Algumas notícias recentes de nossa indústria, e até de fora dela, me acenderam questões, que, já vou dizer de cara, não faço ideia das respostas para elas. Talvez a melhor seja: cada caso é um caso; cada cabeça, uma sentença; cada um com seu cada um e por aí vai.
Mas afinal, o que vale para uma empresa de turismo: pessoas OU tecnologia? Seria o uso de “OU” o grande erro da questão?
Funcionário antigo é caro para uma empresa? Mas se é “caro”, a culpa é da empresa OU do funcionário? Mais uma vez o “OU”… o que é ser caro? Você é dos que trocam um de 40 por dois/duas de 20?
Um bom exemplo é o mundo do entretenimento. Imagine a Rede Globo, que tem de apresentar caras novas a cada nova novela, mas também depende dos medalhões, dos rostos conhecidos, para atrair o espectador cada vez mais inconstante… Seu banco de talentos é enorme e só não é maior porque não há concorrência nessa área artística para ela… A Xuxa na geladeira é cara para a Globo? E o que ela fatura internacionalmente para a Globo? E os produtos em parceria? E as oportunidades que ainda não são vistas?
Funcionários antigos devem ir para o museu? Vimos casos em que sim, foram, mas para “museus de grandes novidades”, como cantou Cazuza. Porque o tempo… o tempo não para para ninguém.
Um diretor novo deve confiar em funcionários antigos ou refazer a equipe? Com um bom sistema ele garante que os novos darão conta? Mas se funcionário antigo não presta para que assinar acordo de não competição?
Uma OTA é só sistema? Google é só tecnologia de busca? Não há talentos no banco? É banco de quê?
Com tantas dúvidas, diria que cada caso é um caso. E cada decisão tomada, uma nova etapa para frente ou para trás. Os casos mais notórios do turismo, para mim, são os da CVC e da Tap. No primeiro, a perda de talentos e a ida e volta de Valter Patriani foram sintomáticos. Paralelamente, a Decolar crescia. No caso da Tap, a chegada dos brasileiros defenestrados da Varig, fez e faz a diferença.
Há casos opostos, claro. Grandes talentos anunciados, que acabaram afundando as empresas. Demitidos que foram brilhar no quintal do vizinho (como os próprios brasileiros da Tap).
Tudo é relativo. Menos as decisões. Que, quase sempre, são definitivas. Quase sempre (ou seja, nem sempre).
AOS VELHOS, MUSEU; AOS CLIENTES, TECNOLOGIA http://t.co/zTrNSyuF0o
Artur, na verdade foi-se o tempo em que um mesmo conceito se aplicava a tudo OU (rs) que poderia se generalizar qualquer coisa…a dinâmica é essa e talvez daqui a 5 minutos não seja mais…
Concordo com você Arthur, hoje não damos mais valor a pessoa e ai acabamos perdendo ótimos funcionários.
Valorizar é sim oferecer uma boa gratificação, benefícios,afinal se não valorizarmos vamos sempre ter que buscar outros profissionais.
Oi Arthur, a questao nao e idade…questao e competencia… e atualizacao….cara mandei muita gente embora pq ta desatualizado com o mercado….atualizacao e tudo hoje ate o vendedor…o cara se nao sabe fussar e brigar e ter algumas manobras de driblhar vai perder venda….estamos no mercado do futebol malandro…ja viu neh …entao a questao nao e idade …questao sempre e 3 coisas:
1- personalidade “Sabe liderar e sair na frente ”
2- atualizacao
3- competencia
isto completa a tecnologia…nao adianta dah tecnologia pra quem nao sabe ou nao entende….
Olá Artur, boa tarde tudo bem?
Tenho acompanhado seu blog atentamente, muito embora não sendo frequente as minhas participações em algumas discussões.
Mas um post do mês de fevereiro ainda tem me chamado a atenção tamanho o nível de importância nele traçado.
Tenho estado em constante preocupação com o assunto abordado no post (embora antigo) – PROFISSÃO: AGENTE DE VIAGENS — DESABAFO OU DESALENTO? (Joji Kato)
Inclusive sendo este o tema de uma discussão bastante satisfatória que tive por estes dias.
As declarações sintetizadas no post e os comentários elaborados pelos colegas são riquíssimos em informação, podendo abranger uma discussão muito maior.
Além do que, vejo uma certa semelhança entre este atual post (com menções tecnológicas) com o post do caro Joji.
Proponho (humildemente claro) que se abra uma novo fórum de discussões sobre o que o futuro reserva para nós agentes de viagens “físicos”, para que possamos ampliar o network gerado na discussão passada, pois acredito que a nossa piscina ainda não esteja cheia de ratos, o tempo não para!
Abs.
Parece que tem algum novato ou burro velho na AA e na DL que cortam o acesso a disponibilidade em sistemas como Galileo e Sabre para agências sem IATA; O mais incrível é que os envolvidos negam veementemente que a prática não ocorre #todoscomentamnabocapequena
Eu penso que o custo da escolha imposto por tantos “Ou’s” poderia ser substituído pelos ganhos dos “e’s”.
Li a um tempo uma matéria do NYT, de 2012, falando sobre o papel do Agente de Viagens no mercado atual. Por lá eles crescem após 10 anos de quebras devido a tecnologia. Hoje eles se adaptaram, e a usam como vantagem competitiva.
Sei que é assunto batido, mas abaixo compartilho um link de matéria que saiu antes da Copa. Gosto sempre de traçar paralelos com o esporte, porque eles escancaram sucessos ou falhas em estratégias mais claramente do que no mundo dos negócios.
A estratégia da Alemanha foi misturar experiência e juventude. Ah, e tecnologia, é claro! A Alemanha investiu em tecnologia para auxiliá-los na tomada de decisões.
Empresas que saem na frente hoje, TODAS, de qualquer segmento, sem exceção, tem feito isso!
Experiência “e” juventude “e” tecnologia. Essa é a melhor escolha!
Segue links de reportagens sobre o tema:
http://www.publico.pt/desporto/noticia/a-juventude-e-a-experiencia-sao-a-chave-para-a-confianca-de-joachim-low-1638409
http://www.gazetadopovo.com.br/copa2014/conteudo.phtml?id=1482983
Abraços.