Abaixo, o editorial da edição 970 do Jornal PANROTAS, sobre a questão urgentíssima de capacitação no setor.
As entidades estão se unindo nesse sentido. Hoje pela manhã, na Braztoa, presidida por Marco Ferraz, reuniram-se Ilya Hirsch, do Ipeturis, Marcelo Matera, da Aviesp, Edmar Bull, da Abav-SP, Francisco Silva, da Abracorp e Eduardo Nascimento, do Sindetur-SP. A conclusão: todas vão se apoiar quando o tema for capacitação.
“Capaz…
Capacitação. Qualificação. Treinamento. As associações de classe repetem essas palavras como mantra. Seus associados desesperam-se por profissionais capacitados, aptos a exercer funções especializadas em operadoras, resorts, agências de viagens… É isso mesmo? Sobra emprego no turismo? Em três reportagens dessa edição, uma sobre as operadoras e outra sobre a Resorts Brasil, nossos entrevistados garantem que sim, mas alguns adicionam que não é bem assim. Há questões como salários baixos, troca-troca entre concorrentes, distanciamento entre a academia e o mercado, e falta de regulamentação de diversas atividades, como a dos próprios agentes de viagens.
O problema é sério, as causas e consequências inúmeras — e não menos graves — e não adianta focarmos apenas na Copa e na Olimpíada, pois todos continuarão vendendo os mesmos produtos depois desses eventos e, mais urgente, há gargalos agora.
Outra discussão envolve a preparação nas faculdades de turismo. Por que os professores e diretores dos cursos afirmam que preparam sim os alunos para o mercado de trabalho e as empresas juram que não. A verdade estará no meio do caminho entre os dois pensamentos, mas quem aglutina o setor? Quem amarra as pontas soltas? O governo? Este talvez esteja ainda mais distante do mercado que as faculdades. As entidades? Essas parecem mais preocupadas com o próprio umbigo, o que é legítimo, mas não resolve o problema do todo, ainda mais em um setor em que há tantas interdependências. Sem falar nas que ainda não estão preocupadas com isso. Então o Congresso? Ainda não sabem o que é turismo por lá, e falta lobby da indústria para isso. As empresas? Mesmo problema das entidades: ou não se interessam, ou tapam buraco a toda hora, ou ainda cuidam apenas do seu e ainda correm o risco de treinar os funcionários e vê-los fugir por mais R$ 100 ou o dobro do salário.
Precisamos de um esforço acima de qualquer entidade e interesse próprio. Precisamos empregar mais pessoas. E atender melhor. Aumentar a produtividade. E atender melhor. Focar em gestão de pessoas e de nossos negócios. E atender melhor.
Não apenas para a Copa. Não apenas para um segmento.
Unificar ações também é essencial. Cada entidade cuida do seus profissionais, justo, mas vaidades despidas, uma apenas pdoeria cuidar do macro. Um só convênio com faculdade, com o governo, com quem quer que seja. Um só canal, centralizando e distribuindo recursos e fiscalizando ações. Por que tantos convênios picadinhos? Por que treinamentos díspares sobre o mesmo assunto?
Por que empresários dizem que querem contratar e não conseguem? Nesta edição, trazemos algumas opiniões. Dê a sua também. E que se chegue a um consenso.”
Gostaria de deixar três registros:
1 Quando alguem esta na universidade,faculdade,curso técnico, esta ali investindo para ter um Futuro. Lideres, o quanto isto é importante para vocês?
2 Existem sim milhoes de profissionais que tem Espirito de Servir e lembrem-se reitores, professores, estudiosos, o turismo não é a unica área de atuação.
3 Aos líderes, “Não entreguem uma mensagem a qual vocês não praticam.”
Tiago, concordo 100% com o item 3 !!
Alias, uma pergunta que faço há algum tempo: pra que servem as entidades da nossa classe ?
Vejo egos com ganancias politicas e pouquissimas ações práticas que se reflitam no dia a dia do meu negocio.
abs
Artur,
Se verificarmos quantos alunos de turismo desejam uma oportunidade na área para colocar em pratica o que rapidamente aprendemos na faculdade teremos no mínimo 99%.
Quem estuda turismo sabe que trabalhará nos sabados, domingos, feriados, férias no Brasil, no exterior, etc. Quantos trabalham hoje nas empresas aéreas que são estudantes ou formados em turismo?
Vejo que a maioria que trabalha no trade, não tem interesse em ficar na área, não tem interesse em estudar turismo, não quer trabalhar aos fins de semana e feriados e justamente estas pessoas OCUPAM o lugar de quem quer e não se importa em trabalhar num domingo.
As faculdades oferecem grandes profissionais, mas o mercado não absorve e depois se pergunta do motivo do TURN OVER, a troca de emprego para ganhar R$ 100,00. Para quem não está em sua área, a esperiência o plano de carreira não significa nada.
Dar oportunidade é primordial e se as cias e empresas não se preocupam em empregar quem está estudando e precisa entrar no mercado do turismo para pegar uma mão de obra que não gerará retorno futuro, fica difícil validar um diploma e agregar valor ao ensido e qualificação profissional.
** trabalhos aos sabados…
***R$ 100,00 a mais.
*** experiência (saiu errado MEU DEUS!!!) estou no note e digitei errado juro.