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FEITO À MÃO NO AFEGANISTÃO

Vir a um país árabe (mesmo que apenas 20% da população seja árabe) e não negociar na compra de produtos locais… é quase uma heresia. Há uma certa graça na “brincadeira”de barganhar que se espalha popr toda a região, chegando até o Norte da África.

Eu, Ana Maria Donato e seu Guillermo fomos a um mercado de tapetes, pois ela queria levar um para seu prédio em São Paulo. Quando o carro parou, fomos assediados, de forma branda eu diria, e decidimos entrar na loja mais próxima. Foi um desenrolar de tapetes daqueles, mas estavam muito tradicionais. Mesmo com o vendedor seguindo a gente até a rua, não tinha como levar nada.

Na loja seguinte eu disse: “deixa que eu negocio”. E a viagem toda foi assim. Ana gostava de algo e falava: “negocia, Ártur”. O tapete que o vendedor jurou ter sido feito, à mão, no Afeganistão, custava 2,4 mil dirham (um dólar compra 3,6 dirham). Fui enfrentando a cara de coitado que ele fazia cada vez que me mostrava um novo número na calculadora. Mas tinha de chegar no valor que a Ana havia me dado (900).

Quando ele chegou a mil, eu disse, “thank you, my friend”, e tirei a Ana da loja. Foi quando ouvi o grito: “OK, nine hundred”.

Acho que ele ficou feliz da vida e que o tapete valia até menos, mas fez cara de sofrido e ainda tentou os mil na hora do pagamento… Embrulhou pra viagem e ainda me deu seu cartão.

Feito à mão no Afeganistão? Pode até ser que não… Mas a experiência foi muito boa. Nas outras lojas que visitamos, consegui bons descontos e ainda os famosos “gifts”… Também tenho sangue árabe, viu Magda Nassar?

Nessa loja, foram desenrolados mais de 20 tapetes… Mas náo levamos

Fazendo conta na maquininha… amigos inseparáveis

Vendedor triste na porta da loja, esperando pela Ana Maria Donato…

Fazendo conta, refletindo…

Ela feliz com a compra (e prometendo uma open carpert party assim que voltar ao Brasil) e ele fazendo cara de “nem tão feliz assim”

Segundo parada para compras: The Souk… um mercado que virou shopping moderninho. Boas barganhas e boas compras fizemos por lá

 

Coca Diet by Jean Paul Gaultier

 

Ana está levando uma pequena mala com pulseiras feitas à mão… pelo rapaz sentado no chão… fashion, superfashion

Ontem à noite (segunda-feira aqui já se foi) comemoramos o aniversário do Mór (da Tap) com um jantar a cinco (ele e Rosane, seu Guillermo, Ana Maria e eu), mas a foto ficou na máquina do boss. Amanhã resgato. Como sempre, um jantar de alto nível, alto astral, altos risos… Mór aos 61 está batendo um bolão e vai ser avô nas próximas semanas…

Popr hoje é só, amanhã (terça) come;a o Global Summit WTTC. Bill Clinton já está no nosso hotel. Chegou cheio de seguranças, magérrimo, cabelos brancos ao vento e sem olhar para os lados… Uma vez presidente, eternamente Mr. President.

Viagem a convite do WTTC, Tap, Etihad, com proteção GTA

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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