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ALGUÉM PARA LIDERAR?

Que o Brasil não tem lideranças, vimos no discurso da presidenta Dilma como resposta às insatisfações amplas e irrestritas das ruas, nas pálidas contestações ou propostas da dita oposição, nas declarações perdidas e sem noção de parlamentares, governadores e prefeitos, no silêncio malandro do ex-presidente Lula, nas críticas mofadas do ex-presidente FHC… Cada um atira para um lado e quem deveria pairar sobre todos e decidir… parece mais presa e comprometida do que quem realmente está. O Brasil precisa de novos líderes.

E o turismo também.

Entidades continuam fingindo que assinam embaixo conjuntamente, mas o que vemos é cada uma pensando apenas no seu quinhão. O que não é errado e sim legítimo. Afinal, o presidente da Braztoa foi eleito para defender o seu negócio e o de seus associados, que o elegeram. O do Sindetur fala pelos patrões. O da Abear vê o ponto de vista das aéreas. O da Clia Abremar vê nos cruzeiros o principal vértice do turismo. E por aí vai… O da Abav tem o papel mais delicado, pois a entidade já teve uma força mobilizadora bem maior e hoje se segura em uma feira anual, mas, justiça seja feita, Antonio Azevedo vem tentando mudar isso… esperamos que não seja tarde demais, porém.

Falta, no entanto, um líder que consiga unir esses retalhos e fazer uma colcha bonita, forte e abrangente, como é a indústria do turismo. Seja uma entidade-mãe que tenha papeis específicos, como negociar o que é comum a todos e representar o turismo politicamente. Seja alguém de um setor que tenha uma visão mais apurada e que saiba que um pedaço da colcha ou dois ou três não aquecem o suficiente. E que uma colcha linda com um belo rombo no meio também causa os mesmos descontentamentos e enfraquece a cadeia.

Já tivemos nomes assim no turismo. Hoje não temos. Se temos, são empresários que, mais espertos e poderosos, se desencantaram, com razão, com a política associativa e resolvem eles mesmos seus problemas “maiores”. Temos bons presidentes setoriais, boas ideias, bons eventos. O que para alguns já é muito. Mas precisamos ir além.

Ainda agora recebi um press release do Sindetur-PR, com o temeroso título “Internet – aliada ou vilã, o dilema da venda direta”. E no final o comunicado informa que um grupo de trabalho será criado para “buscar a proteção das agências e dos agentes de viagens, profissionais que em tempos onde a internet era apenas uma promessa, eram a viga mestra das companhias aéreas e hotéis na comercialização de seus produtos”. Fiquei mais assustado e desiludido ainda com a política do turismo.

Algum empresário disposto? Algum jovem levantaria cartazes a favor de um turismo mais sólido e transparente, mais forte e rico, pois com isso o País ganha em empregos, desenvolvimento, arrecadação, imagem, produtos? Onde está nossa liderança anunciada? Até quando vamos esperar?

Ou o jeito é fazer como a presidenta. Na hora do discurso voltar aos lugares comuns da retórica eleitoreira? “Temos de fortalecer”, “Temos de profissionalizar”, “Temos de nos unir”, “Temos de fazer”… E, ao descer do palanque, seguir com a rotina de administrar um passivo que já é quase incarregável. O Brasil vai? E o turismo? Vai junto?

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

Comentar

  • Olá Artur,
    Excelente o texto, as críticas e o timing, que é seu forte, sempre.
    Em reunião do Conselho de Turismo e Negócios da Fecomércio, tive a chance de verbalizar que quem entoa o “vamos fortalecer”, “vamos nos unir” e “vamos nos qualificar” são, em geral, os que menos se envolvem praticamente nas questões.

    Um provável início para o caminho em busca da solução deste problema que você aponta é o reconhecimento da ignorância. Muita gente IGNORA a dimensão do turismo atual, a realidade, os impactos, a importância econômica. Esse setor não se apresenta à sociedade com dados confiáveis, não demonstra impacto, não justifica seus investimentos. É sempre visto como colorido, divertido e fútil. Quem enxerga isso antes, como você bem disse, está mergulhado em trabalho, analisando tendências e deixando os concorrentes lá atrás.

