Outro dia recebemos um comunicado de imprensa (press release) de uma empresa de comunicação (ou assessoria de imprensa) com dicas de “viajem”. É daqueles que sequer lemos. Direto para o lixo.
O verbo haver, aliás, já não existe no dicionário de vários assessores de imprensa. É um tal de “a” alguns dias a empresa lançou ou “há” três dias do evento (sendo que o mesmo vai acontecer ainda…). OK, vemos o mesmo em jornalistas recém-formados, que, mais acostumados com o Twitter e o Facebook, têm hábito de usar abreviações, uma linguagem informal que não se preocupa com a construção de frases e um descaso “entendível” (mas condenável) em relação à exatidão da língua. Na pressa, uma concordância aqui, uma má digitação ali e até erros de grafia são “perdoáveis”. É a geração Y assassinando a língua portuguesa e pode ser que isso nem seja grave no futuro, já que eles vão dominar e td fikará bem, vcs vaum vê.
Ou não.
Sou adepto da teoria, comprovada pela prática, de que quem escreve bem geralmente pensa bem (claro, falo dos privilegiados que cursaram boa parte da grade escolar). E vice-versa. Quem sabe pensar, sabe escrever bem. Quem sabe escrever, se comunica bem, explica bem, ensina bem, critica bem, elogia bem… faz muitas coisas bem, inclusive se relacionar.
Tomem isso como arrogância, camaradagem ou simplesmente por estar de “saco cheio” de atender assessores de imprensa infelizes com seus trabalhos e consequentemente exercendo mal suas funções. Por isso resolvi escrever algumas dicas para o bom relacionamento desses profissionais com nossa Redação.
Aliás, esta semana visitamos a sede da B4T, empresa de comunicação de Alberto Martins, em São Paulo. Foi uma forma de quebrar um pouco a frieza da relação, nos conhecermos em ambiente mais descontraído, trocar ideias… Foi um teste. Bastante agradável.
Mas vamos lá, espero que sejam úteis. E que rendam comentários, críticas, adendos, adições…
1 — Os e-mails dos repórteres, do editor e da Redação PANROTAS – redacao@panrotas.com.br – são abertos, não têm bloqueio contra nenhuma assessoria de imprensa ou empresa. Portanto, ligar para perguntar se pode passar um e-mail ou se pode sugerir uma pauta e aí começar a ler o press release inteiro, além de desnecessário, é chato, redundante e perda de tempo. Passem quantos e-mails quiserem, vivemos de notícia. Passar e-mail é livre e de graça.
2 — E-mail chega. Sempre. Pode ser que não seja visto, que se perca. Mas ele está na nossa caixa, salvo quando há aqueles problemas de servidor etc. Não precisa ligar para saber se chegou. Geralmente, quando a informação é relevante, ela vai imediatamente para nosso portal. Monitore o Portal PANROTAS antes de ligar perguntando se chegou. Perguntas como “quando vai sair?”, “vai sair também no impresso?”, “você vai usar a foto?” são desnecessárias, pois envolvem decisões editoriais futuras. Muitas vezes nos ligam e a nota está no ar há um bom tempo. Telefone atrapalha e é perda de tempo. Não saiu a nota que considera importante, passe outro e-mail perguntando. Terá a resposta. E se ela for um “não”, aceite. Melhor um “não” do que um talvez que renderá várias ligações que significarão perda de tempo para todos.
3 — Ligue para sugerir pautas exclusivas, entrevistas, para dar detalhes ou diferenciais de um evento. Não para ler release.
4 — Uma boa assessoria tem um bom mailing. Ligar, perguntar se pode passar e-mail, ler o release (se o jornalista deixar, claro) e ainda pedir o e-mail do editor é sinal de incompetência. No caso da PANROTAS, basta clicar na assinatura das notas do Portal que os endereços dos e-mails aparecem.
5 — Recebeu um não de um repórter e quer consultar o editor? Faça-o via o próprio repórter. Fica feio proceder de outra forma. Também não ligue para vários da mesma Redação, tentando pegar um mais desprevenido e conseguir um “sim”. Impossível não parecer “golpe”. Seja leal e transparente.
