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DEI UM PULO EM MARTE E VOLTEI

Segunda ida a Brasília em menos de uma semana… Parece que estive em outro planeta. Nem bom nem ruim, nem melhor nem pior que o nosso (basta vermos os comentários de meu post anterior, aliás, cheio de diferenças, pontos de vista…). Brasília é um mundo diferente. E distante. Mas que nos afeta como o sol, talvez.

A impressão é que é um outro mundo. Tão distante da nossa realidade (do turismo), tão paralelo (não há quase interseções, toques, impacto)… que impressiona.

Tem gente querendo fazer contato. Tem gente séria. Tem gente querendo “aconselhar” os novos dirigentes e garantir seu quinhão. Tem gente que não está nem aí… Tem gente interessada na aproximação. Tem gente competente e há os espertalhões de sempre, que nós conhecemos de longa data pois, também circulam por nosso planeta.

Mas olhando apenas o lado positivo: temos um Ministério do Turismo, comissões de Turismo, deputados interessados na causa do setor (amanhã será votado um PL que pode incluir o receptivo entre os beneficiados como os do setor de exportação – autoria do deputado Otávio Leite), os novos dirigentes (Gastão Vieira, ministro, e Flávio Dino, Embratur, são políticos inteligentes e articulados)… Ou seja, o trade tem como se aproximar e colher bons resultados. Mas vai ter também que eleger seus representantes. Não dá para ensinar turismo. Dá para conscientizar, mostrar que um hotel beneficia diversas outras indústrias, que um agente de viagens multiplica vendas, que os destinos geram empregos em todos os níveis… Dá para convencer, mas não para torná-los experts e apaixonados em turismo. Daí a distância entre o discurso do lado de lá e a realidade do lado de cá.

Como fazer do turismo uma prioridade no Congresso? Um lugar difícil, cheio de conexões e alianças, onde a disputa política às vezes fala mais alto que o tema a ser votado…

Com políticos habilidosos, o trade sério presente e com cobrança. Cobrança do governo e dos parlamentares e também de nossos líderes. Alguns sequer merecem esse título mas estão lá, sedentos por dinheiro, favores, continuismo…

Vamos aproximar Brasília do Turismo. Precisamos. Mas isso só será feito com líderes (de nossa parte) fortes e bem intencionados. Com plíticos abertos e que entendam que o turismo toca praticamente toda a economia do País, e pode ser um grande aliado na hora da crise, como alternativa à crise de outras idnústrias e como alavanca de desenvolvimento regional e nacional. E com muitas idas a Brasília. Precisamos de mais empresários por lá. Vocês sabem o tamanho do imposto pago, dos investimentos, das frustrações, dos empregos que geram, do que precisam para continuar movento o turismo, como sempre o fizeram. O governo pode ajudar e muito. Mas o turismo não depende dele para sobreviver.

Por uma política de turismo sadia e saudável, pujante e que gere resultados e não apenas discursos.

Há potencial. Quem se habilita?

(texto corrigido e aumentado na madrugada de 29/9)

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

Comentar

  • Artur,

    Não acredito em uma Política para o Turismo enquanto nos destinos que achamos como foco internacional e em quase todo o país o básico não for feito: educação, infraestrutura de transporte e saneamento.

    Ninguém gosta de viajar para lugar sem segurança, sujo e com acesso difícil.

    O Ministério do turismo vai acabar funcionando apenas para atender a investidores imobiliários e servir como novo canal de desembolso para os aliados do governo.

    Sorry, mas sou um descrente convicto: Um Ministério sem técnicos e sem alinhamento direto com áreas como Educação, Saúde e Transporte é só mais uma linha de despesa no orçamento da União.

    Quantos aos marcianos em questão, estão mais é para aliens…

  • Artur,

    Acredito no meu país, na profissão que escolhi e no talento do Brasil para receber visitantes. Concordo com o colega Gustavo Syllos no que tange ao investimento para o desenvolvimento de uma sociedade (e do turismo): infra-estrutura, educação, saúde, transportes. Infelizmente o Turismo ainda não está amadurecido na idéia de nossos governantes como atividade importante, geradora de riquezas e renda coletivos (e não individual).
    Sendo assim, com a afirmação do Artur: “Por uma política de turismo sadia e saudável, pujante e que gere resultados e não apenas discursos.
    Há potencial. Quem se habilita?” Eu me habilito. Acredito na minha profissão e no futuro do país.

    Um abraço.

  • Artur ,
    O que precisamos efetivamente é de um conjunto casado. Mídia responsável empresários comprometidos com suas entidades. Neste caso da Copa ficou muito claro. Quem critica e mete o pau faz sucesso, e por isso não ouvi em nenhuma matéria, depoimento do ministério, do tribunal de contas ou dos empresários sobre o que fazer para a qualificação.

    Este debate ocorreu no Conselho Nacional de Turismo e foi criado um projeto, mas todo mundo tem medo de defende-lo, pois afinal elogiar não da ‘ibope” e o Bem Receber Copa virou bode expiatório. (so pra lembrar os recursos do Bem Receber Copa são infinitas vezes menor que os das emendas dos parlamentares distribuidos pelas entidades sem representação no país).

    A solução para uma gestão profissional do turismo no país, passa por uma divisão da gestão em dois caminhos:
    1 – Promoção e Desenvolvimento – EMBRATUR
    2 – Infra-estrutura e Qualificação – Ministério do Turismo

    É assim nos países mais sérios, são assuntos distintos.

    No caso a Embratur poderia ser uma empresa mista, com gestão compartilhada (recursos e decisões), a Espanha e Portugal estão ai para mostrar modelos.

    No mais é seguir em frente pro-ativamente como voce e poucos jornalistas tem feito, buscar pautas que ajudem a pensar o futuro e não apenas a caçar as bruxas do passado. E de pessoas do setor comprometidas, assim com a Tatiana Nassi que mostrou vontade de andar pra frente.

    ps. acho que tem muita gente hipócrita, que sobrevive de falar mal dos outros e nunca se compromete, não participa de sua entidade e acha que todo mundo é ladrão…. talvez espelhando em si próprio.

  • Artur, eu estou disposto. Meu ponto de partida é utilizar os recursos humanos que temos aptos na área.

    Ontem voltou a ser citado o projeto de lei para regulamentar a profissão do profissional de turismo. ( com sua permissão para citar outro portal de turismo abaixo ).

    (ttp://www.jornaldeturismo.com.br/noticias/destaques/42458-regulamentacao-da-profissao-de-turismologos-ganha-forca-no-parlamento.html)

    O governo esta certo em bloquear todo e qualquer investimento em capacitações, as quais qualquer um amigo de fulano e ciclano participam, em 3 ou 4 dias e estão aptos a trabalhar.

    Temos 200.000 profissionais, muitos deles sérios, que podem fazer porque não estas capacitações.

    Ah mas tem muita gente boa nas empresas de turismo que não são turismólogos ( vão dizer os lideres ), então a resposta é ” invistam neles tambem “.

    Nada resiste ao trabalho. Eu não sou lider, nem dono de empresa, mas acredito em trabalho sério e pessoas sérias.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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