Que no mundo todo o turismo regional é fundamental para o sucesso de um país como destinos turístico, todo mundo sabe e age nesse sentido. Por isso, é mesmo para comemorar termos chegado a 1,4 milhão de turistas argentinos no ano passado, além de termos acusado ótimo crescimento de chilenos, uruguaios e paraguaios. A Argentina é nosso maior emissor, o Uruguai o quarto e o Chile já é o sexto. A Embratur sinaliza que deve continuar investindo na América do Sul, que compensa no volume a média mais baixa de gastos em relação ao turista de longa distância, o que também é comum em diversos destinos.
É na longa distância, aliás, que estão os principais gargalos brasileiros. Quebra da Varig, encarecimento do País, que perdeu competitividade para outros destinos, aquecimento do emissivo (o que compromete os lugares nos voos internacionais para o Brasil), crise mundial de 2008/2009, crises pontuais de alguns mercados, como Portugal… São muitas as explicações. A pergunta é: há jeito de recuperar os turistas perdidos?
Em 2005, o Brasil recebeu 793,6 mil americanos. Em 2009, foram 603,7 mil. Só houve recuperação, modesta, em 2010, chegando a 641,4 mil. Ou seja, comparando com 2005, ainda estamos defasados em 150 mil turistas americanos. E nós já somos 1,2 milhão de brasileiros nos Estados Unidos. Também chegamos ao fundo do poço, com 300 mil brasileiros no país, mas os EUA, mesmo com um visto difícil de ser tirado, conseguiram recuperar. Fora que somos os turistas que mais gastam individualmente nos Estados Unidos, o que comprova outra tática dos destinos: o dia a dia e o vlume são garantidos pelos vizinhos, mas o turistas de qualidade, que gasta mais, está na longa distância. Não dá, portanto, para abandonar mercados nobres, mesmo com os vizinhos em crescimento.
Em 2005, os italianos eram também um dos principais emissores para o Brasil, como no ano passado. Mas se em 2010 recebemos 245,5 mil italianos, há seis anos eram 303 mil. Quase 60 mil a mais.
Com os alemães, o mesmo. Em 2010 fora 226,6 mil. Em 2005 eram 308 mil. Uma defasagem de 80 mil. Ou seja, ainda não recuperamos os alemães perdidos ao longo do caminho.
Em 2005 recebíamos 263 mil franceses e 357 mil portugueses. Em 2010 os franceses foram 199,7 mil e os portugueses 189 mil. Perdemos metade dos portugueses em seis anos. E com a crise atual no país será mais difícil ainda recuperar isso.
Entre os espanhóis uma boa notícia: eram 173 mil em 2005 e foram 179,3 mil em 2010. Um crescimento pequeno, mas ainda assim um índice positivo. A Inglaterra teve o mesmo comportamento (169,5 mil em 2005 e 172,6 mil no ano passado) e a Holanda segue a regra de queda: 75,5 mil em 2010 contra 109,9 mil em 2005.
O número de canadenses também caiu em cinco anos: de 75,1 mil em 2005 para 63,2 mil em 2010.
Todos os números constam no site da Embratur, de onde retiramos os dados.
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