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Dia a dia

BEAUTIFUL DAY

Ia escrever hoje sobre consolidação. Neve. Vulcão. Sobre o preço da honra. Traição.

Mas acordei com música e céu azul. Ouvi Caetano, Milton, Bublé e Maria Gadu. Até Ultraje a Rigor. Toni Platão. U2… O poder da canção.

Bom sábado a todos.

O dia está lindo.

VALENTINE’S DAY

Os dias que passo sem você jamais serão resgatados, compensados, consolados. São desde já e para sempre dias sem você.

Até que chegue esse dia nosso, preencho meus dias com projeções, planos e desenhos… Pura fantasia.

As noites que passo sem você serão para sempre mal dormidas, perdidas, vazias. Noites ocas. Nem sonhos, nem pesadelos. Nem você.

Até que chegue a noite de nossa euforia, preencho minhas noites com sombras, vultos, barulhos. Fantasia pura.

Então me levanto num pulo e me lembro do sonho.

Nele, eu já sei dormir com você em minha ex-cama vazia. Você sorri. Ruboriza. Suspira. Vira de lado, olha em meus olhos e diz: amor, bom dia.

PÁSCOA

Não adianta dizermos que de nada nos arrependemos. Isso não existe. Mas também não adianta dizermos que faríamos algo diferente. Faríamos tudo de novo.

Então agora é aceitar e seguir adiante.

Olhar perto. Próximo.

E deixar para lamentar-se nas noites mal dormidas. Pois sabemos que sempre acordamos com amnésia.

O sol cura tudo. A luz cura tudo. O tempo cura tudo. Mesmo com tudo guardado lá no fundo. Pronto para nos assombrar.

Temer faz parte. Lamentar também.

Mas, nesse tempo estranho que escolheram para mim, tempo que me dá o direito de escolher doenças, violências, tolas experiências e pouco mais que isso, é o mal menor. O menor dos males.

É tempo de ficar parado e nada fazer. Não fixar o olhar.

Não nos identificarmos com esses pontinhos sobre superfícies impenetráveis. Espectadores e expectorantes.

Nós somos os pontinhos. Então, escolhemos não escolher? Ou não há escolhas?

Sempre há. Sempre haverá. Seja para quem espera um novo Salvador. Seja para os que querem eles mesmos salvar o que não tem salvação. (Nem nunca terá)

Pontinhos pontinhos pontinhos.

Cada um que complete os seus.

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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