E aproveite as promoções do ano da incógnita. Mãos à obra (obra no bom sentido, claro). Elas já começaram e são uma arma boa de convencimento. De tentar reverter um pessimismo que pode contaminar.

Mas que o turismo pode curar.

PS: no Brasil, o País superlativo, volume é importante e dá respaldo para discursos inflamados. Mas há modelos que comportam apenas dezenas, centenas, poucos milhares. Com resultados magníficos. Portanto, mire-se nos bons. Se eles forem grandes, não importará muito. Que sejamos, a cada dia, os melhores. Sem nos preocuparmos com a soberba, pois há tempos que convivemos com o pé na lama e no barro. Com a terra que nos puxa a orelha. Com a miséria em sua pior forma.

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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