Escrevi esse artigo para a Edição 1.000 do Jornal PANROTAS, que está no ar. Mas usamos apenas como enriquecimento para as edições digitais. Ou seja, o acesso é apenas nos computadores e tablets. Para acessá-lo, ao ver o artigo do Luiz Sales, ex-editor do JP, basta clicar no ícone que indica que há material extra… Achei interessante mostrar a visão de dois editores, dois jornalistas e dois amigos.
Para quem ainda não viu, segue abaixo. E desde já obrigado a todos que estão enviando e-mails ou telefonando para falar da edição 1.000. Sei que nem todos apareceram ou foram citados, mas há desde a limitação de espaço até o fato de termos analisado apenas as primeiras páginas de cada edição.
Boa leitura.
“Não sou muito de me apegar ao passado, acredito mais em ciclos em nossas vidas. Aproveitar cada um deles e valorizar as pessoas e acontecimentos de cada fase. É claro que alguns amigos ou fatos te acompanham a vida toda, mas a maioria fica “presa” em uma fase e é sempre fonte de boas lembranças. O reencontro em outros ciclos à frente, às vezes estranhos, podem render boas surpresas.
Há 20 anos na PANROTAS (21 em maio), se for olhar para trás não consigo analisar a extensão desses anos e sim observar os ciclos dentro da empresa, marcados por produtos, pessoas que vieram e foram embora, momento, eventos, cenários.
Uma de minhas qualidades é ser um bom observador. O que leva alguns a acharem que sou um bom ouvinte e não dá outra: seja no táxi ou em uma entrevista, eu falo pouco e ouço, ouço, ouço. Mais que isso, eu observo.
E antes de assumir o comando do jornalismo da PANROTAS observei bastante, além de ir fazendo meu trabalho, claro. Observei o trade, como funcionava, o peso dos relacionamentos, o que as pessoas esperam, a relação do dono da PANROTAS com os outros editores, com os funcionários, o objetivo da empresa. Não assumi o comando cru, ou sem saber onde estava pisando. E muito disso se deve ao tempo em que trabalhei com o Luiz Sales, um dos editores do Jornal PANROTAS. Luiz tem várias qualidades que tento ter: é trabalhador, se dedica, é justo, inteligente, sabe separar relações profissionais das pessoais (e em determinados momentos elas se misturam mesmo, então é bom ter consciência do todo), é bem humorado, se dedica à família, é atencioso com todos e tem paciência para explicar e passar adiante o conhecimento. Mesmo que ele não diga que está fazendo isso.
Já peguei o Jornal PANROTAS testado e amaciado por ele e pelo Joel Loes, com quem convivi pouco, pois eu morava no Rio. Mas foi graças ao Joel que fiz dois perfis que me ensinaram muito do turismo: Mayer Ambar e Carlo Gherardi. Foi quando o Jornal PANROTAS surgiu que eu escolhi me aproximar dos profissionais de aviação, enquanto a Fabíola (Bemfeito), que adorava política, acabou indo por esse caminho e foi parar na Abav Nacional.
Tenho, claro, dúvidas, medos, questionamentos… Será que o entrevistado vai ler o que realmente disse? As críticas estão no caminho correto? Esta capa tem bom gosto? Mas os exemplos dos jornalistas com quem convivi (não posso deixar de citar o Mário Toledo, do Globo, que por anos foi um ótimo professor e também colega para aprender junto, e os bons papos anuais com o William Waack no Fórum PANROTAS — já são dez anos), tanto novos como antigos (aqui não vou citar, para não acusar ciúmes), a confiança e a relação com o dono da PANROTAS (Guillermo Alcorta – relação que adapto aos momentos: aqui melhor só ouvir, ali melhor opinar, concordar, discordar ou simplesmente aproveitar boas situações), o entrosamento com os jornalistas que passaram pela Redação enquanto fui ou estou chefe, são mais que provas que não estou só, não quero estar só, e devo ter aprendido um pouquinho com o Luiz, o Joel e tantos outros, a ouvir mais ainda. E a conhecer o meio onde vivo, trabalho e pelo qual brigo para que cresça como merece.
Acompanhei as mil edições e, parece que não, mas foram muitas as mudanças em mim, na empresa, nos funcionários dela (vou citar aqui a herdeira Marianna e o genro do homem, o Ricardo, como exemplos de evolução), no trade e no Jornal PANROTAS que busca ser não um espelho, mas um registro inteligente (com leveza, ironia e profundidade, dependendo do que nos é pedido pelas situações) de nossa indústria.
Sempre é bom agradecer a confiança de todos vocês (adoro os e-mails ou comentários de todo o País, de gente que nunca conheci pessoalmente), e aqui vou repetir o agradecimento que fiz ao completar 20 anos de casa aos amigos (que sabem quem são), às equipes e aos três gurus, que, coincidência, começam com a letra G: Goiaci Guimarães, Guilherme Paulus e Guillermo Alcorta.
Mesmo com a cabeça no JP 1.001, 1.002, 1.003 e no Fórum PANROTAS, vamos celebrar juntos essas 1.000 edições do Jornal PANROTAS, que tanto nos enche de orgulho do lado de cá.”
Guru da geração X dentro da X, muito obrigada. Li a edição 1.000 inteira, fiz questão de não perder um detalhe. Lá se vão 19 anos…”back to the past at a glance” ficou bárbara =)
bjs
Artur,
Sem dúvida, o feito de alcançar 1.000 edições é digno de muito orgulho e prazer… é olhar pro passado e ver a história de muitos, contada em capítulos… ou até arriscar alguns prognósticos para o futuro.
Poucos conseguem marcar este placar!
Parabéns família Panrotas !
Caro Artur,
Muito obrigado pela generosidade. Não acho que tenha assim tantas qualidades e, lemnbre-se, há também os defeitos. Fico feliz, de todo modo, pela amizade verdadeira e rara nos dias de hoje. É muito bom saber que houve uma construção positiva, baseada simplesmente na intenção de fazer bem feito. Parabéns novamente pela edição 1.000 (ainda não vi!) e pelas mil edições.
É uma edição comemorativa, então fiquei só nas qualidades… Mas na 1666 eu faço um lado B hehehe Abração Artur
Eu ajudo no lado B dos dois he he. Só o do Joel que não dá…rs. Bjs