Ok, jornalista de turismo geralmente viaja de graça ou com um bom desconto (inclusive nas revistas que dizem não aceitar convites). O que fazer no momento de uma crítica? São aceitas críticas? Crítica é só para quem paga, assim nem agentes de viagens em famtour ou viajando com ADs podem reclamar?
Claro que não.
Hoje, com as redes sociais, com a rapidez da internet e seu dinamismo, é quase impossível não ser criticado. Até porque não há unanimidade. Críticas construtivas são legítimas e os criticados têm de mostrar que se importam com elas. Que fizeram algo a respeito. Ou que os críticos estavam errados.
Se for só para falar bem… a qualidade dos serviços no turismo, que é algo que só cai e não se recupera, vai mesmo descer a ladeira até a frieza quase agressiva de alguns estabelecimentos.
Um dos criticados por mim uma vez virou-se e perguntou: por que você não preencheu a ficha de sugestões do hotel? Ia adiantar? Sabemos que não. Porque um funcionário do mesmo hotel me disse que o problema era constante. Nesse caso, se o próprio executivo tem essa visão (reclama, mas cá entre nós, a portas fechadas), a coisa está complicada.
Meu caro, o cliente reclama na hora, no Twitter, no Facebook, nos blogs, no Trip Advisor, que precisa chegar urgentemente ao Brasil para enterrar de vez a ficha de sugestão escondida sob o tapete e o corporativismo.
São temas delicados, é preciso falar com jeito. Até porque há tantos absurdos atualmente que ocupariam nossos blogs diuturnamente. E todos nós, no turismo, queremos construir e não destruir.
Preocupem-se com nossas críticas. Pelo menos nós “gritamos”. E o hóspede que viveu o mesmo e não vai voltar mais lá? Esse não será resgatado. Você nem saberá do problema que ele viveu.
Façam que nem a Tap, que transformou sua página no Facebook em uma espécie de fale conosco/help desk e as críticas são respondidas na hora. E soluções postadas em seguida. Nem tudo é culpa do fornecedor. É difícil manter um padrão em todo o atendimento (parabéns, aliás, ao Casa Grande Resort, no Guarujá – acho que foram os melhores garçons e camareiras que vi em hotéis em um bom tempo. Isso sim é treinamento e investimento no funcionário). Sabemos disso. Mas sem as críticas, não haverá melhoras.
O cliente está conectado 24 horas por dia. Não espere a ficha de sugestões… É um erro que pode ser fatal.
Seu 4o parágrafo disse tudo Artur…Os hoteis poderiam deixar de gastar tanto imprimindo folhinha de guest comment e ficar de olho grudado no que estão falando deles pelas redes sociais e afins. Software e profissional especializado pra isso é o que não falta…e a desculpa de que falta $$ não é problema para maioria. Não é mais (se é que ja foi um dia) algo inalcansável.
É sempre bom ver alguém, formador de opinião como vc, entrando na causa anti-papel pro nosso mercado! 🙂
Forte Abraço!
Leo
É a lógica – as redes sociais fazem a vez do Guest Comment. e dos SACs. Agora, independente do meio, toda ação deve ter reação e vice-versa. Iniciativa com acabativa! Abç
Artur, sim “inclusive nas revistas que dizem não aceitar convites”. Com a internet não há mais espaço para o tal discurso de bastidores, primo do “jeitinho brasileiro”. Ninguém mais passa impune de nada! Todas as sentenças caem na viral em segundos, portanto, olho vivo e ética. Abs e bjs,
Veronica.
E viva a socializaçao dos comentarios via internet ! Nao adianta esta ou aquela empresa melindrar- se…… Hoje em dia muito dificil que se perca tempo com cartinhas ,coisa que antigamente se fazia muito e na maioria das vezes nao dava resultado..( Ecperiencia propria )Hoje em dia o consumidor nao quer saber : Foi mal atendido ? Foi enganado? Bota a boca no trombone ! E verdade que ha muito excesso de “liberdade ” ,mas separando o joio do trigo ( E assim que e o ditado ?),e uma coisa positiva ..Os fornecedores de qualquer segmento tem mesmo e que ficarem alertas ..
Olá Artur,
Concordo quanto aos feedbacks gratuitos e certeiro dos clientes que não são vistos.
Os hoteis principalmente não prestam atenção nestas informações que muitas vezes queimam e muito a imagem.
Hoje poucas pessoas reservam hotel sem referências, indicações diretas ou através dos comentários dos outros hospedes.
Fiquei em Maceió num hotel muito bom há 2 semanas, mas fazia um barulho tão alto por causa do vento que parecia que alguém apitava continuamente 24 horas do dia.
Não sei se haveria algo a ser feito, mas acho que uma atenção aos hospedes que não sabiam poderia ter sido dada.
Uma outra coisa no turismo é que não gostei em nada da cidade (infelizmente), pois a noite tinha que pegar taxi para ir 500 metros de distância ou era rondada por viciados, crianças de rua, além dos exploradores destas crianças. Reclamar pra quem? Se a cidade está abandonada? Imagine 20h00 não poder ficar em frente ao hotel na calçada da praia?
E ainda querem proteger o turista? Como?
Nossa, tinha outra imagem de Maceió…Nunca fui lá.