A reportagem de capa do Jornal PANROTAS desta semana mostra como duas estratégias tecnicamente opostos convivem e fazem o turismo crescer. A Visual Turismo, segunda maior operadora do País, aposta exclusivamente em um canal de vendas, o agente de viagens. E vem colhendo bons frutos, como conta o presidente Afonso Louro.
Já a CVC, que tem o modelo mega da alemã Tui como referência, aposta em múltiplos canais, incluindo o de agências de viagens. Com sucesso igual.
Na próxima semana, traremos a estratégia de um terceiro tipo de operadora, a Tam Viagens, que vende apenas os produtos ligados à malha aérea da Tam.
O importante é ter estratégia, estar atualizado, saber onde se quer chegar. O setor de operações requer um controle muito rígido do capital de giro e somente as maiores, como as três citadas, podem correr alguns riscos que no passado eram corriqueiros, como bloqueio de assentos, pré-pagamento, entre outros.
Mas não há mágica, em qualquer dos casos. O sucesso vem da soma de diversos fatores e não de uma jogada mais feliz.
A movimentação das OTAs também deve ser observada, até porque foram elas que ajudaram a complicar a situação das operadoras. Com as marcas brasileiras consolidadas, as grandes mundiais, como Expedia e Priceline, marcam território no País. Isso quer dizer que virá uma segunda onda agressiva das OTAs? Ou elas aprenderam com os erros do passado no Exterior, onde cresceram por crescer e se deram conta, de repente, que era preciso uma nova estratégica, focada em rentabilidade, nichos, serviços, marcas diferenciadas…
A maior empresa de turismo do País (no setor de distribuição), a CVC, depois das aquisições da Rextur Advance e Submarino Viagens, e com a projeção de crescimento este ano ainda não chega a um faturamento anual de R$ 10 bilhões (ou pouco mais de US$ 3 bilhões, sem levar em conta que no caso da RA a aquisição foi de 51% e não completa). O Grupo Priceline faturou US$ 50 bilhões em 2014 e a Expedia US$ 10 bilhões.
Estamos preparados para os céus abertos? Ou o Brasil está blindado com sua força regional e jeito especial de fazer negócios?
Ah sim… sobre o bom humor do título. Acho que precisamos agregar o bom humor e o olhar otimista em nossas rotinas. Todo mundo muito tenso, alguns desesperados à toa… O ser humano tende ao drama e ao exagero… Mas é a comédia que nos salva.
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