O bom vendedor de viagens, entre tantas qualidades (de conhecer seu cliente a estar atualizado em relação a novidades de destinos, produtos…), tem de ser um viajante frequente. Não tem jeito.
Imagine o jornalista que fica na Redação esperando a notícia (geralmente via comunicados oficiais ou, no outro extremo, e-mails anônimos). Ele vai dar a notícia, mas jamais estará na frente, mostrará tendências, terá opiniões embasadas, explicará exatamente como as coisas funcionam ou são.
Já virou até anedota a quantidade de vezes que eu vou à Flórida e aos Estados Unidos em geral e sinto que preciso mudar isso. Viajar mais pelo Brasil, por outros lugares. OK, virei especialista em Orlando, mas não vou há uma década no Tivoli Praia do Forte, por exemplo, o que vai ser consertado esta semana. Paris não me vê há outra década. Londres há três anos. A Lisboa vou bastante, mesmo que o Luiz Mór diga o oposto, mas mesmo assim, bem menos que os EUA. Minha última viagem à Ásia tem quatro anos… Maceió e Lençóis Maranhenses não conheço. Recentemente fiz o Grand Amazon, da Iberostar, que já está cmpletando dez anos e eu ainda não conhecia. Mas tudo bem, tenho uma equipe que conhece e desbrava esses outros destinos (mas prometo diversificar).
Agora, e uma agência com poucos funcionários, sem tantos convites de famtour? O que fazer? É preciso estimular os funcionários que vendem a experimentar os produtos. Seja via famtours, tarifa agente (gostei do site da Rextur Advance trazer as aéreas que oferecem essa tarifa – falta estender a outros fornecedores), visita a aeronaves (tanto falavam da executiva do 777-300 da American e eu só experimentei há poucos dias – e é impressionante), vendo filmes, fazendo cursos… Não dá para ficar “preso” o tempo todo dentro da agências. Há também diversos concursos na indústria, cujos prêmios são viagens.
Como é desembarcar em Beijing? O novo Aeroporto de Natal é mesmo tão longe da cidade? E o Alasca, é para velhinhos apenas? Qual a melhor época para se visitar o Pantanal? Foz do Iguaçu é também para crianças? Como é aquele novo museu carioca, na Praça Mauá? Como chego no Mercadão na capital paulista? Qual o melhor acarajé de Salvador? Em Nova York, como fazer para ver os melhores shows? Me recomenda alguma?
Sim, é possível recorrer ao Google e ao Tripadvisor, e o consumidor sabe disso. No mínimo, esteja bem informado. Faça parte ou crie uma rede de outros agentes e profissionais bem informados e relacionados – e que vivam nos destinos a serem vendidos. Eles vão te dizer se a crise no Brasil é tão séria quanto dizem, ou se a Grécia está propícia a viagens de lazer. Estude, se capacite… mas não se iluda. Viajar é a melhor maneira de vender um destino.
Boas viagens.
E parabéns aos fornecedores que investem em viagens de capacitação de agentes de viagens e operadores, além de nós, jornalistas e formadores de opinião. Eles sabem que o resultado no retorno é outro. O que me dá a ideia de fazer um post sobre famtour. Tem fórmula para realizar um famtour perfeito? Bom, pelo menos há dicas de bom senso para que ele seja mais produtivo.
Boa tarde Arthur,
Realmente necessário viajar para atender melhor.
Existem operadoras que oferecem o famtur não gratuito mas com um valor bem pequeno, para que os agentes interessados possam viajar. Não é free mas tenho achado que é uma ótima iniciativa para estimular os empresários a treinarem seus funcionários e até mesmo o próprio agente ter a oportunidade de investir em si mesmo, sem precisar aguardar pelo tão esperado convite.
Saudações,