    Quem se pendura nas associações e faz disso bandeira, para mim, infelizmente, é quem não consegue demonstrar sua competência na sua área de origem. Em qualquer setor sério, quem pauta o governo são os interessados, e ao governo compete equilibrar os interesses econômicos aos interesses sociais e à justiça social.

    Em resumo: ainda falta muito aprendizado para que se consiga chegar onde você gostaria (e eu também).

    Sigamos!

    • Mari…
      por aqui, não descansaremos. O turismo pecisa de um salto quantitativo (potencial de viajantes, falta de produtos, falta de visitantes) e qualitativo (serviço, educação, infraestrurura), e sem uma liderança que organize as pontas, vamos continuar nos encontrando para dar tapinhas nas costas, cada vez mais com sorriso amarelo…
      Sigamos

    • Mari Aldrigui e Artur,

      Concordo em gênero, número e grau com suas palavras.
      Infelizmente nossa área de atuação e pesquisa ainda (infelizmente) navega pelos mares da ignorância nos olhos dos muitos. Enquanto não for creditada a devida importância econômica e social do turismo, ainda seremos vistos de maneira “colorida, divertida e fútil” (emprestando as palavras da Mari).

      Mas ainda tenho esperança, e acredito piamente, que este momento de reconhecimento irá chegar.

      Continuamos na batalha.

      Grande abraço,

      João Felipe Souza

  • Oi Artur,

    Saudades de você!
    Inspirado este seu texto seu, eu gostei muito e acho que voce tem toda razão, merecemos uma liderança. Somos uma indústria muito importante!
    Não seria no ministério este lugar? Não precisa responder……
    Enfim, só passei para te apoiar e dizer…..nunca desista, um dia chegamos lá!
    beijokas,

    • Acho que não é no ministério que essa liderança tem de estar não… Ela tem de ter mais mobilidade, menos comprometimentos… Para o governo, turismo é supérfluo. Ou quando tem problema turismo é aviação, turismo é hotel caro, turismo é greve de aeroviários… Não dormiremos no ponto!! rs
      beijos e obrigado

  • Prezado Artur,

    Bom dia!

    Precisamos desta força, precisamos desta liderança que lute por um interesse mútuo e sem privilégios pessoais, pois no final todos sairão ganhando, principalmente o nosso país.

    Apoio suas palavras!

  • Bom Dia, venho acompanhando o Site do panrotas assim como todos os blogs listados no site e realmente, Todos estão de parabéns pelas sua postagens. mas nos ( Trade) acho que esta precisando tambem de uma passeata, protesto pelos direitos, pois anda sem rumo há varios anos.

