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Dia a dia

Além dos sistemas

2013 foi o ano dos sistemas (de reservas). Foi a hora de atualizá-los, sim, mas mais que tudo torná-los acessíveis. Não deixa de ser uma surpresa que muitos ainda não se deram conta de que ter um bom sistema é uma obrigação, nem é mais diferencial, apesar de aluns dizerem ser melhores ou mais completos que os outros. Mesmo entre as companhias aéreas… Algumas ainda não dão a melhor experiência on-line para seus clientes ou intermediários. E não vemos esforço para mudar isso. Por isso, o pioneirismo do AA.com nos Estados Unidos é tão importante. E do Booking.com. Decolar.com. Entre outros.

Foi o ano em que todos falaram de sistema: da CVC à Trend, da New Age à Abracorp (que até criou um “GDS de hotel”), da Schultz aos consolidadores, da Agaxtur (que ainda não lançou o seu oficialmente) aos GDSs (que já foram chamados de dinossauros). Foi o ano das fraudes nos mesmos sistemas (mas isso é capitulo à parte, apesar de tema do mesmo livro).

Mas ok. O mercado tem um bom estoque de bons sistemas.

Entretanto, a pergunta que fica é: e de profissionais que saibam tirar o melhor deles? Não apenas usá-los, mas transformá-los em ferramentas de vendas? O mercado está tão abundante desses também?

Esse é o passo mais difícil. E um grande desafio, que tem de ser levado mais a sério ainda, por todas as partes.

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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  • Ola Arthur… como sempre , você tem um poder de síntese e analise muito sensível e condizente com nossa realidade. Creio que o grande desafio nosso, como operadores e desenvolvedores de sistemas e ferramentas aos agentes de viagem ,é conseguir mostrar o valor agregado que oferecemos aos agentes na medida que democratizamos a informação e damos a possibilidade aos bons profissionais ,que possam em apenas alguns cliques, oferecer um produto de qualidade aos seus clientes.

    Claro que esta regra serve para profissionais antenados, interessados, capacitados e que estão sempre procurando estar bem informados sobre os destinos e as tendências de nosso mercado.Normalmente são aqueles que não reclamam dos tempos difíceis, mas sim , estão sempre encarando as dificuldades como grandes desafios e buscam constantemente formas de se manterem atualizados e oferecerem aos seus clientes produtos com valores agregados, com qualidade e sempre aliado a uma ótima consultoria.

    Mas tem também aqueles que estão sempre dando uma choradinha e achando que agente de viagem tem dia contado…Você acredita que até hoje, ainda escutamos alguns agentes de viagens questionando ,ao capacitarmos os mesmos a utilizarem o sistema, que se é para fazerem uma cotação ou reserva por si só, preferem comprar do vizinho???Felizmente, estes casos estão virando exceção, pois os bons agentes seguem querendo ter autonomia e portanto, estão valorizando e aproveitando a oportunidade de terem todas as informações e insumos necessários a disposição para criarem seus próprios roteiros.

    • É Carla, infelizmente e felizmente vivemos no meio de uma era de tantas mudanças e de um setor que está a caminho de seu auge, mas ainda longe dele. É árduo, difícil, mas vai valer a pena.
      bjos e obrigado
      Artur

  • Interessante abordagem, Artur, e me fez reavaliar muito da minha experiência profissional na área de sistemas (que já vai para mais de 10 anos).
    Existem muitos sistemas disponíveis no mercado, verdade; e sem citar nomes ou casos específicos, vejo que cada sistema aporta uma nova variável a cadeia produtiva. Isso, numa análise mais profunda, amplia a gama de possibilidades e, ao meu ver, representa o lado positivo da competição.

    Ainda que cada agência/usuário tenha uma necessidade específica e que, por essa razão, um ou outro sistema seja mais compatível com suas necessidades operativas, acredito que, no final, existe uma grande defasagem no mercado brasileiro em comparação a outros mercados quanto ao tema (talvez pela problemática mais ampla relacionada a baixa escolaridade da população em geral – problema de longa data, de fato) – no Brasil, sistema não tem atributos de sistema; o sistema termina como o responsável pelos processos internos da agência, se torna o responsável das más negociações comerciais feitas pelas agências com os seus provedores, se torna o responsável pelos erros dos usuários, se torna o responsável de resolver os problemas gerados pelos usuários junto aos seus provedores… Se torna até mesmo o responsável sobre os problemas pessoais dos usuários, que congestionam linhas de suporte técnico para “conversar” sobre temas pessoais, que não estão relacionados em absolutamente nada referente a uma rotina de TI (e de fato, nem mesmo a questões profissionais).

    Enfretando, então, uma persistente desprofissionalização do mercado, não posso deixar de pensar em porquê se exige tanto de sistemas para que, no final, tão poucos usuários efetivamente explorem todos os recursos disponíveis.

    Claro, a evolução dos sistemas servirá àqueles que buscam os benefícios das últimas tendências de mercado, mas em sentido oposto, vejo que a grande massa dos usuários parece remar contra a corrente e ao inves de buscar apoio nos sistemas em como ser mais efetivos nos seus processos de vendas e/ou administrativos, buscam os sistemas para discutir como “os velhos tempos eram melhores” e como “os novos tempos são ruins”. Vejo que para estes usuários, os sistemas são encarados como os responsáveis pelas mudanças do mercado (e com grande ressentimento, de fato), mas não entendem que o mercado por si próprio muda e que os sistemas apenas reagem as novas necessidades ou mesmo exigências do mesmo mercado.

    Não raro vejo a resistência ao futuro gerar crescente frustração nos usuários, e nos casos mais extremos vejo casos de usuários migrando de sistema a sistema buscando um que adapte a Indústria aos seus desejos, mas essa cruzada nunca terá um final porque é responsabilidade do vendedor adaptar-se ao meio (principio base do darwinismo também se aplica ao mercado) e não o contrário.

    Acredito que os sistemas, de forma geral, caminham para plena automatização, onde usuários não serão mais necessários para que uma venda seja finalizada. Pontos direto de venda serão o foco do mercado e ainda que os canais de comunicação persistam, serão mínimos (sobre todos os perfis de agências). O agente que hoje rema contra a maré, acredito, não terá mais espaço no mercado de amanhã; amanhã este que se aproxima cada vez mais rápido.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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