Mesmo já tendo postado um comentário com sua defesa no post abaixo, Manoel Costa também nos enviou uma carta, em que nega o ato de racismo contra a jornalista Juliana Albino, do Hotelier News. Vejam abaixo e tirem suas conclusões:
“Bom dia.
Acerca da nota publicada por Artur Andrade no dia 30/03, intitulada “Vergonha no Turismo”, encaminho o texto que enviei à redação do site Hotelier News e à jornalista Juliana Albino, buscando auxiliar no esclarecimento desses fatos, pois estou sendo atacado publicamente e não me é dada a oportunidade de me defender sobre um erro que absolutamente não cometi. Obrigado.
“Tomo a liberdade de me dirigir a vocês buscando esclarecer esse desagradável episódio ocorrido na segunda-feira, dia 29.
Em primeiro lugar, esclareço que não sou preconceituoso ou racista, e que provarei até a ultima instancia, que não tive a intenção de atingir a moral de ninguém. Não tenho diferenças ou atritos com pessoas de outra cor, credo, formação, ideologia, posição social e afins. Estava na assessoria de imprensa e, por não achar junto à minha pasta de trabalho, o roteiro da solenidade de abertura do evento, o procurei pelas b ancadas, imaginando que algum dos jornalistas das entidades organizadoras pudesse ter pego para consultar os nomes das autoridades presentes à cerimônia, recém-encerrada, para preparar os releases.
Ao lado de um dos computadores estavam alguns papéis ou revistas , que eu levantei procurando o tal roteiro. Não mexi em nada pessoal da jornalista Juliana, como em sua bolsa ou algo parecido, e nem tirei nada do lugar. E principalmente, não tive a motivação de incomodá-la, pois ela estava trabalhando no computador. Não a toquei, pelo que me lembro não a conheço e, até então, nunca tinha participado de algo semelhante. Ou seja, não tenho nada contra ela, nem contra a Hotelier News. Inclusive sou casado com uma jornalista. Na assessoria de imprensa dos organizadores, trabalha o jornalista Dante Baptista, assim como outros funcionários ou prestadores de serviços, que são afrodescendentes e com quem tenho boas relações.
Ressalto que não tive e n ão tenho nenhuma intenção de ofender ou humilhar quem quer que seja. Imagino que a Juliana tenha interpretado mal minhas atitudes, alterou a voz e disse que eu não deveria mexer nas coisas dela. Eu respondi que estava procurando um roteiro e que ali era um lugar público, de uso comum. Pedi que ela se controlasse, repetindo que estava procurando alguns papéis. Ela se alterou mais ainda, sem a menor necessidade, na frente de todos os presentes.
Houve excessos de ambas as partes, não entendo porque só ela se coloca como vítima. Ela não pode negar, pois existem várias testemunhas, que foi ela quem iniciou a discussão, que poderia ter sido logo encerrada, pois repito: nada foi mexido nem tirado do lugar, e não me dirigi a ela com desrespeito, não a ameacei em nenhum momento. Todos os presentes viram que eu não mexi na bolsa de ninguém, pois estava perguntando se tinham visto o roteiro e quem me conhece sabe que isto não faz parte do meu perfil, nem tenho antecedentes a respeito.
Não quero julgá-la, mas não posso deixar de responder aos envolvidos e buscar meus direitos e ser julgado ou avaliado por meias verdades. Sem o justo dever de me defender. O que há por trás dessa desnecessária situação? Um mal entendido? Ou um excesso? Ou atitudes impensadas? Se foi isso, peço desculpas. De minha parte, eu havia encerrado uma estressante solenidade de quase 3 horas, com muitas autoridades, que envolveu uma preparação trabalhosa. Imagino que a Juliana estivesse muito envolvida em seu trabalho. Quem de nós nunca se excedeu? Todos os dias ouvimos frases como: “Vai lavar roupa! Só podia ser mulher ao volante”, ou “Vai buzinar para sua mãe!”, e tantas outras. Sou sãopaulino há 51 anos. Eu e meu filho de 8 anos sempre somos chamados de Bambi, viadinho, bichinha, amigo do Richarlyson, etc. Já fomos ofendidos por estarmos com camisas do time, já tentaram nos agredir na saída de um estádio…
Se a Juliana se sentiu ofendida, ela tem todos os direitos de se defender. Mas por que envolver outros jornalistas e entidades? Por que exagerar em suas colocações (mexeu na bolsa, etc.)? Por que tentar denegrir? Por que não esclarecer os fatos? No início da noite passei mais algumas vezes na assessoria de imprensa e ela estava lá. Por que não me procurou ou pediu para algum colega, para buscar um entendimento, como duas pessoas adultas? Por que não procurou as autoridades policiais, presentes num estande da Deatur?
Para mim e para muitos outros, isto foi um fato isolado, uma infelicidade.
