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Cadê o agente de viagens que estava aqui?

Esta semana o presidente da Abav Nacional, Edmar Bull, deve anunciar novidades para a Expo Abav, que a gente chama mesmo de Feira da Abav, e que ocorre em setembro no Expo Center Norte. Novas áreas, novos formatos, nova programação, mas principalmente o óbvio: parcerias com a Braztoa, Aviesp, Abracorp e Air Tkt tendo como missão levar profissionais da indústria para o evento, sejam eles agentes de viagens (ou consultores ou travel advisors ou travel planners ou qualquer outra denominação em voga), operadores, consolidadores, gestores de viagens corporativas, TMCs, OTAs, organizadores de eventos… Isso porque o que o expositor quer (e é por isso que ele paga – caro – para estar, por exemplo, na Travelweek: por audiência qualificada – e é o que recebe) é comprador. De qualidade. Interessado. Com potencial de negócios. Quantidade não quer mais dizer nada e a WTM deu um passo à frente ao divulgar visitantes únicos, dado mais valorizado em tempos digitais, e não uma quantidade qualquer, fria e amorfa, não importando quem entrou ou quantas vezes.

Se antes, embaixo do guarda-chuva Abav era muito fácil encontrar os agentes de viagens da Feira da Abav… Hoje não é mais assim.

Digamos que a Abav hoje concentra os agentes de viagens “tradicionais”, que veem importância no associativismo, que são estabelecidos e consolidados, que conhecem bem a indústria ou boa parte dela.

Já a Abracorp reúne pouco mais de 30 TMCs, mas que têm um mapa da mina que vale muito: os gestores de viagens.

A Braztoa tem contato com profissionais (agentes ou consultores) não necessariamente ligados a uma agência e também com uma massa mais híbrida e dependente de um operador.

Outra força, a Air Tkt, reúne 11 consolidadores e milhares de agências que neles compram majoritariamente aéreo, mas todo dia, numa relação muito próxima e que envolve confiança e até certa fidelização. Se alguém tem a capacidade de falar rapidamente com um grande grupo de agências é a Air Tkt. Mas não com todos eles.

A Aviesp tem a força do interior, para ficarmos no clichê.

Há ainda a CVC, que afirma que não terá estande na feira, mas controla mais de mil agências de viagens e cinco milhões de passageiros.

Vemos no Portal PANROTAS todas essas origens de agências e ainda outras mais, como grupos informais, linhas independentes, entidades afim…

Ou seja: não dá para a Abav contar apenas com as Abavs para que a feira funcione. E mesmo as Abavs não tinham (e ainda não têm, é uma luta de Edmar Bull) uma unidade e uma só língua e estratégia. Enfim… a união é a única solução. Como união é uma palavra meio vazia no setor, podemos usar parcerias ou humildade ou inteligência ou discernimento ou ainda a estratégia exata para colocar toda a indústria dentro do evento.

Tem de estar todo mundo lá, se a feira quiser ser o evento da indústria de Viagens e Turismo e desse “intermediário” que viu seu papel mudar e a ele serem agregados novas denominação e siglas, como OTA, consultor, operadora-agência, agência-operadora, free lancers, home office, integradores de conteúdo, apps, empresas de TI e por aí vai.

O sucesso qualitativo da WTM Latin America e da Travelweek by ILTM mostra que só há um caminho: ter no evento o comprador que o expositor quer e vive-versa. O resto é valor agregado, que pode funcionar – ou não. Que pode mudar de cara – ou não. Mas que não pode atrapalhar os encontros de NEGÓCIOS.

Segundo o Cadastur… são mais de 11 mil agências de viagens no Brasil. Segundo a Abav, ela tem cerca de 3,2 mil. A Aviesp, algumas centenas. A Abracorp, três dezenas. E o restante? Quem são? O que fazem? O que vendem? O que pensam?

As respostas estão nas ruas. Mas não mastigadas e decifradas. A Feira da Abav pode ser um bom momento para expor tudo isso.

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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