“Qual a próxima?”, pergunta a reportagem de capa da revista PANROTAS desta semana.
Erramos. Ato falho. A pergunta deveria ter sido: “Quais as próximas?”.
Afinal, o próprio presidente da CVC Corp, Luiz Eduardo Falco, que se prepara para deixar o cargo em dezembro deste ano, anunciou, no final de 2017, no chamado CVC Day, que em 2018 a empresa iria se internacionalizar. E aquisição é a melhor forma para isso.
Segundo algumas fontes de mercado, Chile e Argentina são questão de tempo para o anúncio oficial. México e Portugal não devem ser descartados. A CVC vai, enfim, brigar de “igual para igual” com a Despegar.com, que já está em toda a América Latina, com vendas anuais de cerca de US$ 4,4 bilhões (contra cerca de US$ 2,6 bilhões da CVC Corp, que atua somente no Brasil).
Mas depois da compra da Esferatur, a fome de adquirir empresas no Brasil não acabou. Muito pelo contrário. Falta ao portfólio da CVC Corp uma TMC pura (por mais que nos balanços Rextur Advance e Trend apareçam como “corporativo”, não são TMCs e sim consolidadoras que atendem pequenas e médias TMCs), uma operadora de luxo, empresas de nicho que fujam da oferta “pacotes para a classe C”, entre outras empresas, ficando apenas no ramo da distribuição.
A cada semana (ou dia) a gente recebe informações do tipo: “sabia que a CVC está comprando fulano?”, “CVC está com due dilligence na empresa tal”… E já abordamos o fato de que, por vários motivos, os empresários querem passar suas empresas pra frente e aproveitar a vida no Exterior, depois de tantos dissabores da política e da economia do nosso querido Brasil. Querem vender, mas comprar é difícil… Informalidade, preço e realidade de mercado, passivos trabalhistas são algumas das variáveis…
A informação da vez é que a CVC Corp vai dar uma cajadada e matar dois coelhos: uma empresa que é uma TMC mas atende também o público high end.
Façam suas apostas, sabendo que a CVC Corp já conversou com meio trade (ou seria o trade inteiro?).
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