6 — Não conte dramas familiares (“tenho filho pra criar”), não fale mal do seu cliente (“ah ele é superchato e exigente e quer a nota na home do Portal PANROTAS”), não use argumentos que te constranjam e constranjam seu interlocutor (“ele vai fechar uma campanha publicitária”, “vamos te convidar para uma viagem”)… Convença pela necessidade e relevância da notícia.
7 — Prometa e cumpra. Se oferecer exclusividade, entregue o prometido. Se prometer uma entrevista até o fechamento, explique ao seu cliente sobre prazos.
8 — Não exponha os problemas que tem com seu cliente. Resolva nos bastidores.
9 — Amigos se ajudam? Sim. O Departamento Comercial pode recomendar notícias? Sim. Mas não as impõe. Em dias de pouca notícia, podemos ser mais flexíveis? Talvez. Mas o que realmente é decisivo para que a notícia entre em qualquer veículo da PANROTAS é sua relevância. E abrangência. A notícia tem de ser importante para um segmento, para a indústria, para os leitores. E não apenas para a empresa que contratou a assessoria de imprensa ou para esta manter sua conta. Notas comerciais (lançamos pacote para a China, parcelamos em dez vezes) são analisadas com muito critério por aqui. Já pensou você abrir a Folha, o Estadão e o Globo e só ter notícias de que as Casas Bahia agora vendem geladeira duplex Brastemp ou que a Marisa está parcelando em 15 vezes sem juros? Isso se vê nos anúncios. Não nas notícias. Mas se for uma inovação, uma ideia criativa… e como, contudo, falamos de mercado e para o mercado, são temas que interessam e que podem render boas notícias. Curiosidades, números, declarações, estatísticas sempre ajudam. Enriquecem a informação e com isso aumentam a chance de publicação.
10 — Acompanhe todos os veículos PANROTAS, conheça sua linha editorial, seus profissionais para ver oportunidades e poder sugerir pautas pertinentes.
11 — Se sair algo errado, peça correção e apure de quem foi o equívoco: do cliente, da assessoria, do repórter. Mas se seu cliente acha que a foto está feia, se o release não saiu na íntegra, se o título é diferente do seu… Deixe esses assuntos nos bastidores.
12 — Fechamento é sagrado. Saiba sempre que dia ele acontece. No caso do Jornal PANROTAS, é na quinta-feira. Não ligue. Mande e-mail. Às quartas-feiras seja mais sucinto do que já seria.
13 — Acompanhe o PANROTAS nas mídias sociais. Também de lá surgem ideias. E também siga, a seu critério, alguns dos profissionais da Redação.
14 — Não argumente ou alimente a neura de seu cliente de que não saiu a notícia porque há implicância ou qualquer outro sentimento em relação a ele. Notícias não saem porque não são notícias. Há relações conflituosas? Sem dúvida. Mas dificilmente uma notícia realmente importante deixará de sair por causa disso.
15 — Preste atenção ao mandar e-mails. Não erre o nome do destinatário ou o nome do veículo – nem no português.
16 — Não compare coberturas, concorrentes, ângulos escolhidos. Cada veículo tem sua linha editorial.
17 — Notícias já saídas em outros veículos não são prioridade para nós.
18 — Sempre mande um contato (mesmo o endereço de um site) da empresa que é foco do seu comunicado. Quantas vezes temos de ligar para os assessores pedindo um contato para incluir na nota. Falamos com o mercado e queremos que o mercado fale entre si.
19 — Não seja inconveniente.
20 — Mais uma vez – aceite que “não” é resposta.
21 — Não minta ou faça joguinhos. Um dia seu cliente também vai perceber isso.
22 — Não prometa a seu cliente o que não pode cumprir. Você não tem a palavra final sobre a publicação ou não de um tema. Nunca.
23 — A PANROTAS tem uma relação próxima com seu cliente. Muitas vezes falamos diretamente com eles. Não somos um veículo que depende do press release. Nem do assessor quando ele quer apenas atrapalhar ou mostrar serviço. Entenda isso. E some (adicione), não tente subtrair.
