#menoschoroemaisação

Achei interessante o que disse o ator Billy Bob Thornton na entrega dos Globos de Ouro esta semana. Ao ganhar o troféu pela série Fargo, ele preferiu apenas dizer “obrigado”, pois atualmente qualquer coisa que se fale é interpretada de uma forma que possa desagradar a alguém no planeta. Mas falar é importante. Assim como muitas vezes provocar, instigar, “levantar a lebre”.

Interessante perceber como não dá para prever reações a praticamente nada no planeta, pois há muitas opiniões, correntes, alas, grupos, panelinhas… e opiniões. Bem mesmo fazem alguns partidos brasileiros que, tal como carrapatos ou sanguessugas, grudam-se no partido que está no poder e seguem tocando suas vidinhas. É… bem, bem não é. Mas isso me leva a um outro pensamento pessimista.

Assim como o mundo chegou a um nível de complexidade e intolerância (e descaso com a vida ou o planeta em vários estágios), o Brasil tem um sistema político, uma rede de corrupção, uma quantidade de impostos e burocracia (para alimentar a rede de corrupção) e uma cultura torta da elite à base, da base à elite, que não tem mais jeito não. É isso o que temos e pronto.

Mas para olhar de forma otimista o ano, fiquei muito feliz de ver alguns nomes como Jeanine Pires, Paulo Senise, Ruy Gaspar, Delma Andrade, Ruth Avelino, entre outros, indicados para comandar o turismo em seus Estados. Gente que não apenas entende do turismo, mas vive dele há décadas. Muito bom isso. Que a máquina os deixe trabalhar.

Também vejo, em meio a um trade com tendência ao pessimismo que querem nos imputar em 2015, que virão boas oportunidades este ano (claro que não para que ficar dentro do escritório enviando e-mails e jogando Candy Crush): desde as grandes empresas (CVC comprando a Nascimento e mais uma OTA de pequeno porte? Alatur comprando a TMC do líder do setor? Novos grupos se formando com nomes que saíram de cena por alguns poucos meses, empresas se verticalizando e horizontalizando) até as pequenas e criativas agências, operadoras, locadoras, hotéis… Há tanta criatividade solta pelo trade, mas só prestamos atenção na desgraça alheia, ou naqueles que, para manter um falso poder, agarram-se às tradições e ao “sempre foi assim”.

Mantra para 2015: #menoschoroemaisação. Nem é mais uma dica. É necessidade.

P.S.: Ah sim, e #menospicaretas, #menossanguessugas, #maisrespeito, #maistolerância, #hajaamor (ou #ajaamor?)