  • Prezado Artur,

    Cada uma das entidades, como você bem escreveu, veem do interesse específico de um segmento e, claro, o de seus associados. E se tem associados, deve-se a razão da existência daquela “Entidade”. Até a virada do Século XXI, éramos divididos, basicamente, entre ABAV e BRAZTOA. Observando que a maioria delas, foram criadas neste século, nota-se que o que antes deveriam ser braços de uma forte e representativa ABAV, os respectivos responsáveis de cada uma, preferiram partir para defender seus próprios interesses, de forma mais rápida, objetiva e menos burocrática. Vê-se, claro, que cada uma tem associados de porte, grandes agências em seus segmentos, restando para a ABAV, os mesmos grandes, e a massa que a compõe, que são as pequenas agências, mas que não se sentem nela representadas. Pergunte à estas agências, o que realmente pensam de sua Associação e quais os reais benefícios além de um número que lhes dê maior credibilidade diante de alguns clientes. Aproveite na mesma pesquisa, para questionar como ela estaria disposta a ajudar a melhor desenvolvê-la… Nessa 2ª parte, as respostas poderão ser ainda mais desanimadoras.
    Observando de fora, parece-me até que foi algo aos poucos orquestrado e imaginado, com a ideia de enfim evitar as constantes divergências daquela que polarizava quase todos, de deixar mesmo fragmentar, dividir para enfraquecer, para “lá na frente”, mostrar-se como redentora, como o único caminho. Se assim foi pensado, o tiro no escuro, acertou ao próprio pé, pois cada uma delas tornou-se ainda mais robusta e representativa do seu respectivo segmento, e a grande, enfraquecida em sua representatividade perante todos, mas ainda é “a maior”, foca as suas atenções quase que exclusivamente na sua Feira Anual, como você também bem salientou… Eu mesmo, anos atrás, bem sabe que tentei juntar um grupo de pequenos agentes. Porém, percebi que estes têm a representação que bem merecem, dada a sua inércia, inépcia, falta de conhecimento, de informação, comodismo e várias outras mazelas. Pior ainda, foi ter acreditado nas palavras do então vice-presidente da ABAV-RJ, que não seria uma boa ideia , dividir ainda mais, com uma nova associação pois, afinal, havia um discurso similar sobre a questão de maior divergência na época, que era o comissão das cias. aéreas. No espaço de um ano e meio, veio o que seria o maior engodo, vendido como o Maná dos Céus, que foi a criação da Taxa D.U, nos moldes atuais, onde as cias. aéreas podiam vender diretamente ao cliente, com valores menores do que nós agentes.
    Resumindo, o discurso de união de entidades, é muito bonito no papel e nas fotografias do PANROTAS e de outras; na prática, todos internamente fortalecidos, creio que não desejam abrir mão de sua força, o que não lhes tiro o mérito, em prol “Da Causa” comum de UM TURISMO FORTE E REPRESENTATIVO. Claro que somos todos parte de uma indústria que gera muita receita. Infelizmente, creio porém, que enquanto todos não vierem ficar enfraquecidos por políticas econômicas mais adversas, o diálogo de união em torno de um nome, de fato e isento de interesses específicos e próprios, que tenha bom trânsito entre todos, seja algo entre o muito difícil, utópico, e o improvável. Enquanto a política e os favores isolados forem maiores e mais fortes que a percepção de que a força de uma verdadeira união, seriam fundamentais para a transformação do TURISMO no Brasil, com setores fortes e bem estabelecidos e, principalmente, devidamente bem representados, ficaremos apenas no discurso. Separados, ainda que fortes isoladamente, somos fracos, nada conseguiremos no Poder Central. Eu tenho um nome em mente, daquele que poderia aglutinar tal “liderança transformadora”: Luís Vabo.

  • Excelente texto.
    O que falta nesse país e principalmente no Turismo, são leis que definam os direitos e deveres desse setor, que ao que me parece esses conceitos estão esquecidos pelos nossos empresários. Como você bem falou Artur cada um deve garantir o seu quinhão, mais onde está a ponte chamada SUSTENTABILIDADE?? Pois muitos acreditam que esse conceito aplica-se apenas “ao verde”. Como garantir a existência de um setor( agenciamento) que não possui, na maioria das vezes, parceiros? Como vc mesmo disse, cade os lideres do turismo para tirar a ideia ridícula que a internet é um monstro? Monstruosidade é o que nos estamos permitindo que seja feito. INTERNET em que ser mais fiscalizada SIM. Pois o passageiro é lesado na maioria das vezes acreditando que que na empresa.com a tarifa esta mais barata, no entanto a menor DU que eles cobram é de R$53,00!! E o consumidor sabe o que é isso? Na maioria das vezes não. A agência é obrigada a descriminar no bilhete todas os valores cobrados. Pq a empresa.com não faz isso tbem.
    Deve existir uma maior fiscalização pelo governo para que apenas empresas serias permaneçam no mercado, independente se ela é física ou online.
    E quem deve mudar isso? NÓS!
    Acabei de fazer minha monografia sobre a parceira, na verdade, a falta dela, entre as agências e as cias. aéreas. O que pude perceber, e que muita gente já sabe, é que cia. aérea faz o que lhe for mais conveniente, pois não existe regulamentação correta sobre as suas tarifas. E quanto as agência que sofrem com o bichão papão da internet, que na verdade nem é. Bem que a ABAV poderia fazer mais ações para abrir a cabeça dessas pessoas e lutar por uma maior fiscalização do online.

