Não durou nem uma semana o reinado do Grand Hyatt São Paulo como primeiro cinco estrelas segundo a nova classificação hoteleira do Ministério do Turismo. A essa altura todos já sabem, foram encontrados 100 quilos de alimento com validade vencida nas dependências do hotel.
Não vou entrar no mérito da comida, pois é um fato absurdo e ponto final. Não há elocubrações ou desculpas. Assunto lamentável e que no mês passado ocorreu também no Rio de Janeiro.
A ironia do destino exatamente são as duas notícias tão opostas: primeiro cinco estrelas na novíssima e revolucionária classificação, que vai garantir ao hóspede que está pagando pelo que comprou…e primeiro cinco estrelas paulista a ter 100 quilos de comida vencida descobertos pela Vigilância Sanitária…
Novamente a pergunta: adianta a classificação hoteleira? Em um momento aquecido da hotelaria, em que muitos hotéis sobem no salto (“sai um cliente, entram mil”), com quartos disputados a tapa e preços altos, adianta ter essa classificação se não houver fiscalização?
Não há e não haverá fiscalização… Ilusão achar que sim. Adianta uma classificação que não é fiscalizada? Em que o hotel não é multado? Os classificadores não verificaram a cozinha do Hyatt antes de dar as cinco novas estrelas? Alimentação não é um item da classificação?
Os hoteleiros brasileiros, reunidos no Conotel, têm um bom assunto a debater.
Enquanto isso, mais vale a consultoria dos operadores, receptivos e agentes de viagens: quantas vezes já não ouvimos que o hotel Tal era classificado como cinco estrelas mas na verdade se tratava de um “quatro estrelão”…? É por aí… Sem precisar gastar mais, contratar mais, fechar mais convênios…
Caro Artur,
Não há desculpas, o “estrago” já está feito, perdão pelo trocadilho.
É certo que lembraremos por muito tempo do Grand Hyatt por esse deslize, assim como dos outros 4 hotéis cariocas que tiveram o mesmo problema.
Já as propaladas “cinco estrelas”, para que servem mesmo?
Abs,
Flávio
Nossa, Artur! Mais atual, impossível! Acabei de ver esta notícia num noticiário da Record! Você foi super rápido e concordo contigo em tudo. Imagino que a diretoria deste hotel deve estar numa situação difícil!!! Abs
…os hóspedes e/ou clientes, nem se fala, né?!!! Caso de polícia!
Olá Artur,
Realmente o seu questionamento nos faz pensar! De que servem as estrelas se acontecem coisas assim? No universo ideal os hotéis, assim como TODAS as empresas de TODOS os segmentos, deveriam ser classificadas não só pelos itens relacionados com sua atividade específica, mas também com um “eticonômetro”, instrumento que daria estrelas a quem agisse dentro dos mais rígidos padrões éticos e derespeito pelo consumidor. O problema seria descobrir, neste país, quem estaria capacitado para calibrar o “eticonômetro” não é?
Enfim, brincadeiras à parte, concordo com você que a palavra final na classificação de um hotel é do hóspede, mas, seria bom podermos confiar em algum sistema de padronização, isso facilitaria bastante a vida do usuário. Será que chegaremos lá antes da copa?
Um abraço
Mais Um Hoje !!!!Intercontinental da Alameda Santos !