24 — Em uma feira ou evento, respeite a pauta do repórter. Sugira entrevistas, mas não fique insistindo. Se for possível e interessante, o repórter irá lhe atender. E entenda se não for viável. Tente remarcar para outro dia e ocasião.
25 — Não damos notas de pacotes, festivais gastronômicos, preços promocionais. Portanto, não crie expectativas. Há exceções. Uma delas, por exemplo, acontece em pautas especiais da revista Vamos Lá Viagens, que é voltada para o consumidor. Mas você saberá se foi este o caso ao ver seu release publicado. Não adianta ligar vendendo pacote como pauta.
26 — Um bom assessor, que ganha confiança do repórter, entende como funciona, sugere pautas boas, até gera uma relação de amizade e leva isso para sempre. Não importa a empresa que represente, a assessoria ou o setor, nem o cargo. Afinal, bons profissionais são bons profissionais.
27 — Ao ligar para uma Redação, também saiba dizer “não” e “não sei”. Não dê informação errada. É muito melhor checar. Mas procure estar bem a par do que está falando. Estou cansado de ver assessores lendo release que sequer sabem do que se trata. Isso é causado pelos baixos salários nas assessorias, alta rotatividade, falta de preparo, falta de chefia – ou mais precisamente de liderança…entre outros motivos.
28 — Entenda como funciona um veículo especializado, que fala para um público especializado. Em alguns casos, o comunicado tem de ser mais específico que o para os veículos de público. O exemplo extremo disso é a Comunicação da Disney: há uma PR para veículos para consumidores e outra para trade. Muitas vezes a informação é a mesma, mas em vários casos, a informação é tratada de forma diferente.
Bom, foi o que me lembrei, assim, de cabeça, inspirado pela visita à B4T, mas não motivado exclusivamente por ela, vale frisar. São considerações apenas sobre a relação das assessorias com a Redação PANROTAS. Não se trata de uma aula de assessoria de imprensa, nem tenho a pretensão de ensinar padre nosso a vigário. São considerações baseados na prática. Espero que ajude.
Quanto à dica maior: saber escrever e consequentemente expor um raciocínio claramente… o problema é maior e está lá atrás, na formação básica. Nem sei se tem conserto. Mas… Há qualidades em alguns que compensam possíveis defeitos.
PS 1 – O tema é polêmico e não sou o dono da verdade. Tem também o lado de lá. A outra versão. Portanto, aguardo COMENTÁRIOS.
PS 2 – Pedi que a Fabíola Bemfeito, expert em assessoria de imprensa e Comunicação em geral, revisasse o texto. Divido essa culpa com ela hahaha
PS 3 – Nossa foto na B4T
Olá Artur. Esse seu post deveria ser publicado em todos os jornais e ser utilizado como cartilha, não apenas para o Panrotas, mas para o dia a dia dos cidadãos. Escrever corretamente, me desculpe, mas não há tecnologia que justifique as aberrações que vemos, e mais, como entender, como interpretar certo ? Os 28 ítens mencionados são diretamente relacionados à educação, não necessariamente, mas também à formação, mas educação de criação, elegância, respeito. Sds
Fábio, já dizia o mestre: quem não se comunica…
Deixo claro também que espero a mesma visão crítica com relação ao que fazemos para vocês aqui na PANROTAS.
Grande abraço e obrigado
Oi Artur. Gostei do post.
Minha mãe sempre me dizia: “Falar bem o português é questão de cidadania!”
Abraço.
Conrado, por onde andou? Estava sumido. Feliz 2011. Gostei da definição de sua mãe. Muito sábia. Abraços
Olá Artur!
Obrigado pela visita e pelas valiosas dicas.
Sempre é bom reciclar e trocar experiências com vocês jornalistas, com quem às vezes falamos mais do que com nossos próprios clientes!
Saber escrever é fundamental. Importante também é ser humilde para aprender e aprimorar-se continuamente. Voltem sempre!
