Brasília, 16 de agosto de 2011
“O TURISMO É MAIOR”
O turismo brasileiro é maior que eventuais erros ou equívocos administrativos. Ele representa cerca de sete milhões de empregos, R$ 75 bilhões de receita e movimenta uma cadeia produtiva de mais de 52 elos com quase todos setores da economia.
Através do turismo, o Brasil se relaciona com dezenas de países em todo o mundo como destinos ou mercados emissivos. E, além de constituir o 4º item da pauta de exportações brasileiras, o setor contribui decisivamente na atração de investimentos internacionais.
Assim, é que os secretários e dirigentes estaduais de turismo manifestam sua profunda inquietação com a possibilidade de uma redução do ritmo de funcionamento dos órgãos federais de turismo, em decorrência dos processos de investigação vigentes. Menos pelo volume de recursos, de convênios e financiamentos pelo Ministério do Turismo e mais pela saudável e produtiva interface permanente dos setores público e privado na atividade turística. Medidas paralisadoras das atividades do Ministério longe de atenuar os efeitos da óbvia crise administrativa ministerial poderão agravá-la.
Desde sua criação em 2003, o Ministério do Turismo tem atuado de forma estratégica para o desenvolvimento da atividade no Brasil, através da construção e implementação de políticas públicas próprias para o setor, que teve sua criação comemorada pelas diversas organizações ligadas ao turismo, tendo em vista a perspectiva de fortalecimento dos setores que formam essa cadeia produtiva no País.
Como órgão oficial de turismo em âmbito nacional, a principal atribuição deste ministério é gerir o desenvolvimento do turismo no Brasil. Para isso, em abril de 2003, lançou o seu Plano Nacional 2003-2007, cuja implementação o consolidou como articulador do processo de integração dos diversos atores do turismo, tendo sido fundamental para que a atividade espontasse como um dos fatores de construção da cidadania e de integração social, em consonância com as políticas federais, o que se consolidou nos planos subseqüentes.
Além disso, o Ministério do Turismo tornou-se um importante instrumento para a gestão descentralizada e participativa da atividade turística, incentivando a criação de fóruns de discussão entre o poder público, a iniciativa privada e o terceiro setor em todo o território nacional.
Conhecedores do funcionamento e da estrutura do Ministério do Turismo, temos plena ciência e profunda convicção sobre a honrabilidade e correção da maioria esmagadora de seus servidores. O corpo técnico do MTur é parte do patrimônio turístico brasileiro.
Entendemos também que o ministro Pedro Novais e os auxiliares que com ele entraram no ministério há pouco mais de três meses não podem deixar de merecer a confiança dos parceiros públicos e privados do MTur, inclusive os Secretários e Dirigentes de Turismo de Estados.
Assim é que como cidadãos e gestores públicos, conclamamos as autoridades responsáveis pela apuração de eventuais crimes ou irregularidades a agirem com o máximo rigor e com a maior velocidade possível, para punir os verdadeiros culpados e retirar do ambiente do turismo a nuvem da suspeição e a sombra da paralisação.
São empregos, renda e riqueza da sociedade brasileira que dependem da agenda positiva do turismo e da correta percepção de que o turismo é um setor estratégico para desenvolvimento socioeconômico do pais.
Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes de Turismo (Fornatur)”
Essa foi a carta, bastante política, dos secretários de Turismo ao MTur. É aquela história, eles também são políticos, eles também fazem convênios com o ministério, ninguém sabe o dia de amanhã. E O MTur entendeu a missiva como um apoio. É, pode ser.
Os secretários gastaram palavras e linhas e linhas, quando poderiam ter dito apenas:
1) NÃO ROUBARÁS (o dinheiro público)
2) ENCARARÀS O TURISMO COMO INDÚSTRIA SÉRIA, GERADORA DE RIQUEZAS E EMPREGOS, ASSIM COMO A AUTOMOBILISTICA E A TÊXTIL OU A PECUÁRIA E A MINERAÇÃO.
3) DAMOS AO MINISTRO NOVAIS E SUA EQUIPE O BENEFÍCIO DA DÚVIDA. ATÉ PORQUE, ACREDITAMOS, AS PESSOAS SÃO DE BEM E NÃO INGRESSAM EM CARGOS PÚBLICOS EM BENEFÍCIO PRÓPRIO.
4) AS INVESTIGAÇÕES DEVEM SER MINUCIOSAS, OS CULPADOS PUNIDOS MAS ENQUANTO ISSO O TURISMO NÃO PODE PARAR.
5) MENOS BUROCRACIA E DISCURSOS E MAIS AÇÕES.
Enquanto outro escândalo não chega, o Turismo vai se saindo muito mal como a bola da vez… Mas a Copa e a Olimpíada hão de nos salvar…
Não querendo ser pessimista já sendo, temos notíciais de hotel sendo construído em Aparecida com verba da Copa, novo aeroporto de NAT que só ficará pronto depois da Copa, tenho comigo que esses eventos hão de colocar uma “pá de cal” sacramentando de vez o nosso turismo.