Estou surpreso com a dimensão que se deu a este caso, pois tenho certeza que estamos falando de dois profissionais que estavam se dedicando às suas funções, e do veículo Hotelier News, reconhecido por sua atuação. A forma como a coisa foi colocada, gera um pré-julgamento que leva a acusações infundadas, o que pode ser muito prejudicial. Quem lucra com isso? Onde vamos chegar? Busquei informações e orientação sobre o caso, e pelo que entendi, a repercussão não é boa para nenhumas das partes, não há vitória ou orgulho.
Agradeço pela atenção e estou à disposição de todos para conversar e esclarecer o que for necessário. Lamento o ocorrido, continuarei com minha vida e carreira, com o mesmo respeito e dedicação e se me permitem, sugiro à Juliana que reflita sobre as consequências que podem advir dessa situação.
Manoel”
Depois de um texto desse, melhor não comentar.
Mas, senhor Manoel, uma observação: ser amigo do Richarlyson não é crime. Mas homofobia, assim como o racismo, o é.
O site do Hotelier News tem o depoimento do jornalista Caio de Melo Martins, da RLC Press, que se disse envergonhado por ter presenciado tal episódio.
Sr. Manoel, nós combatemos e repudiamos qualquer forma de racismo e preconceito (contra gays, mulheres ao volante ou torcedores de qualquer time, contra velhos, contra pobres, contra milionários, contra minorias e maiorias, contra heterossexuais, contra feios e bonitos). Essa é a nossa posição. Quem irá julgar esse caso é a polícia, pois a acusação é de racismo e isso no Brasil, graças a Deus, é caso de polícia.
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Boa tarde,
Acho isso ridículo, vc com certeza, ou mlehor talvez não tenha problemas, mais as mulheres, sem preconceito, estão muito, mais muito inervadas, nem sei com o que!
Talvez pela inovação do espaço, ou por querer espaço, na verdade haverá sempre espaço apra todo mundo, tudo podemos quando queremos…
Julgar talvez seria não adequado, mais posso imaginar o processo…
Lembrei do caso que vi ontem, aquelo evento ridículo de uma jovem agredindo uma senhora em SP, no meio da Rua…
Já pensou se fosse ao contrário, se fosse um homem, te confesso, no meu caso, nem deixaria ela falar…
Aquelas coisas…
Não tenho paciência, já vi em eventos vários casos assim, e como são mulheres levam vantagem em tudo…
É preciso acordar na realidade.
Nãos e deixe abater.
Somos homens e não idiotas como muitos dizem…
Um abraço,
Cláudio Amaral.
Lamentável nos dias de hoje termos que engolir uma situação como esta.
Como bem disse o Artur, ainda bem que no Brasil, isso é crime, e temos que acreditar na justiça do Brasil.
Se o acontecido já foi uma vergonha, as justificativas trazidas na resposta são ainda piores. Justificar um crime com outros que são cometidos por aí.
Juliana, você tem total apoio para ir até o fim neste processo, esperamos ansiosos pela justiça.
É ridicula a explicação do S. MANOEL COSTA, dá vontade de chorar, é aquele ditado morde depois assopra que passa.,mas Sr.MANOEL COSTA, as coisas não são mais assim, graças está mudando.
Desculpe mas estou inteiramente com a Juliana conheço pessoas que estavam no evento e realmente disseram que o Sr. a humilhou dizendo muitas besteiras, então arque com as consequências seja homem e não venha agora pela dimensão que o fato tomou quere se justificar, será resolvido na justiça, RACISMO e crime inafiançavél.
Juliana tenha forças que tudo se resolverá a sua moral não sera delibada por causa deste ato praticado por este sujeito desqualificado.
A “defesa” é risível! Estresse não justifica nem falta de educação, quem dirá crime de racismo.
[…] This post was mentioned on Twitter by giselecoutinho, Carol Patrocinio, Juliana Siqueira, Daniel Teciano, Derla Cardoso and others. Derla Cardoso said: Falou, falou e não assumiu que mandou a menina para senzala. Ainda mexeu com os sãopaulisnos RT @carolpatrocinio http://ow.ly/1taNV […]
Agradeço a Panrotas e ao jornalista Artur Andrade por permitir minha defesa, diante destes fatos lamentáveis. Tudo está sendo apurado, os envolvidos estão sendo ouvidos e depoimentos serão colhidos, infelizmente estou sendo pré-julgado e condenado sem a devida elucidação e completa motivação da acusação.
Acredito que em breve tudo estará esclarecido, não custa recordar que muitos já foram préviamente condenados publicamente, por por ações que não cometeram.
Manoel Costa
Mnaoelzinho,o que aconteceu com voce?Posso ajuda´-lo de alguma forma?Estou em lisboa,morando e meu mumero é 351936936605.Telefone-me para falarmos e vermos como podemos ajudá-lo
,beijos,silvia caetano