E estamos atentos aos nossos erros também, mas sem que vocês os identifiquem também…prometemos reagir com certa tranquilidade hehehe Abs e na próxima a linguiça não escapa.
Existe desabafo construtivo? Caso a resposta seja não, afirmo que agora existe. Sabe aquele desabafo que não apenas expressa os sentimentos, mas oferece ao receptor uma lição profissional e pessoal. Adorei o post e as colocações são de extrema relevância para todo o mercado! Como você mesmo disse ninguém é o dono da verdade, mas o bom senso é universal e foi apenas isso que foi colocado.
Bom senso é tudo, Marjori… Vc como sucessora de Fabíola Bemfeito tá indo muito bem. hehe
beijos e sabe que tô indo pra Orlando né hahahaha
Oi Artur, tudo bem?
Creio que dá para resumir tudo o que você diz em profissionalismo. E com muito bom senso no exercício diário da profissão!
Um beijo e mande notícias!
Isso mesmo Anahi. Vc é uma das minhas referências de boas práticas no ramo. hehehe Notícias? Tô indo pra Orlando…de novo? Pq vc não se surpreende? hahahaha beijos
Marjóóóri, sempre soube que você ia longe… Desde quando te vi quieta, pela “única” vez (ha ha ha), no primeiro Fórum PANROTAS, na competition.
E com essa formação Redação PANROTAS / Parques de Orlando, Artur / Fabiola (rs) você vai mais longe ainda. Um orgulho!
Artur,
EXCELENTE aula “de tudo”, como bem disse o Fabio Braga.
Acrescento uma dica que sempre me ajudou ao escrever: deixe o texto “descansar” por algumas horas, leia de novo e veja quanta coisa dá prá melhorar !!!
Envio um beijão para o Alberto e a equipe da B4T: jovem e com muita energia. Adorei o churrasco, entretanto….reforço que o Josué faz um churrasco bem “profissional” e assim, na próxima, queremos o Alberto somente como assessor de comunicação !!!
Uma vez minha professora de Didática (fiz magistério) nos aconselhou como uma mãe aconselha um filho dizendo: “Nunca tenham medo de dizer não sei. Uma pessoa, inclusive um professor, nunca sabe tudo. Sejam humildes e digam, não sei, mas vou pesquisar”.
Aprendemos todos os dias algo diferente e seu post/aula/desabafo ou um pouquinho de tudo foi super importante para que eu não cometa alguns dos erros citados.
Abraço a todos e dias melhores para nosso país, porque está dificil.
Rs… Faltou o acento do difícil.
hehehe calma, Sheila. olha a neura…pode esquecer acentos em comentários. hahahaha. aqui é mais informal. quanto à situação do País, nada a declarar. Reelegemos governadores superpopulares, elegemos outros tão populares quanto… Ainda há tempo de cobrar. Pois serão quatro anos, que, esperamos, não sejam de mais descaso com a vida humana. Sobrevoar a tragédia de helicóptero é até falta de respeito. Precisamos de infraestrutura já. Obras já. Recursos já. Educação já. Chega de corrupção. O dinheiro tem de ir para melhorar tudo isso e não para financiar campanhas e garantir a aposentadoria de nossos políticos. Cadê os caras pintadas? Foram corrompidos e estão contando o vil metal? Ou, pior, foram eleitos e nos viraram as costas?
[…] This post was mentioned on Twitter by Luciana Messa , Stella C. Rosado, Carol Paoli, saviareis and others. saviareis said: RT @ArturLA: [BLOG]: AH, OS ASSESSORES http://bit.ly/hXaN9u […]
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demais! ou…. D+ ?
😉
Olá Artur … esse seu post 13 de janeiro de 2011 às 21:54 merecia um só pra ele … vc colocou em 8 linhas o que sinto e o que com certeza milhões de brasileiros sentem. Se os quase 50% que não votaram no que está aí “pintassem a cara” já teríamos um efeito bem interessante. Parabéns Artur, as 8 linhas mais expressivas e impactante que já li. Sds
Super Artur,
Escreveu bem e bonito. Infelizmente vemos amigos jornalistas cometerem atrocidades com a língua portuguesa e alguns descasos (às vezes piores ainda) no trato com os jornalistas do outro lado do balcão.