    #ACORDABRASIL
    #PROCURASEUMLIDER

  • Artur sempre polemico acaba por provocar e de forma direta ajudar a impulsionar os temas para uma discussao importante.
    Nao vi nenhuma das liderancas comentando mas sei de forma geral que todos em maior ou menor grau apoiam esse tema de uma maior uniao e em diversos momentos demonstraram de forma clara essa intencao de trabalhar juntos em prol do turismo.
    Em meu pouco tempo nesse papel dentro do universo das associacoes busquei unir forcas e de certa forma tive uma resposta positiva por parte dos outros lideres no setor.
    Fizemos uma parceria importante com o FOHB, com a ABAV tratamos de questoes de treinamento e promocao.
    Com a Braztoa tratamos de relacoes governamentais e tambem falamos sobre eventos e promocoes conjuntas, inclusive apoiando a Turismo Week.
    Suficiente ? Longe disso, mas um bom sinal e indubitavelmente existem interesses de cada uma das associacoes e prioridades que nao sao necessariamente conflitantes mas tomam o foco da agenda dos lideres e de cada uma dessas entidades que representam seus segmentos de atuacao.
    Nao acho que chegaremos a uma integracao de interesses comuns mas varios assuntos podem e devem ser tratados de forma que a sinergia entre esses lideres traga beneficios ao Turismo.
    Dentro da obviedade do tema nao deixo de lembrar que a integracao de cada parceria citada acima foi noticiada pelo Panrotas, seja Fohb, Abav, Braztoa, sem falar no artigo do Eduardo Nascimento que fala claramente sobre isso.
    Mas alguem ja disse e eu repito, um presidente nao faz o que quer, faz o que pode dentro das circunstancias do seu tempo.
    Estive em Brasilia 2 vezes junto com Marco Ferraz no mes passado tratando de interesses comuns das associacoes, estive com o Eduardo Sanovicz na semana passada em uma audiencia publica no senado sobre a Copa do mundo e Olimpiadas e depois estive com o Ministro dos Portos, mas nessa reuniao nao acho que as outras associacoes teriam interesse, existem assuntos comuns e outros unicos de cada associacao e vai ser sempre assim.
    Com a CLIA tenho visto como eles estao proximos da WTTC e isso acaba sendo muito positivo.
    Me parece que todo mundo tem opiniao sobre esse tema, mas lembro que a grande maioria desses lideres voluntarios trabalha pro bono acumulando suas atividades seja como empresarios, seja como executivos, sem usufruir das beneses de outrora que essas posicoes um dia ofereceram, dessa forma o limitado tempo e as viagens dentro de um regime de dedicacao nao exclusiva acabam por colocar uma responsabilidade da qual a maioria tem preferido nao partilhar.
    O Conselho Nacional de Turismo deveria ser em teoria o forum de uniao dessas liderancas e integracao com o governo atraves do Ministerio do Turismo, mas claramente o atual modelo nao esta funcionando como poderia.
    Fica a sugestao ao Panrotas de organizar um Forum de Lideres do Turismo.
    Me perdoem os erros mas estou no aeroporto em um teclado internacional acentos etc… E aguardo a data do forum comArtur como mediador.

    • Pode contar com isso, Ricardo
      Acho que nossos líderes não gostam muito de se posicionar, “dar a cara para bater”. Mas o povo tá na rua… É hora de, no mínimo, ir com eles
      Te mantenho atualizado
      Vc em aeroporto? Surpresa maior seria em um navio
      Abraços
      Artur

  • Prezado Artur,

    Esta questão da Internet é interessante: parece que de repente surgiu um monstro com poderosa e letal arma química para aniquilar os agentes de viagens. Mais de 10 anos se passaram – surgimento da Gol – divisor de águas e que gerou o grande alerta sobre as vendas neste novo ambiente, boa parte das empresas ainda está no “chororô”. Estão disponíveis no mercado variada soluções on-line (a partir de R$ 100,00 mensais, isto mesmo cem reais, e com investimento total abaixo de R$ 1.000,00 – mil reais) para qualquer porte de agencia de viagens, mas elas ainda ficam na resposta à uma consulta por e-mail: “Responderemos em até 48 horas, ou no menor prazo possível, que dificilmente é inferior a este”. Enquanto isto, as OTAs, que não precisam ser nenhuma potencia empresarial, vão faturando numa boa, com 2 bases muito simples:
    1. Trabalham 24 x 7; para quem não sabe o que isto significa,nunca fecham.
    2. Dão autonomia ao cliente, permitindo pesquisar, reservar, pagar e emitir o voucher, seja no Sábado à noite, na 5a. feira de madrugada, ou em fora de sua casa ou local de trabalho.
    O agente de viagens poderia, perfeitamente, dar esta mesma facilidade ao seu cliente, aliando a validação da sua presença física e, em especial o relacionamento, ausente nas empresas meramente virtuais. Ou seja, o cliente compra on-line e ainda tem a garantia de um profissional para eventuais problemas.
    Mas, parece que a “ficha” ainda não caiu… Quem sabe um dia…

