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Histórias de taxista – 1  

Não tem jeito, é eu entrar em um táxi, geralmente em São Paulo, e viro, involuntariamente, um amigo, psicólogo, um objeto de desabafo de taxistas. Já teve quem dissesse que queria se matar e eu acabei o salvando ao fazer sinal para o táxi (sim, ainda não existiam os apps, muito menos Uber); já teve velhinho mostrando onde a amante que teve décadas atrás morava; outro que atendia a PANROTAS e contava tudo o que os repórteres faziam no táxi (de dormir a reclamar); o que estava orgulhoso pois seu vídeo no Youtube tinha 61 acessos (mas o da filha cantora já chegara a 100 e seria um sucesso – em Las Vegas); taxista fala, né mesmo?

 

Hoje a história é singela, corriqueira. Um taxista que resolveu viajar com a mulher e a filha. E que me transportou nesta quarta-feira, 26. Corrida curta, de R$ 16.

 

Era aniversário da menina e dias depois a comemoração de dez anos de casamento. “Que tal viajar?”, sugere a mulher (e as pesquisas dizem isso, a mulher decide). E já sugeriu dois resorts: o Bourbon Atibaia e o Vale Suíço. Como era uma quarta-feira e a viagem seria na sexta seguinte, ligaram diretamente no hotel, segundo ele, fecharam o pacote de duas noites (final de semana) por cerca de R$ 1,8 mil e parcelaram em seis vezes.

 

“Levei pouco mais de uma hora para ir, o mesmo para voltar. Lá, tudo incluído. Café da manhã, almoço e jantar e para a menina, além da recreação, lanche da tarde, que ela nem experimentou, pois o almoço era sempre farto”. O taxista elogiou as instalações, a comida, o atendimento, as atividades, a área de lazer, onde acompanhou o treino do time do Cruzeiro (ele é são paulino) e o quarto. Disse que valeu a pena e quer repetir, agora no Vale Suíço, “ue é mais longe, mais caro, mas tem mais atividades e mais refeições incluídas”.

 

Disse que vai pesquisar na internet ou em uma agência, pois pode ser mais em conta que a compra de última hora diretamente no hotel. Mas vai viajar de novo. “Trabalho de 8h30 à meia-noite. Eu mereço”.

 

Não duvido se a terceira viagem já for um pacote para a Bahia. Quem viaja e é bem tratado, repete, volta, indica.

 

Desci e ele queria ainda contar mais. Não deu tempo. E cada um que tire suas lições dessa história de taxista. Depois conto outra.

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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  • Bom dia Artur…

    É sempre muito bom conversar com taxistas. A grande maioria é formada por profissionais simpáticos e falantes.
    Gosto de perguntar sobre política e economia para eles, são todos especialistas.
    Um abraço
    França

  • Que legal pesquisar viagens na Internet. As Otas em nossas vidas é igual o Uber na vida deles. Pena que nossa Abav não vai para rua ameaçar de morte a concorrência desleal … Não precisa matar… também não precisava ser tão passiva. Em breve você estará aqui no Blog falando … A Abav foi maravilhosa… O stand isto. aquilo. Precisamos de uma nova representação, e deixar de pagar pau para os Tiozionhos que aceitaram até o Decolar com stand na Ultima edição.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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