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Espelho, espelho seu…

A vaidade ainda é o que move a maioria (ou a grande maioria) das entidades da indústria de Viagens e Turismo. Até por isso existem tantas, que se sobrepõem e cujos presidentes estão mais preocupados em “representar a associação” do que “repensar a mesma”, de olho no associado.

 

Recentemente vi diversas entidades, nacionais e regionais, serem criticadas por associados e não associados (e isso não vem de hoje) e o presidente criticado se defende dizendo que a culpa é de quem critica. Não há uma mudança de modelo, uma disrupção no mundo das associações de classe.

 

“Ah, ele fala isso mas não sabe o que fazemos”. Se ele não sabe a culpa é dele ou de quem não se comunica bem?

 

“Ah, temos uma série de cursos e meus associados não participam”. Mas quantos outros cursos estão lotados, com temas pertinentes e pautas construtivas?

 

“Ah, se nossa classe não se unir, jamais teremos força e representatividade”. Ora, mas a união não deveria começar com as entidades, eliminando boa parte delas e fazendo com que poucas atuem por mais associados?

 

“Ah, mas eu não recebo nada para ser presidente e ainda sou alvo de críticas”. Alguém te obrigou a assumir? E não seria hora de termos executivos remunerados, fiscalizados, prestando contas, com metas e objetivos mais claros do que plataformas genéricas de gestão?

 

Fora a qualidade dos comunicados de imprensa que nos chegam. De chorar.

 

Não vou citar nomes, mas há, neste momento, umas duas ou três entidades nacionais que estão dando passos para trás. E recuperar isso leva tempo. Basta ver como Edmar Bull está sofrendo resistência à frente da Abav Nacional, que durante anos foi entidade que focou apenas em sua feira e em seu passado. São importantes? Com certeza. Mas o futuro chegou e são os presidentes atuais que têm de assoviar e chupar cana, em ano de crise, quando todas as categorias ou nichos ou segmentos, e não apenas o dos agentes de viagens, se mostram pressionados, desafiados e cobrados.

 

Quem será o disruptor das entidades de classe do Turismo? Demora, mas um dia chega. A primeira dica, se é que posso dar uma, olhando de longe e não de dentro das entranhas de uma associação (sei que não é fácil, mas, de novo, quem disse que seria?), é: retire todos os espelhos de sua sala, quebre alguns se necessários. E livre-se de uma ou outra má companhia… Mas isso já é outra história.

 

(crédito da foto: Dreamstime)

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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  • Artur, entidades precisam de corpos diretivos de peso, com empresários MUITO BEM SUCEDIDOS que se façam ouvir por associados menores, por seus pares, por outros capitães de setores produtivos, por políticos, pelo governo e que se disponham a abrir mão de interesses pessoais em prol da coletividade. Também é necessária muita GRANA para bancar lobby em Brasilia, fazer pressão e estar presente nos principais fóruns de discussão nacionais e internacionais. Finalmente, as entidades tem que se renovar trazendo para seu entorno todo mundo que rompe com modelos tradicionais. Encarar aqueles que se dispõem a fazer a mesma coisa que nós de forma diferente como inimigos é falta de inteligência e dispersa energia sem muito resultado. Desculpe poluir o espaço com comentário tão longo. Abs.

    • Sidnei ,
      Sempre o Sidnei … PARABÉNS !!
      E se me permite , dois adendos
      – Escutei de um grande empresário > a pessoa para ser um bom dirigente de Entidade é aquela que VAI DAR UM PASSO PARA BAIXO , pois já conquistou tudo na vida e na carreira , assim agora só tem a acrescentar nas atividade pública . Pessoas que usam esses cargos PARA DAR UM PASSO ACIMA , não servem para tal .
      – Esse pessoal aí , nossos “dirigentes” começariam a ganhar respeito se , de início parassem de bajular e puxar o saco de todo e qualquer um que entra no Ministério , Embratur e que tais . Está ficando meio ridículo , os casos Henrique Alves e o “Ministro BumBum” mostram isso . Opinião sincera é necessária e, cria respeito.
      Grande Abraço
      Hélio

  • Artur , Boa Tarde !!
    Temos MAIS UMA VEZ a oportunidade de de checar a eficiência / personalidade / posicionamento de nossos “Líderes ” :
    Está colocada a indicação ( pelo Renan…) para o Min Turismo do tal MAX BELTRÃO .
    Há uma semana , a mídia política em peso vem mostrando quem é o o notório. Quer mais ? Veja o post no Blog do Jorge Bastos Moreno hoje
    Se aceitarmos mais uma vez este tipo de nomeação sem qualquer tipo de contestação , é melhor fechar o botequim e salve-se quem puder …
    Por favor escreva alguma coisa lá no portal de notícias !!!
    Grande Abraço
    Hélio

  • Realmente, estou pouco me lixando para feiras. Se deu lucro ou nao ou se o tema do treinamento foi interessante ou nao. Quero ver alguem de PEITO encarar o FATO de forma PRATICA e assumir a BRONCA e no assunto que mais me tira o SONO. Lutar para que o RELACINAMENTO entre Agencias e Consolidadores, trabalhe com GARANTIAS REAIS. Uma hora o efeito DOMINO vai atingir a todos !! Tai a Gapnet que ja foi pro VINAGRE e daqui a pouco mais outra. Porque sera que os INVESTIDORES da CVC diminuiram as suas Posicoes ? Um deixa de pagar uma Fatura e o outro tambem e ai isso vira Moda e o malando descobre que eh facil arranjar CREDITO a CUSTO ZERO e tudo vai pro VINAGRE !! Dai nao tera AGENCIA nem ASSOCIADO para compor a ASSOCIACAO.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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