Lá fora, chove forte. Um convite ao lar. Mas e os que têm seu lar ameaçado pela chuva forte? Ah, isso é com as autoridades. Não quero mais essa culpa. Mas quem falou em culpa, Freud? Ligo a TV. Mais um ministro dizendo que de nada sabia. Que desconhece as irregularidades de seus assessores. E que só sai abatido a bala. Há desejos que é melhor não confessar. Há sempre alguém disposto a atirar. Afinal, somos muitos e não nos conhecemos tanto.
O melhor seria um castigo exemplar. Uma mudança de paradigma. Mas a essa altura? No fim dos tempos? Não vamos evaporar em 2012? Mas e se o mundo não acabar?
O exemplo está na Rocinha ocupada? Deixaram a favela virar uma cidade, o tráfico tomar conta, mas agora é hora de dominar. Antes tarde do que nunca? Ou é só marketing? Eu acredito nesse programa do governador Sérgio Cabral, do Rio… Mas estou distante. Já estou longe da cidade há 14 anos… Tenho direito de acreditar ou não?
E tome imagens exclusivas do bandido, que já sabia dessa hora. Perdeu. Mas ele já está substituído. Só que longe dali. Só que longe das câmeras. Longe da solução do problema, que não é a Rocinha, e sim o tráfico.
Enquanto isso, nós, os loucos, falamos e vivemos de, lutamos e batalhamos por… turismo.
Eles ainda estão surdos, mas serão obrigados a nos ver. Primeiro, à distância. Depois, gigantes, como temos de ser.
Enquanto isso, vamos contando os dias do “eu não sabia”… E marcando em nosso caderninho (ou smartphones) os de “eu não mereço”.
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