Parabéns pelo post e pelo blog.
Abraço
Helô,
Em tempos de otimização de recursos e profissionais multifuncionais, adorei acumular a função de churrasqueiro! rs…. Obrigado pela indicação do Josué. Um bjão.
Me pergunto por onde anda os candidatos que subiram varios morros pra beijar os pobres e crianças “ranhentas” em nome da eleição?
Uma música bem antiga do O Rappa, segue atualíssima e eu gosto muito
Candidato caô caô
Caô, caô a justiça chegou …
Ele subiu o morro sem gravata
dizendo que gostava da raça, foi lá
na tendinha, bebeu cachaça e até
bagulho fumou
Foi no meu barracão, e lá
usou lata de goiabada como prato
eu logo percebi é mais um candidato
As próximas eleições
As próximas eleições
As próximas eleições
Fez questão de beber água da chuva
foi lá na macumba e pediu ajuda
bateu a cabeça no gongá
“deu azar”…
A entidade que estava incorporada disse:
– Esse político é safado cuidado na hora de votar !
também disse …
– Meu irmão se liga no que eu vou lhe dizer
hoje ele pede seu voto, amanhã manda a polícia lhe bater …
– Meu irmão se liga no que eu vou lhe dizer
hoje ele pede seu voto, amanhã manda a polícia lhe prender …
hoje ele pede seu voto, amanhã manda a policia lhe bater …
eu falei prá você, “viu”?
Falado por Bezerra da Silva:
Esse político é safadão hein !!!
Nesse país que se divide
em quem tem e quem não tem,
sempre o sacrifício cai no braço operário
Eu olho para um lado, eu olho para o outro
vejo desemprego e vejo quem manda no jogo
E você vem, vem, pede mais de mim
diz que tudo mudou e agora vai ter fim,
mas eu sei quem você é e ainda confio em mim
Esse jogo é muito sujo mas eu não desisto assim …
Você me deve … Ah ah ah ah !!!
Malandro é malandro e mané é mané !!!
Você me deve ….
Você me deve seu banana prata !!!
Fato é que aqui só tem gente profissional, que a gente admira. E como se vê nos comentários, o bom senso é mesmo a palavra de ordem…
Mas como disse Artur, também seria legal ouvir “o lado de lá”, com críticas construtivas e dicas/sugestões sobre como a Redação PANROTAS pode melhorar.
Sei que é difícil porque adorei o post, achei muito adequado, super completo. Mas sou suspeita porque, além de, em geral, gostar beeem do que Artur escreve, também sou da “escola” PANROTAS e, ao atuar como assessora (que não foram poucas vezes), sempre levei os aprendizados do dia a dia daqui comigo.
Anahi, concordo totalmente com Artur e gostei muito de te ver por aqui. Bom saber que vc, mesmo em outro segmento, continua ligada na galera…
Alberto, na assessoria a gente já sabe da sua especialidade… Mas no churrasco, por favor, a linguiça na brasa uma hora antes de a gente chegar, tá?…rs
Bjs!
Artur, não consigo lembrar-me de comentários mais pertinentes e mais precisos nos muitos anos em que frequento as mídias do turismo. Parabéns. Preocupa-me o fato de grande parte de nossos jornalistas não saberem escrever, já que, em princípio, a língua é sua matéria prima. Acredito que o maior problema do Brasil é a falta de investimento em educação básica. Estamos construindo um país de iletrados que, em alguns anos, irão dirigir nossas empresas e nossas cidades. É triste, mas, nesse caso específico, o de saber escrever, lembro que não é necessário frequentar boas escolas, basta ter vontade de aprender, e, principalmente, desenvolver o hábito da (boa) leitura. Quem lê bem, escreve bem, fala bem, critica bem, elogia bem. Foi a parte que mais gostei do seu excelente comentário. Um abraço.
i was reading throught some of the posts and i identify them to be awfully interesting. sorry my english is not exaclty the very best. would there be anyway to transalte this into my patois, spanish. it would in reality usurp me a lot. since i could compare the english lingo to the spanish language.
