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APESAR DE VOCÊ

Lendo artigos da Época e da Veja, dos jornalistas Ruth de Aquino e J. R. Guzzo, ouvindo as pessoas nas ruas, os empresários de turismo, os turistas nos hotéis, os motoristas de táxi… a conclusão é uma só. Continuamos contando apenas com nós mesmos, como empresários, executivos, funcionários, cidadãos, contribuintes, pensadores, críticos ou mero observadores, e talvez também com a sorte e a providência divina, para continuarmos tendo êxito e um ano produtivo e ainda esperança em um futuro melhor. Porque se dependermos do que autoridades públicas, em qualquer esfera, façamalgo para melhorar nossas vidas, chegaremos a dezembro secos como uvas passas, sugados até a raiz, pisoteados e ainda com a possibilidade de estarem rindo de nossas caras.

E isso vai além da boa intenção. Não entra na cabeça de qualquer um com um átimo de lucidez os rumos das coisas em nossas cidades, Estados, País. Talvez as urnas acenem com algo, mas quais as opções? Enfim, como nós do turismo já sabemos há décadas, estamos entregues a nossa própria sorte. Há dez anos temos uma pasta com nosso nome e nada mudou em nossa indústria por conta de ações vindas do governo. Absolutamente nada. Se melhoramos, não há dúvida, é porque temos em nosso meio empreendedores, de todos os portes, conhecedores que sabem o que fazer, e produtos que atraem o interesse interno e externo a despeito da falta de estratégia oficial para ajudar nesse desenvolvimento.

Com ou sem Copa ou Olimpíada (e o governo demorou até o último minuto para investir corretamente nesses eventos), vamos voar mais, nos hospedar mais, comer mais fora (enquanto os impostos governamentais permitirem), comprar mais no Brasil e no Exterior, nos divertir mais… apesar do esforço das autoridades para que tudo dê certo apenas para eles. Ou apesar do desconhecimento, do descaso e do desalinhamento dessas autoridades em relação a uma indústria que ajudou a segurar a Europa e os Estados Unidos no auge das piores crises. Talvez tenhamos mesmo que abrir os céus para empresas estrangeiras, para que, lá na frente, nossos (des) governantes vejam o estrago que fizeram por causa da busca da popularidade e da manutenção da ignorância entre a população. Mas acho que nem assim… pois eles voam de FAB. De graça. E riem de nós. Não serão afetados. Eles investiram em estradas, e não em aeroportos e trens. Eles não sabem o que fazem. Eles assistem aos eventos na tribuna de… honra?

Há esperança? Sempre. Basta olhar para os inúmeros exemplos em nossa indústria. Há bons políticos? Claro, mas não há continuidade e a roda, a cada nova “(re) invenção” sai mais quadrada, inadequada e milionária.

Feliz 2014. Nós sabemos que vai dar certo (e que vai ser difícil). Apesar deles…

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

Comentar

  • Bom dia Artur e bom ano novo,

    A cada ano vejo que nossa situação só piora, em todos os aspectos. Não ha investimentos em infraestrutura, educação, transporte, em nada.
    Desde o início do governo desse partido, só o que vemos é o repasse de grande parte dos impostos que pagamos para bolsas assistencialismo, compra de votos, corrupção e grandes desvios de dinheiro.
    Quando você diz que ha políticos bons, eu discordo, pois na politica ou entra no “esquema” ou está fora.
    Hoje não temos governo e muito menos oposição, e fora da mídia que é sustentada pelas campanhas publicitarias das estatais, a realidade brasileira é bem complicada.
    Só nos resta aguardar que as urnas eletrônicas, únicas no mundo, sejam substituídas por cédulas, pois caso isso não ocorra só nos resta especular quem votou no atual prefeito….

    Abs

    Eduardo

  • é isso Artur, sempre levando “tranco” pois tendo passado na aviação, hotelaria, receptivo e agora exportando do Rio, pouco mudou nestes anos, por tudo que você resumiu.
    mas pense que se no dia a dia do povo as leis tem pouco respeito e eficiência, como simples atos de jogar papel na rua, ou parar na vaga de deficiente, imagine quando chegam no alto, por que respeitar!! é o que vemos.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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