As crianças e adolescentes que já amam Nova York têm mais um bom motivo para ir à cidade com os pais e amigos. Spider-Man: Turn off the Dark, no Foxwoods Theater (na rua 42) é a mais nova aventura dos teatros da Broadway. E aventura é a principal palavra. Apesar de ser vendido como musical, incluindo canções originais de Bono e The Edge, do U2, o espetáculo vale mesmo pelas cenas de ação. O Homem Aranha e o Duende Verde duelam sobre nossas cabeças e a cada voo a plateia vai ao delírio. Uma dezena de dublês se alterna nas cenas, então é possível que o Spider-man entre por trás de um prédio e no instante seguinte saia do mezanino do teatro. A primeira cena em que ele voa sobre a plateia, aliás, é histórica.
Os cenários também são bem criativos e evocam tanto os quadrinhos, como alguns filmes e espetáculos da diretora Julie Taymor, como Across the Universe e The Lion King. Atores jovens e bonitos, figurinos coloridos e bem no espírito da história e os efeitos especiais fazem dessa aventura do Spider-Man um programa obrigatório. Mas é bom ir sabendo que Bono e The Edge ficam devendo, e muito. Esqueça as músicas (preste atenção apenas nas letras, que contam parte da história)… Ao final, você se lembrará apenas dos voos do Homem Aranha sobre sua cabeça. Para ser justo, a música das cenas de ação e as instrumentais estão muito boas e dão clima ao espetáculo… E com uma pegada U2. Vale o ingresso pois as cenas de ação são algo inédito na Broadway.
Por falar em música e programa para a família, a outra grande novidade da Broadway é Priscilla, a Rainha do Deserto. É o famoso filme australiano transposto para o palco. Não há como não gostar.
As canções são todas conhecidas, de Madonna a Gloria Gaynor, mas não há tantos efeitos como em Spider-Man ou The Lion King. A força está mesmo nas canções e nos atores, muito bons, apesar de não serem os melhores cantores do mundo. A temática, como se sabe, é gay e caricata, mas agrada a todas as gerações. E na sessão em que fui, o ator-mirim do musical roubava a cena. A coisa mais fofa, cantando com o pai, uma das drag-queens…
É daqueles espetáculos de onde saímos leves e cantando…com vontade de dançar, beijar na boca, ver apenas o lado bom da vida…
Mais um espetáculo imperdível (está no Palace Theater, em plena Times Square). Vale sair do Brasil com os ingressos na mão, pois as sessões estão bastante disputadas. Também é bom afiar o inglês, pois as piadas de Priscilla são muito boas, mas com aquele sotaque australiano que pode complicar um pouquinho. Ok, mates?
E por fim, mas não menos importante, sempre que for a Nova York vale dar uma olhadinha na programação de shows, jogos e eventos especiais. Além da Parada da Macy’s, consegui ver o show do The Cure. Três horas em que a banda repetiu, na sequência, três discos da década de 80, e ainda um último bloco só com sucessos… Just perfect (já as fotos….tsc tsc tsc)
Artur
Você já fez um tour com THE RIDE??? Tivemos o prazer de ir com Guto Rocha, Heloisa Prass e toda a turma do Pmweb Hit The Road e é sensacional!
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Bjoo