Fogos de Copa vistos do Costa Favolosa
Nada como oito noites a bordo de um navio (um belo navio, o Costa Favolosa), para pensar sobre… cruzeiros. Um segmento que vinha bombando e a mil e que vem diminuindo a oferta consideravelmente, com o corte mais drástico (pelo menos quatro navios deixarão de vir) previsto para 2013/2014… Como assim? Chegaremos lá. Mas aos poucos…
A primeira grande conclusão é que se trata de um produto completo, único e altamente compensador (seja qual for o objetivo da viagem).
Poder visitar lugares diferentes sem desfazer a mala, muitas vezes descendo no centro das atrações, conhecer praias exclusivas, e viver um roteiro diferente a cada dia (dentro e fora do navio) são inerentes ao ato de fazer um cruzeiro. E o roteiro pode virar rotina prazerosa, para os que gostam de algo mais planejado e “previsível”, ou uma “aventura” a cada dia, pois são muitas as combinações de atividades dentro de um grande transatlântico.
Curiosamente, fiz amizade a bordo com três casais que estavam fazendo seu primeiro cruzeiro. Todos saíram encantados e prometendo voltar, O cruzeirista só fica mais chato quando começa a repetir e comparar, mas as experiências não se repetem e consistência não é algo que se obtenha al maré. A começar pelas ondas, um dia mais calmas, em outros mais animadas. E continuando com as pessoas, que, por mais treinadas, sempre têm seus dias.
Descobri que quem mais reclama são os turistas americanos. Quem é mais exigente? Claro, o alemão. O brasileiro está na média e ainda é considerado, mais uma obviedade, o mais festeiro.
Os mais velhos comparam os cruzeiros de hoje em dia com os de 20 anos. Injusto. Quase quatro mil pessoas fazem mais barulho, exigem mais logística e serviços mais complexos que mil, ou 1,5 mil de antigamente. O tamanho dos navios também é algo incomparável e se houve certa perda de glamour, eu até agradeço. Ir jantar de terno todas as noites ou ficar com formalidades não é minha praia.
Ouvi frases do tipo “impressionante esse show. O que eles estão fazendo em um navio?”. Poucos sabem que para artistas de diversos gêneros o navio virou uma ótima fonte de renda. E os investimentos de algumas empresas é bem grande no entretenimento. O Costa Favolosa apresentou alguns artistas fora de série e até levou uma peça que está em cartaz na capital paulista – Mulheres Pobres.
Dupla de ucranianos que deixa todos boquiabertos
Outro show que empolgou
Eu praticamente não desci do navio (só em Salvador, e me arrependi, pois a capital baiana não é de longe o que foi um dia), aproveitei bem as atividades e observei muito os passageiros e suas histórias.
Fazia tempo que não navegava em águas brasileiras e com tantas noites. A escolha foi muito boa, um cruzeiro completo e uma experiência muito boa.
Visita à Ponte de Comando e foto com o comandante, claro
Agora, por que algo tão bom, que é bem avaliado, diminuiu sua oferta no Brasil? A resposta, muitos sabem, mas falo nela mais pra frente. No próximo post um problema grave: os cruzeiristas de primeira viagem chegam aos navios sem saber quase nada. “Minha agência não me contou isso” foi a frase mais ouvida. Ou seja, virei consultor a bordo.
Ah sim, claro. Um dos pontos altos do roteiro foi a queima de fogos em Copacabana. Noite clara, mar calmo. E 16 minutos de luz e beleza nos céus do Rio.
Um Feliz 2013.
Copacabana à espera dos fogos
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