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A SENSAÇÃO DE IMPOTÊNCIA

O presidente da Embratur, Flávio Dino, e sua família vivem, desde 14 de fevereiro, uma das maiores dores por que um ser humano pode passar – a perda de um filho, um irmão, de um menino na flor da idade. Marcelo, de apenas 14 anos, morreu no hospital Santa Lúcia, de uma crise aguda de asma. Em entrevista à revista Época, Dino fala pela primeira vez sobre o ocorrido e levanta questões e bandeiras que podem ajudar a melhorar o atendimento à população em hospitais públicos e privados.

É incrível como nos identificamos com ele quando diz que o hospital privado, que é uma empresa, e, portanto, tem de gerar lucros, trata o paciente de forma empresarial. E como é difícil saber o que ocorreu no caso de óbitos ou erros médicos.

Vale a pena ler a entrevista e apoiar a luta de Dino e sua família. Não trará o filho dele de volta essa luta, mas pode melhorar o que sabemos que hoje é ruim, salvar vidas futuras e homenagear o Marcelo. Temos de lutar contra a sensação de impotência ao entrarmos em um hospital-empresa e contra qualquer tipo de injustiça.

 Independentemente do resultado da investigação desse caso específico (o hospital pode ser declarado “não culpado”), as medidas sugeridas por Flávio Dino podem melhorar o “sistema”. E que seja melhor para todos, brasileiros de todas as classes que sofrem com nossa Saúde.

Segue o link.

http://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2012/03/e-uma-amputacao-irreparavel.html

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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  • Prezado Artur
    Essa é uma ferida (entre tantas) que não tem prazo de cicatrizar, é triste termos que constatar, que quando se vai a um hospital, não nos veem como seres humanos mas sim como fonte de renda, de nada importando se vão ou não nos curar, isso é totalmente irrelevante para eles.
    Morte por crise de asma !!!! um tanto quanto dificil de “engulir” com tantos avanços da medicina….historia muito mal contada, espero realmente que apurem os fatos, embora como voce bem mencionou não trará o garoto de volta.
    Mais uma vez temos que apenas “engulir” essas situações que não mudam nem pagando !!!!
    Cabe a nós, sim GRITAR, ESPERNEAR aos quatro ventos, quem sabe algum dia alguem escuta
    abraço

  • Dia 01/05 fará 5 anos que perdi meu melhor amigo (meu irmão) de 25 anos na USP diagnosticado com embolia seguido por enfarte pulmonar motivado por forte gripe. Isto tudo após passar por 2 hospitais, fazer vários exames e receber a informação de que estava bem. “Basta tomar um remédio para gripe”.

    É dolorido, aceitar que uma pessoa jovem, saudável morra assim. Algo errado aconteceu? Deixou de ser observado? O equipamento estava em ordem? Não sei, mas hoje este é o único fato que não me permite ser 100% feliz.

    Perder “o” amigo que sonhou comigo tudo que hoje realizo é triste.

    Meus sentimentos a família e Deus conforte seus corações.

  • Caro Artur,

    Havia lido no UK essa triste entrevista e fiquei como num vendaval, entre histórias e lembranças que podem atingir qualquer um de nós. O Sr. Dino refere-se ao sistema público, corrupto em seu invólucro, para buscar uma explicação na dor da perda no sistema privado, aparentemente imune a triste prática.

    Em 2006 fiquei internado num dos grandes hospitais públicos de BSB por exatos 29 dias — o procedimento num hospital privado, poderia ser feito em quatro/cinco dias. Como não tinha plano de saúde, não pude ir a um hospital privado e corri ‘o risco’ num hospital público. Pouco funcionava alí, além do esforço e capacitação do seu quadro clínico.

    Dos seis elevadores, quatro estavam quebrados, um funcionava (simultaneamente com funcionários, pacientes, cadáveres etc) e outro ficava de reserva… Faltavam remédios, que familiares dos pacientes tinham de comprar fora. Ou faziam-se exames fora do hospital, enquanto as máquinas próprias estavam em manutenção.

    A alimentação fornecida naquele hospital era de uma empresa pertencente a um deputado distrital, assim como o serviço de limpeza era de outro par(a)lamentar — e a empresa de vigilancia, de quem seria? Esse é o retrato dos hospitais que, então, eram tidos como similares aos europeus (“estou convencido…”).

    Nos USA um erro desses, caso comprovado, pode levar a falência um hospital particular e/ou destruir uma carreira médica. Exagero? Para quem acha que sim, favor orar e clamar ao Senhor para não passar por dor semelhante a do pai e cidadão aqui exemplificado. Para quem acha que não, busque outra solução pois precisamos mais delas…

    Que o Senhor possa confortar essa família.

    Meu abraço e Bênçãos à sua vida também,

    Marcos Estevão Vajas Hernandez
    BSB (em trânsito)

  • Ao Flavio e a sua família, sinto muito pela sua perca e infelizmente não existem meios de reparar tal sentimento, um filho é insubstituível, não existe qualquer palavra de carinho que irá te livrar do sentimento, da ausência, da saudade e da presença, mas tenho fé em Deus e peço que vocês também tenham, Ele é o único que poderá te ajudar a seguir em frente e lutar por outras vidas. Eu tenho asma, já estive internada com suspeita de embolia pulmonar e insuficiência respiratória quando estava gestante de meus filhos gêmeos e não desejo a ninguém o desespero de ter uma crise. Peço que Deus conforte sua família.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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