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CÉU ESTRELADO

Grupo de trabalho capitaneado pelo MTur decide que resorts terão apenas quatro ou cinco estrelas. Segundo o comunicado, essa foi a principal decisão do grupo de trabalho que se reuniu na Bahia. Ou seja, ruim um resort jamais será. Isso demonstra lobby dos hoteleiros junto ao governo e que a desregulamentação vai continuar no segmento. Hoje, qualquer pousada com duas piscinas e uma quadra de terra batida coloca o nome de resort em sua logomarca. Há uma entidade, bastante séria e com parâmetros rígidos, que já significa uma regulamentação do setor. O governo vai mandar tirar o nome RESORT desses hotéis meia-boca? Quatro estrelas garante alguma coisa? O governo está atestando que o hotel, no mínimo, é muito bom? Fala-se em capacitação, mas as estrelas são para serviço e infraestrutura? Então se o atendimento cair o máximo que acontece é o hotel sair de cinco para quatro estrelas?

Claro que essas conjecturas devem ter aparecido em minha mente por conta da falta de detalhes no comunicado… Mais uma vez a comunicação pode ser o calcanhar de Aquiles do projeto, que o setor já olha com desconfiança…

Lembro de ter ido em um resort três estrelas que a Accor estava lançando em Fortaleza… Resort econômico, nem pensar então? Imaginem um Ibis na praia, com quadras e piscinas. É resort? Ou não?

O que determina as estrelas? O luxo? Ou a estrutura? O Pestana Natal e o Royal Palm, por exemplo, para pegarmos dois exemplos de resorts bons mas bem diferentes em estrutura e localização, seriam dois cinco estrelas? Um quatro e um cinco? Dois quatro? Fará diferença a nova classificação para resorts como os da Resorts Brasil? Ou ela servirá apenas para quem está fora?

Mais uma vez, são questões que surgiram da leitura do comunicado… Não pode ser tão simples assim decidir que resort ou é quatro ou é cinco estrelas. Isso para o hóspede é suficiente? Eu, como cliente,  acho que não.

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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  • Artur, o seu questionamento é importante.
    Junto à ele mais uma pergunta: Seria interessante saber porque, para o mercado europeu, por exemplo, qualquer hotel “meia-boca” Tailandes tem mais conforto, bom gosto e melhor serviço que nossos tao queridos Resorts. Fora do Brasil podemos promover dos Resorts as areas verdes, a segurança e a possivel simpatia do pessoal, do que entanto, deveria ser o florao de nosso produto turistico nacional. Mencionar estrelas no momento da venda, nem pensar!

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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