  • Olá, Artur:

    A resposta para a questão que você apresenta, de maneira mais que oportuna: “Alguém para liderar?”, espelha uma dificuldade comum a todos, em qualquer área de governo, setor e, por isso mesmo, também no turismo. Creio que todos nós estejamos vivenciando um aparente paradoxo, que em boa parte podemos atribuir ao atual estágio de interação aprendido com e nas redes sociais.

    Ao mesmo tempo em que é possível livremente expressar o que pensamos ou curtir aquilo que gostamos; criticar a quem quer que seja; enfim, como temos ao alcance de alguns cliques o poder de compartilhar tudo aquilo que queremos, na velocidade imposta pelo on-line, todos sofrem de um mesmo mal. Ou seja: a falta de tempo, o bem mais precioso da atualidade, como me disse certa vez Chieko Aoki.

    A avalanche das informações, fontes, dos dados e fatos que são processados cotidianamente, parece atuar em favor da dispersão do foco, da objetividade e, consequentemente, na dispersão das lideranças.

    Ofuscadas pela profusão de opiniões, as perspectiva individuais prevalecem e dissipam a força da união e o valor da representação.

    No Facebook, a maior mídia social da atualidade, inúmeras são as relações de motivações variadas que se constituem e se desfazem, sem reserva de espaço e de tempo às de interesse coletivo, uníssonas, verdadeiramente direcionadas à edificação do que possa, de fato e de direito, representar o bem comum.

    De fato, vivenciamos um vácuo de representatividade e não podemos confundir lideranças legítimas com popularidade, nem com volume de audiência, número de curtidas ou outras métricas vigentes no ambiente virtual. Preocupa constatar também que liderança e quantidade de votos, pressuposto para o estado de direito, estão mais distantes ainda uma da outra.

    Como cada um manifesta as suas ideias com total liberdade de expressão para abordar temas diferenciados, com enfoques que são particularizados, creio que o desafio coletivo colocado a todos é, inicialmente, começar a separar o joio do trigo. É selecionar com embasado critério de relevância o que realmente deve e pode ser priorizado e aprazado. É definir, com transparência e princípios éticos, quais são as atribuições de cada um e exercê-las. É por fim a impunidade. É resgatar a credibilidade das autoridades reconhecidas por sua competência.

    A maior e melhor feira do setor de viagens e turismo, protagonizada pela ABAV, em parceria com Abracorp, Abeta, Braztoa entre muitas outras entidades e órgãos nacionais e internacionais, não constitui um fim em si mesma. Mas é o palco ideal para promover o congraçamento de todos e, de maneira presencial, aproximar o poder público da iniciativa privada; os consumidores dos agentes de viagens e, por isso, permite transformar oportunidades em realizações efetivas.

    Neste sentido, compartilho a seguinte frase de uma novelista autodidata britânica Mary Ann Evans, de pseudônimo George Eliot, que nos instiga à reflexão: “Nunca é tarde demais para ser aquilo que sempre se desejou ser”.

  • Olá Artur,

    Fato é que as cabeças pensantes da nossa indústria estão defasadas, vivendo de passado e ainda de pé no pedestal da grande época gloriosa das agências de viagens no século XX. O Século XXI começou a treze anos e o futuro está aí, cada vez mais dinâmico e constante, precisamos ter a regulamentação da profissão e uma entidade que responda por todos os segmentos, que pesquise novas formas de negócio, que forneça números e estatísticas do setor, uma entidade que realmente entregue uma base de dados que justifique sua atuação e que desperte nas agências o interesse de filiar-se.

    Hoje somos filiados nas entidades, sem praticamente nada em troca, apenas para dizer que somos filiados.

    Abs

    Carolina

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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