O papa pediu pra sair. E o cardeal polonês foi incisivo: “não se desce da cruz.”
Fiquei a pensar.
Hoje é Dia dos Namorados nos países frios. São Valentim. Pensar em amor é bom. Ganhar sorrisos idem. Amar então… nem se fala.
Mas e o papa? Tem o direito de descer da cruz?
Em um mundo tão dividido, cada um com sua razão, o que representa ser papa? E não querer mais ser?
Em um mundo tão perdido, que bom que hoje há quem celebre São Valentim.
Mas de onde virá o próximo papa? Do Brasil? Da Europa? Da América do Norte? Da África?
Um papa negro? Não acredito que os católicos estejam preparados. Há muito preconceito ainda, velado ou escancarado. Mas pensando mais à frente, a igreja ganharia com um papa africano. Não é esse o continente menos favorecido? Quase… esquecido? Não seria essa uma prova de que a cor da pele não importa em decisões como essa?
Mas e São Valentim? Abençoa apenas os que nele acreditam ou é também um santo para os namorados que amam sem nele crer? Fé e amor… Fé e descer da cruz…
O papa mostrou-se humano. Mas não havia se mostrado tão humano em outras questões…
A igreja encolhe, o mundo se parte, a internet educa e São Valentim vende cartões com formato de coração.
E se esse post tivesse o formato de um coração?
Feliz dia dos namorados aos devotos de São Valentim, aos não devotos, a quem não está nem aí mas está bem acompanhado, aos que ficam pensando no gesto do papa e aos que preferem olhar para mais perto, talvez para o lado, e sorrir.
S2 para vocês.
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