Vai ser meio difícil encontrar alguém para criticar. Fácil, porém, será encontrar vários que sabem ler, mas que não sabem como se expressar corretamente na forma oral e escrita. Muitos são os vícios de linguagem, na internet, num festival de erros grosseiros, que ultrapassam as fronteiras do bizarro. Já dizia, sabiamente, Monteiro Lobato: “Quem não lê, mal ouve, mal fala, mal vê”. Artur, uma vez mais, meus parabéns pelo post muito bem escrito. Ou, como diria um “pseudo-Assessor” formado em algumas “pseudo-faculdades” de comunicação do RJ (mas,não muito diferente de tantas outras, Brasil afora, posto que o ensino nada mais é do que um comércio): Show de Bola, “brodinho”; mandô vê…
Eu realmente me assusto com tudo o que nossa língua portuguesa é capaz de nos fazer. Por um lado, um texto como este nos deixa feliz por adorarmos ler textos verossímeis e inteligíveis. Por outro, sonhamos acordados com o milagre da multiplicação da nova língua 2.0! Uma língua sem amor e sem pudor. Sem respeito e sem valor!
Sem me prender a falsas comparações, queria que chovesse conteúdo de qualidade na cabeça de geração XPTO e que os alagasse de vergonha do mal que fazem a nossa cultura! Oremos por eles!
Que o post seja muito lido, Artur…
E que a redação comprove essa leitura, em resultados, logo…
Boa viagem,
Olha pessoal do Panrotas, deveríamos propor mais discussões como essa! (seguidas de churrasco, o que acham? hehehh) Estaríamos contribuindo para a comunicação??? ;- )
Após ler todos os posts faço um resumo para mim mesma: não é fácil ser um comunicador sempre justo – jornalista ou assessor. Algum dia, alguém vai se sentir “desprestigiado” pelo espaço pequeno que o jornalista definiu para aquela matéria (após 4 horas de entrevista) ou por não ter conseguido publicar aquele furo que o assessor deu para o veículo concorrente. Sempre será assim. Outro dia, apontei gentilmente para um jornalista do Valor Econômico alguns erros publicados a respeito do meu cliente na matéria e percebi que ele não gostou das observações, só porque ele errou o nome do cliente, do produto, das outras fontes e do crédito das fotos! Falta de atenção, pois não foi falta de material de suporte.
Este exemplo é clássico para demonstrar que paciência, educação, pertinência, credibilidade e humildade são artifícios importantes para que o relacionamento seja sempre saudável. Não esqueçam que, apesar da área de assessoria de imprensa ser hoje uma das que mais emprega jornalistas e relações públicas, a área não tem destaque dentro da maioria das universidades, para não dizer todas. Procurar um curso técnico/livre/especialização ajuda? Sim, mas sobretudo, ter humildade para ouvir, reconhecer e aprender, nos dois lados. Ao menos é o que eu penso e tento praticar enquanto assessora, sem me ofender com o feedback de quem está recebendo aquela notícia, sem ser “magoável”. Tem muita gente “magoável” por ai rss
Abçs!
Perfeito, Artur!!
É importante lembrar que a GRANDE MAIORIA dos Assessores de Imprensa são formados em Jornalismo.
Quanto aos erros de português vejo muitas matérias, principalmente as de veículos online escritas com erros.
Além disso os veículos dependem dos Assessores que alimentam a mídia, entendo assim que os assessores deveriam ser tratados com um pouco mais de cordialidade. Pois muitos jornalistas são extremamente arrogantes ao receberem uma ligação.
Vale lembrar que quando um repórter precisa de alguma coisa os assessores estão sempre dispostos, e não acontece o contrário.
Quais motivos dessa indisposição tão grande, se são apenas ossos do ofício?
Abraços,
Bruna
Artur,
Gostei bastante do que li e do que foi assinalado do texto. Como sempre você é muito atilado, com colocações pertinentes. Parabéns!
Abraços,