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HÁ 13 ANOS, SOLETUR DECRETAVA FALÊNCIA

Eu e dr. Carlos Guimarães, que me levou recortes de jornal, documentos, fotos... abriu um baú de lembranças, que estava fechado há alguns anos
Eu e dr. Carlos Guimarães, que me levou recortes de jornal, documentos, fotos… abriu um baú de lembranças, que estava fechado há alguns anos

O dia 24 de outubro de 2001 deve estar na memória de muitos profissionais do turismo ainda bem vivo e nítido. Neste dia, há 13 anos, um dos ícones do turismo nacional, a Soletur, pedia falência.

 

Esta semana, estive no Rio de Janeiro para uma entrevista com o fundador da empresa e o homem que decidiu que a partir daquele dia não dava mais para seguir adiante. Como ele está 13 anos depois? Como foi a história do nascimento da Soletur? Qual sua visão do turismo hoje? Uma entrevista motivada pela preparação da edição do Jornal PANROTAS em comemoração aos 40 anos da PANROTAS. Entre tantas personalidades que a equipe de jornalistas está ouvindo, achei que seria interessante voltar ao passado para recontar passagens curiosas da Soletur, ouvidas de seu fundador, hoje afastado do turismo.

 

Dr. Carlos Guimarães, como estou acostumado a chamá-lo, desde a época que eu o entrevistava, na sede da Soletur, em Ipanema, em um dos endereços mais nobres da cidade, me recebeu com cordialidade mais uma vez e não evitou qualquer assunto. O foco, repito, será o começo da Soletur, as histórias de seu crescimento e a visão de um dos grandes empreendedores do turismo.

 

Falamos sobre a falência? Claro. Mas não vai ser o tema da reportagem. Até porque ele mesmo já falou muito sobre o tema há alguns anos.

 

“Ainda tive dúvidas um ou dois anos depois. Será que fiz a coisa certa? Os fatos que vieram a seguir comprovaram que sim”, disse ele, na entrevista desta semana, referindo-se, claro, à quebra da Varig. Assunto que ele expôs claramente em carta ao então presidente da Abav, Tasso Gadzanis, e publicada pela PANROTAS. Na carta, dizia, logo no começo: “posso afirmar, com base em fatos concretos, que a Soletur quebrou em razão de negócios realizados por pessoas e empresas que pretendiam tomar o seu lugar de líder de mercado no turismo brasileiro. As empresas envolvidas são: a Varig Travel, a Panexpress e a PNX Travel (nome fantasia da BRA Viagens e Turismo Ltda) e a BRA Transportes Aéreos. Elas contaram com o apoio da Rotatur e de alguns dirigentes do Grupo Varig”.

 

Hoje encontro vários ex-funcionários da Soletur, que foi uma grande escola para centenas de profissionais, e que completaria 50 anos em 2014, e sei que os sentimentos são confusos. Mas relembrar uma parte da história do turismo brasileiro é importante. Depoimentos e passagens curiosas são bem vindos. Atenção, “família Soletur”, meu e-mail: artur@panrotas.com.br.

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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