A política associativa no turismo sempre dependeu da boa vontade do empresariado e da sorte de ter empresários que além de boa vontade tivessem tino para a coisa, dirigir uma entidade de classe. Exemplos, há muitos. Para o bem e para o mal.
Hoje, é preciso ir além da boa vontade (ou mesmo da vontade). Boa vontade e sorte (de ter a pessoa certa) não fazem mais o sucesso de uma associação, entidade, sindicato… É preciso profissionalizar. Conversando com um dos vice-presidentes da Braztoa, o José Zuquim, ele me disse que a chegada do Ministério do Turismo ajudou muito na profissionalização e organização do setor. Concordo, mas preciso estudar mais o assunto. É isso, mas não é tudo isso.
A profissionalização das entidades, ou melhor, essa necessidade veio mais das mudanças do mercado, da nova dinâmica do turismo no Brasil, da visão de que trabalhar por um grupo pode ajudar os negócios sim, mas requer um projeto amplo, trabalhoso e custoso.
A Braztoa deu sorte desde a saída de Marco Ferraz, contratado pela Clia Abremar. Sorte por Ferraz e sua diretoria terem deixado um trabalho dos melhores na política associativa do turismo brasileiro. Sorte também porque essa diretoria, que estava a par de tudo, tocou o barco até o momento, chegando aos êxitos da semana passada, com uma WTM Latin America e Encontro Braztoa históricos; idem para a Turismo Week; o lançamento do Passaporte Braztoa e a aprovação da mudança no estatuto para profissionalizar a entidade.
Agora a Braztoa terá um conselho, um presidente contratado, uma estrutura que trabalhe também para ajudar os associados nas relações comerciais com o mercado. O Passaporte Braztoa e as viagens técnicas são exemplos.
Parabéns a Monica Samia, Magda Nassa, José Zuquim, Plinio Nascimento e Eduardo Barbosa pela boa vontade, pela sabedoria em dividirem afazeres, pela visão de que é necessário mudar e pela sorte de estarem todos juntos nesse momento. Todos devem ser candidatos na nova chapa, que terá Magda Nassar candidata a presidente do conselho. Dificilmente haverá chapa concorrente, devido a essa união, mas se houver, que seja com um projeto mais inovador que o deles ainda, e não com aquela cabeça de política associativa que não olha para o mercado e apenas para o próprio umbigo.
Parabéns também aos associados Braztoa, por aprovarem as mudanças e acreditarem numa entidade de classe.
A novidade chega em um bom momento, em que a união e as mudanças são necessárias para combater crise, abrir novas frentes, criar novas relações, reformular outras… ou seja, não ficar parado esperando… esperando sabe-se lá o quê…
Comentar