Pelo visto, os problemas causados pela interrupção das operações da Web Viagens interessam apenas aos passageiros lesados e funcionários não pagos. Nenhuma entidade, nenhum órgão regulador (existe isso?), nenhuma autoridade (sem direito a aparecer em foto sorrindo, claro)… Ninguém quis se manifestar ou comentar.
Nem que seja para se solidarizar, dar uma dica ao passageiro na hora de comprar, reforçar condutas seguras, puxar a brasa pra sua sardinha. Nada. Silêncio.
Quem regula o setor? Uma agência de viagens ou uma operadora tem de ter Cadastur… mas e daí? Quem fiscaliza? O que as entidades podem fazer? O que fazem? O que deveriam? E o MTur? E a Defesa do Consumidor? E o Reclame Aqui? E o papa Francisco? Não vai falar nada?
É um tema que prejudica todo o setor. Todo o setor. Seja associado ou não de uma entidade.
E não é que seja assunto novo. Em janeiro (ou seja, cinco meses atrás), já falávamos sobre as notícias negativas envolvendo a empresa (confira no Portal PANROTAS). O que fizeram os órgãos competentes? E competentes aqui significa que “deveriam agir”. Funcionários ganharam ações na Justiça. Ações nunca pagas. Justiça lenta a gente já conhece, mas cadê os órgãos reguladores?
O mesmo vale para outros casos, já divulgados na PANROTAS amplamente, com empresas que continuam operando. A empresa X manda funcionários embora, não paga ninguém, dá calote em passageiros… e tudo bem? A outra consegue embarcar passageiros, mas sabe-se que não resolveu todas as pendências com os intermediários… e continua figurando no quadro dessa ou daquela entidade…
Poucos notaram e quase ninguém se lembrou, mas no dia 20 de maio fez um ano da recuperação judicial da Nascimento Turismo. O que mudou além das regras mais duras de fornecedores e da boato press via whatsapp? Estamos mais seguros e melhores? Mais eficientes e atentos?
Alguns se mexeram, é verdade (cito a Air Tkt com sua lupa sobre o mercado). Outros preferem se omitir ou discursar.
O caso Web Viagens interessa a todos. Para que medidas sejam tomadas em defesa de agências, fornecedores e especialmente dos passageiros. Que mais uma vez olham pro nosso setor com desconfiança. Quem vai orientá-los?
Notícias ruins continuarão sendo dadas, alertas feitos, sinais de fumaça lançados… Empresas continuarão fechando, por vários motivos. Com ou sem ajuda de nossa economia. Mas se apenas observarmos ou ficarmos com discursos inócuos e superficiais, o Turismo nunca terá um norte, um balizamento, uma voz a quem se possa recorrer, nem que seja por conforto. Nem que seja para nos lamentarmos.
A quem mais interessa o fechamento da Web Viagens? O Turismo brasileiro não precisa de mais um escândalo.
Artur , Boa Tarde !!
Sòmente uma palavra > PARABÉNS!!
Sabe a razão pela qual ninguém se manifesta ?
Pelo fato de que, o mais importante no momento é bajular e se dizerem submissos ao novo velho “Ministro” que novamente rastejou para retornar ao cargo /proteção .
E nossos “líderes” vão cair do cavalinho , ficar com o rabo no meio das pernas , pois esse Henrique Alves é o próximo da lista de degola ( Graças !!!) , você tem alguma dúvida disso ??
A que ponto chegamos …
Será que essa gente não vai acordar ??
E assim vai o Turismo no Brasil – parafraseando o Celso Amorim – ” destinado ao seu cantinho medíocre no mundo ”
Se você tiver tempo , leia um comentário que deixei lá no Vabo sobre isso ( não postei no Edmar Bull , pois lá a censura come solta…)
Já passou da hora de a gente começar a se manifestar
Mais uma vez , PARABÉNS
Grande Abraço ,
Hélio Rheinfranck
Caro Artur,
Me perguntei a mesma coisa lendo as notícias na íntegra: se pararam de emitir em novembro ? (que seja janeiro…) e estamos no final de maio, não deu tempo prá NINGUÉM alertar, levar às entidades o caso ? Com as mídias sociais mostrando em apenas algumas horas tudo que se passa, é triste ver o que aconteceu, tão silenciosamente….
