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EM DOHA, COM TWITTER

Já no Catar, no Grand Hyatt de Doha. Depois de dez horas de voo entre Xangai e a cidade árabe. Dormi pelo menos sete horas e imagino que a comissária da Qatar deve ter ficado uns dez minutos com sua delicada voz e leve toque nos meus ombros anunciando: “we are serving breakfast now…we are serving breakfast now”. Até essa voz entrar no meu sono, invadir meu sonho…uns dez minutos seguros. Fosse uma empresa americana, mesmo em business, era um cutucão no ombro e ela já ia abrindo a bandeja sem que eu tivesse me localizado. Onde foi que os americanos se perderem com o serviço? Com certeza, depois de 11 de setembro de 2001. Uma década perdida na América.

E isso depois de vir da China, segundo rumo ao primeiro posto no mundo, aberta e fechada ao mesmo tempo, cheia de contradições, grandiosa e fascinante. Mas nada de Twitter. Não se trata de vício e sim de perdermos uma forma de nos comunicarmos de forma objetiva e rápida. Falta objetividade no mundo e o Twitter nos obriga a sermos diretos, curtos, sem enrolação.

Agora em Doha, ele voltou. Primeiras impressões: nenhuma. O voo estava lotado e apenas nosso grupo (oito pessoas) ficaram em Doha. Não é destino final. Prédios em construção, belezas escondidas propvavelmente. Muito luxo. Mas como isso será usado e aproveitado? Boa pergunta.

Para quem ainda não tem meu Twitter: @arturla.

PS: tenho acompanhado a cobertura no Portal PANROTAS do Lactte e do Workshop CVC. Pelo visto, sucesso para ambos, apesar da pouca participação no Lactte, mas todos já sabemos os vários motivos. O que me espanta é ainda haver debate em cima da questão da CVC investir em lojas de venda direta. Há dez anos Valter Patriani e Guilherme Paulus são claros em dizer que a CVC aposta em um modelo misto: venda direta nas lojas e venda também via agências de viagens, que contam com estrutura na operadora para atendê-las. Nunca esconderam. Seguem o modelo espanhol de operadoras. Há operadoras (pouquíssimas – nem chegam a dez) que apostam no modelo de venda exclusiva via agentes de viagens. E há as que vendem direto mas fingem que não. Basta ver seus anúncios em jornais (sequer colocam “procure seu agente de viagens”), basta ligar para seu atendimento ou ver o que investem para os agentes. É claro que o fato de a CVC ser a maior, controlar preços e tendências e até alguns fornecedores, incomoda e deixa pouca flexibilidade para quem compra e para os concorrentes. Mas é a lei do mercado. O que os supermercados Dia não falam do Carrefour, ou o que os mercadinhos de bairro não falam do Dia, e o que as biroscas de pinga não falam dos mercadinhos… É o ônus de ser grande e acho que a CVC já sabe que é mesmo odiada por boa parte do trade. Mas que é necessária para outros. Quem vai a seu workshop sabe onde está entrando. Outros eventos de outras operadoras virão. Algumas apostando claramente em estratégias de venda para as agências. Outras para o público. E algumas em cima do muro, o que, me desculpem os tucanos, é o pior caminho. Mas é uma discussão que seguirá para sempre. Seja com a CVC, as companhias aéreas ou outros fornecedores. A CVC sabe de sua estratégia. E os agentes? Têm alguma? Quem tem, não está preocupado. E já escolheu o seu caminho… Espero. Como sempre, nossos veículos estão abertos a discussões e debates. Podem comentar, criticar, sugerir… Basta que se identifiquem e mantenham o bom nível.

O PANROTAS viaja a convite da Avant Garde e Qatar Airways, com proteção GTA

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

Comentar

  • Este super PS me deixou um tanto quanto incomodado Artur.

    Gosto de seus post´s mas preciso deixar aqui algumas observações:

    Não dá para compararmos CVC X Agencia de viagem com supermercado Dia x Carrefour. São realidades bem distintas. As agencias vendem serviço. Os mercados, sabão em pó. A CVC vende um péssimo serviço, as agencias vendem um ótimo serviço! O sabão em pó do Dia é igualzinho o do Carrefour. Ou não é?

    Não acho que a CVC seja odiada, eu por exemplo ODEIO quem permite este monopólio da CVC, por exemplo. Esta enorme omissão por parte das entidades. Tudo por conta de viagens, jantares e eventos “boca-livre”.
    É aí Artur, basta ver o rostinho de “velhinho simpático” do nosso ministro do turismo, que podemos chegar a conclusão que vai continuar a mesma coisa. A diferença é que a diária do motel no Maranhão será cortesia! E adivinha quem vai pedir?

    A CVC faz a parte dela, graças a enorme imcompetencia de seus concorrentes.

    Não podemos comparar (nem de longe!) o mercado brasileiro com o espanhol. A começar pela postura de cada um.

    Mas aí vem o que achei injusto no seu super PS:

    “A CVC sabe de sua estratégia. E os agentes? Têm alguma?”

    Ora Artur, agentes de viagens com estratégia em 2011!? Com toda esta mudança e novos acordos, você conhece algum agente que esteja conseguindo traçar alguma estratégia decente?

    • Oi Maurício,
      o objetivo era incomodar mesmo.
      O que quis deixar claro é que a CVC sempre teve essa estratégia de venda mista e nunca a escondeu. Ela vende por todos os canais, como a maioria dos fornecedores hoje. Repito: Não há cinco operadoras que vendem exclusivamente aos agentes. São estratégias. E uma realidade, como no caso das aéreas. Você tem razão em muito do que diz, mas acho que a solução não passa pela crítica à CVC, como disse o Jeremias abaixo. Passa pela organização do setor, por gestão (alguns concorrentes da CVC quebraram, faliiram ou deram golpe no mercado)… A coida é complexa. Maurício, abraços e obrigado pelo debate.

  • Quando a CVC vai abrir lojas na China? Seria bom se ela muda-se para lá! rs

    Quanto a concorrência, acho sim que a CVC deveria ter concorrentes de peso para equilibrar essa balança, quem sabe pelas estratégias que estão sendo preparadas pela Trend, Rextur etc, hipóteses?

    Já no campo das agências de viagem essas sim precisam de uma postura mais profissional a começar pela própria definição do papel da ABAV.

    Abraços!

    • Concordo com você Jeremias. As agências corporativas souberam se mexer, mas as demais, assim como as entidades, ficaram perdidas. Sobre concorrência, houve tentativas e sempre haverá. Aí vale a lei de mercado. Vencem os melhores e os maiores, não necessariamente nessa ordem. Abraços.

  • Artur

    Será que podemos nos espelhar em algum modelo de gestão mundo afora para poder atualizar a ABAV e suas estratégias em território nacional?

    O papel da ABAV precisa ser revisto, reformulado, debatido e alinhado com as necessidades da classe.

    O próximo Forum Panrotas poderia abrir um espaço para as soluções criativas e debates nesse sentido.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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