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CUIDADO COM AS PALAVRAS

Tenho “apanhado” um pouco ultimamente, no campo pessoal e profissional, por causa de algumas escolhas erradas ou equivocadas de palavras… Como escrevo muito rapidamente e tenho facilidade, às vezes acabo sendo mais duro que o necessário ou impreciso, dando margem a dubiedades e interpretações erradas. E o que tem de gente querendo interpretar errado por aí…

Ainda agora coloquei uma nota sobre o falecimento da Patricia Rasore, uma pessoa muito gentil e querida nas poucas vezes que encontrei, e bem humorada, apesar de estar tratando de um câncer (sem que muitos soubessem). Na nota no site acabei falando que a Phocuswright, onde ela trabalhava, estava procurando alguém pra seu lugar, pois iria continuar investindo na América Latina. Alguns leitores viram como insensibilidade e eu avaliei que foi sim e tirei a última informação, deixando para uma notícia amanhã. É fato que a vaga surgiu por causa de uma notícia triste, mas juntá-las não foi uma boa ideia…

O mesmo em uma notícia sobre a Hotelbeds. A Tui vai abrir no Brasil a venda de hotéis para agentes de viagens. E eu deduzi lendo uma entrevista de Peter Long, presidente da Tui Travel, que seria com a marca Hotelbeds. Mas não vai ser. Nesse caso fui impreciso e corrigi na hora, a pedido do Eduardo Bittencourt. Hotelbeds vende só para operadores. E outra marca venderá só para agentes, assim como poderá haver uma terceira, vendendo para o público final. Uma holding como a Tui tem produtos e marcas (mais de 250) para todos os gostos, bolsos, canais… É esse o futuro? É disso, também, que Long tratará no Fórum PANROTAS.

Lembro também das escolhas para as matérias e fotos de nossas edições especiais. Nesse caso, eu tenho de assumir que sempre há escolhas e que não dá para contemplar todos. Na edição 1.000 contamos vários casos e histórias, e mostramos inúmeras fotos. Na edição do Fórum PANROTAS serão outras, algumas se repetirão, novas surgirão… Na de 20 anos, na da Abav, na Retrospectiva o mesmo. São escolhas difíceis e que nem adianta explicar depois, pois a percepção pessoa de cada um está acima de critérios frios e mais ou menos lógicos. O jeito é tentar mostrar que o turismo é múltiplo e que boas históriassão contadas a cada edição.

Muitos também não gostam da palavra “ex” quando designamos que alguém saiu de uma empresa. Aliás, nunca falamos que fulano ou beltrano foi desligados, e a palavra “ex” visa contextualizar e é mais enxuta em um título. Além de atraente. Dizer: “Ex-diretor da XX assume vendas na XY” é mais direto que “José da Silva, que trabalhou na XX, é novo diretor da XY”. Nesse caso usar o ex e não dizer o nome atrai o leitor para a notícia… Mas não acho que denigre dizer ex-Varig (olha o post do Cássio bombando direto), ex-Blue Tree, ex-Atlantica, ex-PANROTAS…

Mas cada um lê as palavras de uma forma diferente. Não estamos dizendo ao vivo e sim escrevendo e até “meu amor” pode ser um deboche, uma declaração, uma falsidade, um carinho… Eu procuro ser bem simples e direto na hora de escrever e raramente tenho problemas de interpretação… Já quando o assunto são sentimentos… Bom, esse post já está grande demais.

Boa semana a todos e aguardem ainda esta semana a volta de Paulo Salvador ao time de blogueiros PANROTAS. Mas o Augusto Rocha, que entrou no seu lugar quando ele tirou período sabático, claro, fica conosco. Sempre cabe mais um… em nosso coração. Melhor explicitar. E o Portal PANROTAS está sempre aberto às boas ideias e debates.

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

Comentar

  • É isso mesmo Artur! Como diz uma máxima que li outro dia no Facebook: “Eu sou responsável pelo que eu falo, não pelo que você entende”… cheguei a conclusão de que isso é uma verdade. Trabalho há algum tempo no mercado de viagens corporativas, e me vejo em situações em que preciso encaixar bem as palavras para me fazer entender e soar como eu quero ser compreendido, tanto para os clientes como para os fornecedores, principalmente quando é para tentar justificar o injustificável, pois algumas vezes o que se escreve pode se voltar de forma negativa!
    Grande abraço…

  • Artur,

    Sua humildade em reconhecer os próprios erros já te propiciam “perdão automático”.
    Assim como disse o Vinicius acima, comunicação é o que outro entende, não o que vc fala!

    Abraços e obrigado pelo exemplo de comportamento ético.

  • Artur,

    Na busca da utópica perfeição “falhar” machuca e para não falhar com os clientes, amigos, colegas, chefes a atenção precisa ser grande.

    Só que falhar não significa decepcionar alguém seja falando ou escrevendo, ou ainda deixando de escrever algo e sim falhar com você mesmo se não cumprir com sua missão, seja ela qual for.

    E vc cumpre a função de jornalista e não me parece parte do job description agradar a turma toda…, ficar no meio é morno e mediocre.

    Abs,

    Ricardo Amaral

  • Caro Artur,
    “John Kenneedy já dizia que não bastar querer explicar, é necessário que queiram entender”. Mas vale aqui a piada do filho do português que mandou um telegrama ao pai – Pai, mande-me dinheiro. Basta ler duro ou suave. Vá em frente e espere que entedam sua boa vontade.
    Abraços

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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