Acho interessante que as agências de viagem são contra a mídia on-line, que consideram uma ameaça, que “roubam” clientes, assim como as OTA’s, mas muitas vezes preferimos indicar a reserva diretamente pela questão da segurança. Em casos como esse, e os outros do passado, vemos que muitas vezes os clientes não tem a quem recorrer, como o cliente do vídeo, desesperado pela perda do dinheiro e viagem. E, se receber, vai demorar muito. A perda de uma viagem é irreparável.
Boa tarde!
lamentável mais esse caso de estelionato no nosso mercado, um crime! Quanto as entidades, agora já lavaram as mãos , nem os velhos discursos de sempre se deram ao trabalho de transmitir.
Também não se tem noticias do que aconteceu com outras operadoras que cometeram o mesmo crime, se pagaram os funcionários, se reembolsaram os agentes lesados, se continuam operando com outro CNPJ…
Fica aqui minha sugestão ao Panrotas, que se possível, possa apurar qual a situação atual dessas empresas que “quebraram” e deixaram tantos no prejuízo. Que fim levaram todos esses casos?
Um abraço.
essa empresa e as similares, sao travestis. isto e, nao sao empresas de turismo, sao empresas de e-commerce, com roupagem de agencias. a quebra delas é como que … a cronica da morte anunciada. virao mais quebras de otas, para o bem do turismo estabelecido.
Artur,
Não comento aqui como blogueiro, VP da Ancoradouro, ou mesmo ex-Diretor da AIRTKT, mas como um apaixonado pela indústria do turismo e, pessoa física que viveu a vida toda dessa atividade e pretende continuar vivendo dessa indústria.
Entendo que precisamos de mais regulamentação, não no sentido restritivo , mas sim no sentido amplo. Os canais de distribuição estão totalmente misturados. A IATA protege apenas seus associados com seu blacklist e penalidades aplicadas as agencias que não pagam, pagam atrasado ou não oferecem garantias, mas não divulgam tais ocorrências.
Na própria IATA somos todos agências. Não existe diferenciação entre agentes, operadoras, consolidadores, agencias de intercâmbio, corporate…etc
As associações não podem certificar, garantir a saúde financeira de seus associados, apenas sinalizar que para pertencerem aquele quadro preenchem determinados requisitos e estão de acordo com seus estatutos e códigos de ética/conduta.
Ao tentar proteger o consumidor de inserções indevidas em blacklist a legislação acabou criando um monstro, pois só podemos inserir um inadimplente após seu protesto e o aceite do aviso de protesto.
Da mesma forma, temos dificuldades para apurar se uma agência , ou operadora deixou de prestar o serviço ou foi apenas picuinha (quando não obra de uma verdadeira indústria de pedidos de indenizações)do cliente.
Esse assunto merece uma discussão ampla, pois se não inspirarmos confiança aos nossos clientes vamos acabar.
Veja o triste exemplo da crise pela qual passa nosso país, além de econômica, política, a mais difícil de vencer é a de credibilidade,
abraços
Olá Arthur,
Acho que nossas entidades são para inglês ver, não sei se por falta de verbas ou de interesse mesmo, não existe fiscalização nenhuma, fui lesada pela Luxtravel / Grécia Tur, liguei para o advogado da Braztoa/ ABAV e para os presidentes da época e me falaram, coitado do Cláudio ( acho que este era o nome do dono da Luxtravel, está doente etcc…) só não fico com pena, pq fui muito lesada por cliente e por medo de ficar com o nome sujo, paguei o fornecedor que na época tb não fez nada para me ajudar, ou seja, qdo vc está no chão, ninguém te dá a mão ou fica com pena, a Luxtravel ainda descontou um Ck da cliente mesmo depois dela ter sustado o pagamento… nem sei como isso aconteceu, e sumiram do mapa, no dia do fechamento estive lá com meu advogado, e estava tudo fechado, isso é jeito de agir? Fica a decepção… e a negociação desta droga de imposto a mais que nos cobram, nos obrigando a trabalhar com margem ínfima, olhe, só fico neste ramo mesmo, por falta de opção.
Muito bom Artur!
Existe mesmo ABAV ?
Existe BRAZTOA ?
Será?
Parabéns Artur! Excelente post.
Realmente chocante o que aconteceu! Parabéns!